Os primeiros meses de BLEACH na revista!
Quem espera, um dia alcança, dizia um velho ancião: E depois de dois séculos, três décadas e cinco anos, chegou o momento de lançar a terceira e última parte da Retrospectiva 2001 – Shonen Jump (Assim vocês já podem ficar a esperar a Retrospectiva 2002). Para quem não conhece essa matéria; A retrospectiva é uma das matérias mais complicadas e complexas que lanço no Analyse It e conta em detalhes um determinado ano da revista. Essa é a terceira parte, que cobre praticamente o terceiro trimestre da revista, os outros três trimestres foram explicados na Parte 1 e Parte 2 da Retrospectiva. Por isso, sem mais delongas, vamos começar essa análise.
O texto é escrito para entender cada parte individualmente, por isso repito algumas informações das partes precedentes, mas recomendo mesmo assim a leitura das Parte: Ano 1997, Ano 1998, Ano 1999, Ano 2000 (Parte 1), Ano 2000 (Parte 2), Ano 2001 (Parte 1), Ano 2001 (Parte 2).
Para os mais esquecidos, os vinte mangás que integravam a revista da Weekly Shonen Jump em setembro de 2001 eram: KochiKame (1976), Yu-Gi-Oh (1996), Seikimatsu Leader-den Takeshi! (1997), ONE PIECE (1997), ROOKIES (1998), Whistle! (1998), HUNTER X HUNTER (1998), Shaman King (1998), Rising Impact (1998), Hikaru no Go (1999), Tennis Ouji-Sama (1999), Naruto (1999), JoJo Part 6 (2000), BLACK CAT (2000), Pyu to Fuku! Jaguar (2000), Bobobo-bo Bo-bobo (2001), MR. FULLSWING (2001), Magician (2001), BLEACH (2001), I’m a Faker, Grand Vacan (2001). Todas essas series foram colocadas em ordem de lançamento e em negrito temos os pilares da revista, que em 2001 eram praticamente somente dois mangás.
Nos meses antessentes, HUNTER x HUNTER tinha recebido um duro golpe e teve seu anime cancelado, além de começar a se ausentar em várias revistas, perdendo o apoio dos editores. Porém, três séries ainda tinham seus animes em exibição, o que ajudava muito a revista: ONE PIECE, YU-GI-OH e Shaman King. Também já tinha anunciado dois animes; Hikaru no Go e Tennis no Oujisama, duas séries de esporte que tinham uma popularidade enorme. Com vários novatos promissores, a Shonen Jump estava para um renascimento das suas vendas.
Em 10 de Outubro de 2001, estreou na TV os dois animes que a WSJ estava esperando chegar:
Anime de Hikaru no Go: É o momento de virar um Pilar!
Hikaru no Go, Publicidade do Anime, Ed. 46
Hikaru no Go era uma das principais séries da revista, inclusive os editores provavelmente acreditavam mais nela, que em séries como Tennis no Oujisama, deste modo, o “hype” em torno do seu anime era altíssimos. Hikaru no Go começou a receber um grande destaque, melhorando sua média de posições – A série inclusive acabou sendo a terceira mais bem ranqueada nos primeiros meses de anime –. O objetivo editorial era bem simples, transformar Hikaru no Go em um novo pilar da revista.
O anime deste modo conseguiu um bom horário televisivo na TV Tokyo, um dos principais canais televisivos do Japão. E o estúdio responsável pela sua adaptação acabou sendo justamente o Studio Pierrot, um dos estúdios mais clássicos e importantes do mercado japonês. Naquela época, no qual tínhamos poucos animes em temporadas, ser publicado pelo Studio Pierrot era uma garantia de qualidade, já que era um estúdio grande que conseguia manter de maneira sólida um anime semanal. Tudo tinha para dar certo.
Até mesmo os editores decidiram divulgar de modo absurdo a série. Hikaru no Go, além de ter uma boa média de colocação, chegou a receber três capas em um curto período; Edição #40, #45 e #50, exatamente uma capa cada cinco edições, enquanto no mesmo período, Tennis no Oujisama tinha recebido somente uma capa e ONE PIECE tinha recebido duas capas. Era uma propaganda absurda.
