Todos reunidos e muitos ranqueados
escrito por Diego Felipe
Interessantemente, nessa edição, não apenas tivemos todos os mangás da line-up reunidos (o que não é raro, na verdade), como também vimos 21 sendo ranqueados, quando na maioria das vezes costumam ser entre 18 e 20. E nessa ordem de leitura extensa, vimos um novato ser cancelado, outro demonstrar sinais de que será cancelado, além, é claro, de um curioso caso de “linha da miséria”. Bem, sem mais delongas, vamos ao índice.
TOC Weekly Shonen Magazine #24 (2018):
En En no Shouboutai (Capa Digital, Páginas Coloridas de Abertura) (capítulo 127)
01. Kanojo、Okurishimasu (capítulo 42)
This Man (Pré-Rank, 30 p.) (capítulo 03)
02. Domestic na Kanojo (capítulo 186)
03. Mako-san wa Shindemo Jiritsu Shinai (capítulo 39)
04. Nanatsu no Taizai (capítulo 266)
05. Daiya no Ace – Act II (capítulo 124)
06. Bakemonogatari (capítulo 09)
Kiss & Cry (Pré-Rank) (capítulo 06)
07. Kishuku Gakkou no Juliet (capítulo 56)
08. Tokyo Revengers (capítulo 61)
09. Tsurezure Children (capítulo 185)
10. Gotoubun no Hanayome (capítulo 37)
11. Runway de Waratte (capítulo 47)
12. DAYS (capítulo 247)
13. Seitokai Yakuindomo (capítulo 471)
14. Ahiru no Sora (capítulo 582)
15. Hajime no Ippo (capítulo 1222)
16. Hoshino、Me wo Tsubutte。 (capítulo 98)
Danshi Koukousei wo Yashinaitai Onee-san no Hanashi (Pré-Rank) (capítulos 09 e 10)
17. Real Account (capítulo 161)
18. Senryuu Shoujo (capítulo 81)
19. Sensei、Suki desu。 (capítulo 19)
20. 8-jou Carnival (Último Capítulo) (capítulo 23)
21. Fumetsu no Anata e (capítulo 66)
TOC Weekly Shonen Magazine #25 (2018):
– Páginas Coloridas de Abertura: Nanatsu no Taizai (43 p.)
Um dos motivos para essa ser uma edição com muitos ranqueados se explica pelo fato de só um mangá ter ganho página colorida, no caso, a página colorida de abertura. Trata-se de En En no Shouboutai, mangá publicado há 2 anos e meio e que continua em boa fase. Ainda é incerto se En En receberá uma adaptação em anime mais pra frente, mas seu desempenho comercial mostra que uma adaptação animada pras telinhas japonesas pode ser uma boa tentativa de expansão.
E se acharam que 21 ranqueados é muita coisa, isso é porque ainda temos três novatos não-ranqueados ainda, sobre os quais falarei agora: This Man e Kiss & Cry estão em seus terceiro e sexto capítulos, respectivamente, e cada um dos dois só passará a ser ranqueado a partir do oitavo capítulo. Já com o novato Danshi Koukousei wo Yashinaitai Onee-san no Hanashi tive que abrir exceção, pois sempre lançam dois capítulos por semana e, por isso, creio que ele só poderia ser ranqueado a partir da oitava semana de publicação, quando serão lançados os capítulos 15 e 16. Aliás, interessantemente, Danshi Koukousei ficou acima dos últimos cinco mangás da ordem de leitura, ou seja, justamente acima do bottom de ranqueados. Quem está acima de Danshi Koukousei escapou do bottom mas quem está abaixo “ficou pra trás”. É como se fosse uma “linha da miséria”, que separa os mangás que pegaram posições altas-medíocres-relativamente baixas dos que pegaram posições muito baixas. Mas sabe o que isso significa pra line-up em geral, galera? NADA… Quem estava seguro continuará seguro e quem está em risco continua em risco.
O primeiro lugar entre os ranqueados foi justamente pra um novato que poucas vezes pega posições elevadas: Kanojo、Okurishimasu. A obra apresenta um nível de vendas de volumes satisfatório, bom o bastante para que o mangá se mantenha na revista por um bom tempo. E se um “Kanojo” ficou em primeiro, outro “Kanojo” ficou em segundo: no caso Domestic na Kanojo. DomeKano está cada vez mais perto da marca de 200 capítulos publicados (isso é, considerando que não teremos alguma notícia surpreendente até lá que faça a obra não chegar aos 200 capítulos). O mangá de Kei Sasuga pode não ter um nível elevado de vendas, mas está longe de ter um desempenho abaixo do esperado.