Porém algo deu errado, e mesmo tendo uma boa recepção, o anime de Hikaru no Go não acabou sendo um grandíssimo sucesso em vendas: A série vendia acima de 700 mil de cópias por volume, mesmo assim não tinha conquistado tanto o público televisivo. Deste modo, os editores se encontraram em uma situação complicada: Porém decidiram manter nos primeiros meses o destaque para Hikaru no Go, por três motivos: Esperavam que sua popularidade poderia melhorar, as suas vendas eram realmente altas (Eu não tenho dados concretos, mas sabemos que Hikaru no Go vendeu 25 milhões de cópias em 23 volumes, levando em conta que os primeiros volumes sempre são aqueles com vendas mais altas, podemos concluir que a série vendeu entre 650 à 800 mil cópias).
Uma coisa era certa: Hikaru no Go não poderia mais se tornar um dos pilares da revista, e assim, Naruto estava para se tornar a próxima aposta dos editores. Talvez esse tinha sido o começo do “FIM” de Hikaru no Go, depois do fracasso do anime, pouco a pouco a destaque para série começou a diminuir e começamos a ver cada vez mais críticas aparecendo. O sucesso de outras séries nos meses e anos seguintes, também acabou sendo um grande golpe para a série.
Anime de Tennis no Oujisama: A Grande Surpresa
Tennis no Oujisama, Publicidade do seu Anime, Ed. #46
Estreando no mesmo dia de Hikaru no Go, tinha um outro anime de esporte da WSJ, que também tinha vendas ótimas e uma grande popularidade, mesmo que menor que Hikaru no Go. Tennis no Oujisama, série de tênis (como se pode ver pelo nome) que agradava um pouco mais o público feminino. Os editores tinham boas expectativas para a série, mas não estavam planejando transformar Tennis no Oujisama em um dos pilares da revista, como planejavam com nosso querido Hikaru no Go.
O anime de Tennis no Oujisama, acabou sendo lançado também na TV Tokyo, em um bom horário televisivo, mas foi adaptado pela Trans Art, que era um estúdio novato, que tinha conquistado a confiança dos editores da Weekly Shonen Jump pela produção de “Medarot Damashii” (2000), sequência da famosa série Medabots e pela produção de Jibaku-kun (1999). O estúdio nunca tinha produzido uma produção tão importante, por isso muitas pessoas não acreditavam que a Trans Art poderia entregar um produto de qualidade. Além disso, o diretor; Takayuki Hamana, era inexperiente, mesmo que talentoso.
O resultado porém acabou sendo surpreendente, o anime de Tennis no Oujisama agradou muito mais o público que o anime de Hikaru no Go, e conseguiu durar 178 episódios (um número incrível). Além disso, a série teve um grande aumentou de vendas, chegando a vender acima de 1 milhão de cópias por volume. Tennis no Oujisama se tornou, deste modo, um grande monstro de vendas que a Weekly Shonen Jump não esperava. Mesmo assim, os editores inicialmente preferiram manter a atenção em Hikaru no Go, já que a série historicamente tinha vendas melhores, resultando em Tennis no Oujisama recebendo posições boas (Constantes TOP 8), mas não maravilhosas (Poucos TOP 4), mesmo com um anime de sucesso em exibição.
É importante lembrar que Tennis no Oujisama era já um sucesso, mas realmente se tornou uma máquina de imprimir dinheiro depois do seu anime. Deste modo os editores começaram a avaliar a opção de Tennis no Oujisama se tornar um novo pilar da revista. A decisão pouco a pouco estava se tornando Naruto ou Tennis no Oujisama, quem será o novo pilar da revista?
O colapso de HUNTER X HUNTER e o surgir de NARUTO!
RESUMÃO DO QUE ACONTECEU ENTRE A EDIÇÃO #35 e #52
Utilizarei o sistema de ranqueamento japonês para a TOC, por isso a primeira colocação será sempre o mangá que recebeu capa, e as páginas coloridas serão ranqueadas.
Entre a edição #35 e #52 da Weekly Shounen Jump vimos claramente uma preparação para o ano de 2019; Os editores estavam tentando entender qual seria o novo tratamento que deveriam dar para Hikaru no Go e Tennis no Oujisama, além de planejar bem o ano sucessivo de Naruto, Whistle!, HUNTER x HUNTER, Bobobo, Takeshi, BLEACH, e muitos outros mangás que eram importantíssimos para a revista.
Em primeiro lugar na TOC tivemos justamente o rei da revista, o mangá que nunca conseguiu ser contestado em 20 anos de vida (Talvez agora esta sendo contestado por Kimetsu no Yaiba); Sim estou falando justamente ONE PIECE (média 2.8). A série acabou sendo o mangá com a melhor média de colocações por todo o ano. A obra se encontrava no ápice do seu arco de Alabasta, e os nakamas estavam matando os sub-chefes que trabalhavam para Crocodile. Muitas pessoas não dão tanto valor para esse arco, mas na época tinha um valor enorme. Os quatro primeiros anos de ONE PIECE foram construindo esse momento.