A terceira posição da vez foi para Mako-san wa Shindemo Jiritsu Shinai, novato que teve seu primeiro volume lançado recentemente. De cara, o desempenho comercial não foi dos mais fantásticos, mas o primeiro volume teve uma reimpressão. É preciso esperar para ver como será o desempenho dos próximos volumes, mas por enquanto eu diria que a probabilidade de Mako-san se manter a curto prazo não é pequena. E a seguir, vemos os dois pilares da revista…
O quarto lugar vai para Nanatsu no Taizai, que outra vez pegou uma posição elevada na ordem de leitura. Está sendo cada vez mais raro ver a obra pegar posições medíocres ou baixas, um contraste com as posições que o mangá pegava nas ordens de leitura em 2016, onde raramente pegava posições elevadas. Em cinco semanas, o 31º volume vendeu 438.155 cópias. É claro, o mangá já esteve em fase mais positiva quanto às vendas de volumes, então dá pra notar que o desempenho comercial nessa parte sofreu uma queda. Mas, felizmente, Nanatsu continua sendo bem popular e sua exploração comercial ainda é extensa. Quem fica na quinta posição é Daiya no Ace – Act II. Parece que a última posição da ordem de leitura na edição #22 (ou seja, a edição retrasada) foi mesmo uma coisa atípica. O mangá só fica uma posição abaixo de seu ranqueamento anterior (quarta posição). Mas a verdade é que a posição de Daiya nas edições não influencia sua estabilidade. A situação do mangá de beisebol ainda é muito boa, sendo o segundo mangá com melhor nível de vendas da line-up.
Depois de ter sindo ranqueado pela primeira vez na edição anterior, pegando justamente o último lugar na ordem de leitura, Bakemonogatari dá o pulo do gato e fica na sexta colocação. Na verdade, acredito que a posição em que Bakemonogatari será ranqueado não é tão importante assim, afinal, não é um mangá original e sim uma adaptação em mangá de uma franquia de light novels de treze anos de existência. Bakemonogatari já ganhou vários episódios em anime, filme de animação pras telonas, video game, áudio drama… só faltava mesmo um mangá. A expectativa é que esse mangá apresente um bom rendimento comercial, então creio que, contanto que o mangá apresente um bom nível de vendas, não fará tanta diferença assim se ele ficar em último ou em primeiro entre os ranqueados da edição.
O sétimo lugar da vez foi para Kishuku Gakkou no Juliet, que dessa vez conseguiu pegar uma posição melhor na ordem de leitura. A obra continua em boa fase, rendendo bem comercialmente. E dessa vez, não dá pra reclamar de falta de informações sobre o anime, porque saíram informações importantes. O anime sairá em outubro, terá direção de Seiki Takuno (o mesmo de Koi to Uso e Yamada-kun 7-nin no Majo), roteiro de Takao Yoshioka (Watashi ga Motenai no wa Dou Kangaete mo Omaera ga Warui, Working!! 2, Ikki Tousen) e character design de Yuki Miromoto (que trabalhou nos animes de Miss Monochrome). O estúdio, vale lembrar, será o LIDEN FILMS, responsável pelos animes de Yamada-kun 7-nin no Majo, Koi to Uso, Terra Formars e do vindou anime de Hanebado!).
Dando uma leve subidinha em relação ao seu ranqueamento na edição anterior (ficou em décimo), Tokyo Revengers ficou em oitavo. A obra continua em fase positiva. Chegou até a aparecer no Ranking Oricon recentemente. Quanto a suas posições, geralmente Revengers varia suas posições, mas não é tão comum vermos o mangá no bottom. A nona posição foi para Tsurezure Children, que deve chegar ao fim em não muito tempo. O autor já tinha dado a entender anteriormente que a obra seria finalizada entre junho e julho. Bom, só nos resta esperar o fim. Ao menos dessa vez a obra continuo no Top 10 dos ranqueados.
Em décimo, Gotoubun no Hanayome acaba ficando no “meio de tabela”, numa posição só um pouco inferior à da edição passada, quando foi ranqueado em oitavo lugar. Dizer que Gotoubun está seguro pode até parecer chover no molhado. Mas dizer o quão seguro está já não é repetir informações: na semana anterior, o quarto volume de Gotoubun vendeu 45.009 cópias em menos de sete dias, ocupando o nono lugar no Ranking Oricon (sim, o nono, vocês não leram errado). Isso significa que as vendas de Gotoubun estão cada vez maiores e que por ora é provável que a média de vendas de volumes comece a chegar ao pico de 75-80 mil por mês. Se as vendas continuarem aumentando, dá até pra sonhar com a média de 100 mil cópias vendidas e com uma maior exploração comercial do mangá no futuro. Que bela fase vive a obra, não é mesmo?
A obra que ficou na décima primeira colocação foi Runway de Waratte, que continua em situação estável, mesmo não sendo um mangá com grande apelo comercial. Isto é, seu quinto volume foi lançado na semana anterior e vendeu 20.408 cópias, ficando na 26ª colocação do Ranking Oricon. Runway pode não ser um mangá cujo desempenho das vendas de volumes motivaria os editores a acreditar que uma adaptação em anime valeria a pena, por exemplo. Por outro lado, os resultados apresentados não só são satisfatórios como indicam que vale a pena destacar o mangá eventualmente. Por isso, por enquanto, ainda veremos Runway permanecer sem riscos.
Quem pegou a décima segunda posição da vez foi o mangá de futebol DAYS. E a situação de DAYS segue bem confortável: na semana passada, o 27º volume foi lançado e conseguiu vender 68.197 cópias, aparecendo no 4º lugar do Ranking Oricon. Para que possam ter uma ideia, mangás como Tsurezure Children e Runway de Waratte ainda levam aproximadamente mês para que um volume alcançar uma marca que esse volume de DAYS alcançou em menos de sete dias. Com relação às posições de DAYS na ordem de leitura, elas costumam variar bastante (na edição anterior, estava em sétimo) e a obra segue com apoio do grupo editorial. Em tempo: a fase está tão boa que até mesmo o quarto volume de DAYS Gaiden pegou posição elevada no Ranking Oricon da semana passada (quando foi lançado), ficando em 16º lugar, com 26.680 cópias vendidas. É mais do que os volumes recentes de Hoshino e Runway de Waratte venderam nesse mesmo período, sendo que ambos foram lançados na mesma época.
A décima terceira colocação da vez foi para Seitokai Yakuindomo, que dessa vez não se manteve em uma posição elevada e foi do quinto lugar (que pegou por duas edições seguidas) pro “meio de tabela”. Seitokai é um veterano que, como já comentei na análise anterior, já não atrai tanto o público. Mesmo assim o mangá não decepciona comercialmente e chega a apresentar um nível de vendas pouco abaixo das 100 mil cópias por volume. É claro, existe o risco desse desempenho decair mais com o passar do tempo, mas considerando que a obra (que já tem 11 anos de publicação) ainda tem certo apoio editorial, eu diria que, na pior das hipóteses, o autor ainda terá oportunidades para encerrar o mangá sem precisar passar pelo cancelamento.
O veterano mangá de basquete Ahiru no Sora ficou na décima quarta posição. Outra vez a obra pegou uma posição medíocre. Mas pelo menos outra vez conseguiu escapar do bottom. E ainda não saem maiores informações sobre a adaptação em anime de Ahiru no Sora, anunciada ao fim de fevereiro. Bom, enquanto isso, o mangá fica cada vez mais próximo da marca de 600 capítulos lançados. Bem, isso é tudo o que dá pra dizer de relevante sobre Ahiru essa semana.
Ausente na edição anterior, Hajime no Ippo retornou e pegou a medíocre décima quinta colocação. Ippo é velho de guerra, com 29 anos de publicação e mais de mil e duzentos capítulos lançados. Isso não é novidade pra mais ninguém. E também não é novidade que a obra, devido ao longo tempo de publicação, passou por um desgaste comercial ao longo do tempo. Porém, é interessante notar que, mesmo com o desgaste, a obra ainda consegue vender bem para os padrões da revista, melhor que muitos novatos estáveis por aí: o 121º (!) volume foi lançado na edição anterior e em menos de sete dias vendeu 55.299 cópias, ocupando o sétimo lugar do Ranking Oricon. A fase segue bem calma para Ippo, que, acredito eu, só chegará ao fim quando o autor quiser. E, antes de ir pro próximo capítulo, interessante notar que outra vez os dois mangás de esporte mais antigos da revista ficaram colados um no outro na revista.