Logo após, em tivemos Naruto (média 3.8) como a segunda melhor média, a série se encontrava no arco do exame chuunin, e cobria as batalhas frontais (o torneio). Os editores inicialmente não classificavam tão bem esse arco, mas vendo o fracasso de Hikaru no Go, e principalmente, vendo a incrível recepção do arco, decidiram dar um destaque absurdo para a série, a deixando quase sempre no TOP 5. Lembrando que aquela história que Naruto tinha começado o exame chuunin, porque a sua popularidade era baixa é totalmente falsa, a série ia muito bem em popularidade, foi uma escolha totalmente narrativa por parte de Masashi Kishimoto. O exame chuunin, até hoje, é considerado um dos melhores arcos de Naruto e o público estava amando. Hikaru no Go (média 5.4) ficou em terceiro lugar, fechando o pódio. A série recebeu muita publicidade por causa do seu anime.
Em quarto lugar YU-GI-OH (média 5.6), que continuava a exibição do seu anime, que era um grande sucesso de audiência. O seu arco (Battle City, Parte 2) também estava agradando muito o público. A série era um dos pilares da revista e suas cartas vendiam como água por todo o mundo. Yu-Gi-Oh era uma mina de ouro que a Shonen Jump estava tentando explorar ao seu máximo. Em quinto lugar tivemos Bobobo-bo (média 6.2), que tentava se tornar um dos grandes pilares da revista, mas pouco a pouco os editores foram percebendo que a série não tinha potencial o suficiente para se tornar um dos pilares da revista, mesmo vendendo bem. Bobobo-bo, deste modo, nasceu como inimigo de Naruto, mas Naruto mostrou quem realmente comandava com o torneio do exame chuunin.
Em sexto lugar tivemos Tennis no Oujisama (média 7.2), que manteve sua posição do “período” anterior; comprovando que os editores realmente estavam apostando em Hikaru no Go e não esperavam o grande sucesso de Tennis no Oujisama. Agora eles começaram a se perguntar; Tennis no Oujisama deve se tornar um novo pilar ou apostamos em Naruto, que teve um grandíssimo crescimento de popularidade com o exame chuunin? A pergunta será respondida somente em 2002. Seikimatsu Leader-den Takeshi! (média 8.4), mangá do criador de Toriko, conquistou a sétima colocação, que era de HUNTER x HUNTER, a série simplesmente manteve sua média e se aproveitou das ausências da série de Togashi.
Em oitavo lugar tivemos Shaman King (média 10), que estava com seu anime em exibição: O seu anime não era um grandíssimo sucesso, mas acabou sendo bem recepcionado pelo público, deste modo Shaman King deixou de ser um mangá “insignificante” e começou ter uma maior importância na revista. Inclusive recebeu a uma capa na Edição #47. Em nono lugar tivemos MR.FULLSWING (média 10.2), que juntava muito bem beisebal e comédia, agradando os leitores. A série conquistou rapidamente os leitores, e mesmo não tendo um real potencial para se tornar um pilar, poderia vender muito bem.
Em décimo lugar tivemos Black Cat (média 11.5), que por causa do sucesso do anime de Shaman King e do promissor novato MR.FULLSWING perdeu algumas posições, mas continuava recebendo o apoio da série. Os editores gostavam da série e vinham potencial para se tornar justamente um novo Shaman King. Para quem não reconheceu o mangá pelo nome, Black Cat é um B-Shounen escrito e desenhado pelo mesmo autor do clássico mangá Ecchi “To LOVE-Ru” .
A décima primeira melhor média no período de #35 e #52 acabou sendo, para a surpresa de muitos, ROOKIES (média 12.75), que no período passado (Edição #23 até a #34) tinha tido uma média de 17.5, restando em último lugar. É importante sempre lembrar que ROOKIES vendia realmente muito bem, mas agradava um público mais velho, como JoJo, deste modo não tinha tanto apelo comercial como os demais mangás da revista. Os editores decidiram classificar bem a série nesse período, provavelmente por acharem o arco que estava sendo desenvolvido muito bom, além de terem que realçar alguma série mais séria, agora que Hunter x Hunter estavam constantemente ausente. Lembrando que ROOKIES, mesmo vendendo 20 milhões de cópias em 24 volumes, nunca chegou a ganhar um anime. Em décimo segundo lugar tivemos Rising Impact (média 13.3) que continuava muito tranquilo na revista, porém sem grandes prospectivas. Lembrando que Rising Impact é do mesmo criador de Nanatsu no Taizai.
Em décimo terceiro lugar tivemos Whistle! (média 15), no qual nesse período os editores começaram a negociar um possível anime para a série, que já tinha mais de 164 capítulos. As suas vendas eram medíocres para o padrão da revista, inclusive os editores estavam avaliando encerrar a série, porém o aproximar da Copa do Mundo de Futebol de 2002, no qual seria realizada na Coréia e no Japão, um anime de Whistle! começou a se tornar uma boa aposta para a Shueisha. Quem acabou levando um grande tropeção acabou sendo justamente HUNTER X HUNTER (média 16.75), que tinha a média de 7.4, e por causa das suas ausências teve uma média de 16.75. Os editores ainda estavam classificando bem o mangá, mesmo com algumas ausências, mas depois de se ausentar por 5 edições seguidas (Edição #39 até #43), os editores começaram a duvidar na viabilidade comercial da série, e decidiram começar a classificar Hunter x Hunter entre os últimos colocados. O fato que o mangá tinha acabado de ter seu anime cancelado não ajudava em nada. JoJo (média de 17.6), como sempre, restou entre os últimos colocados e Pyu to Fuku! Jaguar continuou a fechar a revista.
Mas como estavam os dois novatos Magician² e BLEACH. Tiveram recepção bem distintas; “Magician²”, por causa do fraco roteiro, acabou sendo muito mal recepcionado pelo público e deste modo, a partir do seu novo capítulo começou a ser classificado constamente no Bottom 5, uma condenação de morte para um novato. Já “BLEACH” teve uma ótima recepção, desmentindo aquela falsíssima história que BLEACH inicialmente tinha sido mal recepcionado, a série desde o começo teve uma ótima recepção, inclusive no seu oitavo capítulo recebeu uma página colorida e já no seu décimo terceiro capítulo recebeu uma capa; Os editores estavam apaixonados pelo sucesso da nova série de Tite Kubo, que já tinha fracasso na revista com “Zombie Powder” (4 Volumes, 1999-2000). Porém, mesmo estando muito animados pelo sucesso da série, os editores não podiam classificar muito bem a série (no TOP 5 constantemente), pois tinham outras séries que mais importantes.
Eu diria que esses meses acabaram sendo bem positivas para três séries: ONE PIECE, que continuou dominando e surpreendendo o público com Alabasta, Naruto, que com exame Chuunin, começou a se estabilizar como um dos futuros pilares da revista e BLEACH que teve um começo explosivo! Outras séries, como Tennis no Oujisama e Shaman King utilizaram os seus animes para demonstrarem aos editores que não estavam na revista para brincadeira. Já quem acabou saindo perdendo foi justamente: Hikaru no Go, com seu anime morno que não deixou a série se tornar um dos pilares. HUNTER X HUNTER e suas ausências, que fizeram os editores perderam a confiança na série e por fim Whistle!, que mesmo tendo um anime sendo discutido, não tinha muita confiança dos editores e poderia já estar caminhando para seu encerramento.
SEXTA LEVA: Apostando alto para ter grandes recomenças!
Mononoke! Nyantaro (#51), Sowaka (#52) e Sakuta Tetsu Taiwahen (#01)
Antes de concluir o ano de 2001, os editores decidiram lançar mais uma última leva, no qual dois mangás acabaram sendo lançados nas últimas edições do ano comercial de 2001 e um na primeira edição de 2002, mas considerarei todos de 2001, por motivos de praticidade. Os editores nessa leva de novos mangás decidiram aumentar o número de séries presentes na revista: O motivo deve ter sido que normalmente a revista tinha 19 mangás presentes, quando Hunter x Hunter não estava ausente, algum outro mangá estava. Deste modo podia adicionar um novo mangá e mesmo assim manter vinte séries (+ One-Shot) na revista, mediamente. Os dois cancelados acabaram sendo os novatos da leva anterior que não deram certo: O mangá de basquete do novato Kazuya Yamamoto “I’m a Faker” (2 volumes, 11 capítulos, 2001) e o B-Shounen do novato Kuzushige Yamada, “Grand Vacan” (2 volumes, 11 capítulos, 2001).