Em reta final, Hoshino、Me wo Tsubutte。apareceu na porta do bottom, na décima sexta posição. Desde que sua reta final foi anunciada, Hoshino pegou posições medíocres-baixas, mas na edição anterior, surpreendentemente, foi ranqueado na terceira posição. Mas dessa vez a obra voltou ao seu “normal”. É provável que ainda demore uma boa quantidade de capítulos pro mangá ser finalizado mas mesmo assim, continua sendo grande a possibilidade desse mangá ser finalizado ainda em 2018. A propósito, o 11º volume do mangá foi lançado na semana anterior e conseguiu vender 17.351 cópias, ocupando a 35ª posição do Ranking Oricon.
Quem abre o bottom (ou seja, o primeiro logo abaixo de Danshi Koukousei wo Yashinaitai Onee-san no Hanashi na ordem de leitura) é Real Account, que fica na décima sétima colocação e já não surpreende mais com suas aparições no bottom. Bem, pelo menos dessa vez podemos dizer que os editores recentemente deram destaque ao mangá, pois na edição anterior ele ganhou capa digital e a única página colorida da edição toda. E infelizmente continuamos sem mais informações da live-action do mangá, que foi anunciado em janeiro desse ano.
A décima oitava posição foi para Senryuu Shoujo… e como esse mangá sofre com a falta de marketing, hein? Na estreia, ganhou umas páginas coloridas mas, como é comum com alguns gag mangás da revista, não ganhou tratamento de estreante principal (outro mangá ganhou a capa digital). Senryuu mesmo assim conseguiu conquistar o público e, depois de um ano, até passou a aparecer no Ranking Oricon eventualmente. Porém, isso não motivou os editores a manterem o mangá em posições melhores ou dar páginas coloridas ao mangá com relativa frequência. Por isso, é normal vermos o mangá pegar posições medíocres-baixas, poucas vezes ficando lá no alto. Ao menos, quanto à sua estabilidade, pode-se dizer que a médio prazo o mangá ainda consegue se manter.
O décimo nono colocado da vez é Sensei、Suki desu。, que pode estar cada vez mais ameaçado. Aliás, eufemismo a parte, podemos até considerar que, graças ao fim de uma das obras nessa edição, Sensei se torna o favorito ao cancelamento para as próximas levas, haja visto os resultados pífios das vendas do primeiro volume e considerando-se que outros novatos estão apresentando um desempenho mais interessante para o grupo editorial. É, Sensei está na corda bamba e o risco de cair não é pequeno… E a vigésima posição entre os ranqueados (e a antepenúltima de toda a ordem de leitura) foi para 8-jou Carnival, que está cancelado. A obra teve seu último capítulo lançado nessa edição. 8-jou não caiu nas graças do público e antes mesmo do lançamento do primeiro volume já dava sinais de que não sobreviveria (baixo destaque pelos editores, posições sempre baixas na ordem de leitura). Bem, melhor sorte para o autor (o veterano Kumichi Yushizuki) em sua próxima tentativa.
Mesmo tendo ficando em último lugar na ordem de leitura por diversas vezes em seu curto período de publicação, pelo menos pra esse capítulo final a obra contou com uma almofada e tanto, que a deixou em penúltimo lugar: o vigésimo primeiro/último lugar sobrou para Fumetsu no Anata e, que volta a aparecer no bottom. A situação de Fumetsu, porém, ainda está bem tranquila, não apresentando sinais de risco de cancelamento. Na verdade, Fumetsu até conseguiu pegar posições mais elevadas recentemente, mas continua não sendo raro ver a obra aparecer no bottom.
SITUAÇÕES DOS MANGÁS
– Pilares: Daiya no Ace – Act II, Nanatsu no Taizai
– Seguros (Em Ótima Fase): Ahiru no Sora, DAYS, Domestic na Kanojo, En En no Shouboutai, Fumetsu no Anata e, Gotoubun no Hanayome, Hajime no Ippo, Hoshino、Me o Tsubutte, Kishuku Gakkou no Juliet
– Seguros (Em Fase Boa-Razoável): Kanojo、Okarishimasu, Real Account, Runway de Waratte, Seitokai Yakuindomo, Senryuu Shoujo, Tokyo Revengers
– A Ser Finalizado em 2018: Tsurezure Children
– Estabilização Provisória: Bakemonogatari, Mako-san wa Shindemo Jiritsu Shinai
– Em Busca de Estabilização: Kiss & Cry, Danshi Koukousei wo Yashinaitai Onee-san no Hanashi
– Risco Moderado de Cancelamento: Sensei、Suki desu。
– Cancelado na Próxima Edição: 8-jou Carnival
Bem, pessoal, assim termina a análise da edição #24 da Weekly Shonen Magazine.
Até a próxima!