O primeiro mangá a estrear foi: “Mononoke! Nyantarō”, de Kazumata Oguri. Para quem não se lembra, já que nas Retrospectiva eu digo muitos nomes, Oguri é o autor de “Hanasaki Tenshi Tenten-Kun” (17 volumes, 1997- 2000), série de comédia que teve uma estreia fantástica, mas com o passar dos anos, sua comédia começou a não funcionar mais, e terminou sendo cancelado na edição #30 de 2000 (Comentei muito bem sobre a série nas retrospectiva do ano de 1997 e também na do ano de 2000). A série segue Ryuichi Nekota, que é uma criança no ensino fundamental. A vida desse garoto seguia normalmente, até quando um espírito em forma de gato, extremamente veloz e que usa uma catana, decide começar a caçá-lo por causa dos seus pequenos na vida passada. O mangá tem como estilo principal a comédia, mas entrega também algumas cenas de ação.
Depois de Mononoke!, na edição #52 estreou “Sowaka” – O autor, Naoki Azuma, na época com um codinome, Keishin Azuma, já havia publicado “CHILDRAGON” (2 Volumes, 1999), que teve uma recepção tão ruim que acabou sendo cancelado com somente 11 capítulos – Esse novo projeto era bem mais maduro e o autor usou esses dois anos para aperfeiçoar a sua arte. Além de ter uma história bem mais interessante: Ambientado em um Japão Feudal destruídos pelas constantes guerras e pelas presenças de terríveis demônios, um garoto utiliza seus poderes demoníacos para viaja com seu clã para resgatar a sua mãe.
O último mangá foi “Sakuta Tetsu Taiwahen”, que na verdade foi lançado na edição #01 de 2002, mas como a maioria da leva acabou sendo lançada no ano comercial de 2001, consideramos o mangá como da leva de 2001: Talvez este era o mangá, no qual os editores tinham mais expectativas, pois era de Ryu Fujisaki, que já havia lançado na revista “Hoshin Engi” (23 volumes, 1996-2000), que por um breve período de tempo acabou sendo um dos pilares da revista. O mangá apresentou um roteiro muito confuso (que nem eu mesmo entendi direito): Tetsu Sakuta é um normal garoto colegial, que se vê preso em uma confusão galáctica e atemporal: Em uma jornada comum, se abre um estranho portal no meio de Tóquio, e a sua casa acaba sendo reivindicada por pessoas (imperadores, piratas espaciais, guerreiros) que veem do futuro, e agora Tetsu Sekuta vai ter que conviver com essas pessoas. O mais estranho é que essas pessoas têm nome de filósofos (Schopenhauer, Nietzsche, Sigmund, Augustine etc.). “Sakuta Tetsu Taiwahen” é uma série de comédia, com algumas cenas de ação. Vocês podem encontrar a série totalmente traduzida em português na Union Mangás.
Se um desses três mangás te interessaram, tenho terríveis notícias, pois todos acabaram tendo uma péssima recepção por parte do público, os japoneses acabaram não gostando de nenhum desses três mangás. Quem acabou tendo a pior recepção de todas foi justamente “Mononoke! Nyantarō”, no qual o público achou sem graça. Já “Sowaka” simplesmente não despertou o interesse dos leitores da revista, que mesmo não achando o mangá ruim, não acharam nada de interessante. “Sakuta Tetsu Taiwahen”, que era o principal lançamente da leva, também não convenceu os seus leitores. O seu humor “NON-SENSE” até agradou no primeiro capítulo, mas nos seguintes não fez os leitores rirem. Porém a série tinha uma pequena vantagem em relação aos outros mangás, o nome do autor, o que poderia acabar salvando a série.
Os editores decidiram lançar uma leva realmente muito promissora, e inclusive aumentaram o número de postos na revista, somente para poder lançar esses três mangás de uma vez só, mas parece que nenhum deles agradou. Somente “Sakuta Tetsu Taiwahen” tinha uma real chance de sobrevivência, mas mesmo assim também arriscava o cancelamento. O ano de 2001, mesmo assim acabou sendo muito produtivo para a revista que lançou três grandes animes: Shaman King, Hikaru no Go e Tennis no Oujisama. Além de três novatos de sucesso: Bobobo-bo, Mr.FULLSWING e BLEACH. Podemos dizer que 2001 é um ano acima da média.
Mas como será o ano de 2002? Bem, vocês irão saber só no próximo capítulo da Retrospectiva Shonen Jump.
TODAS CAPAS DA EDIÇÃO #44 até #52