40 – Hunter x Hunter
39 – Ore Monogatari
38 – Kimi ni Todoke
37 – Boku-tachi wa Benkyou ga Dekinai
36 – GTO Paradise
35 – Owari no Seraph
34 – Arslan Senki
33 – Saiki Kusuo no PSInan
O que fez Black Clover perder algumas posições é realmente alguns defeitos que são mantidos, como por exemplo, Asta continuar vencendo o inimigo com a força de vontade, e não com uma estratégia real, o que deixa as lutas da série mais “pobres”. Alguns clichês foram mantidos (e acreditem, nunca irão embora), mas isso realmente não me incomoda na maioria dos casos, somente em alguns casos. Ás vezes o autor não sabe o momento correto de colocar um Flashback emocional (ou explicativo), ou mesmo não encaixa muito bem os sermões de Asta, deixando a cena que deveria ser dinâmica, muito irritante. Mesmo assim, se analisarmos no que a série se propõe: um B-Shounen testosterona sem muita profundidade, Black Clover entrega um conteúdo de se aplaudir, e por isso, merece estar entre os melhores mangás do ano.
2016: 31
O QUE É ISSO? MEU DEUS! São os fãs de Vinland Saga jogando pedra de fogo em mim! Brincadeiras a parte, ano passado algumas pessoas não gostaram da posição no qual eu coloquei Vinland Saga (décimo quinto) e provavelmente essas mesmas pessoas odiaram a posição da série nesse ano. Contudo, em minha humilde opinião, Vinland Saga não apresentou um ano convincente, mesmo que não tenha sido de ruim qualidade e também tenha dado alguns passos corretos para a progressão da guerra, que se iniciou realmente nos últimos meses de 2017.
Por isso, Vinland Saga perdeu algumas posições, não por ter perdido a qualidade, mas por não ter tido realmente muito conteúdo nesse ano. Eu tinha comentado que 2016 foi um ano focado mais no desenvolvimento do protagonista (Thorfinn) e em outros personagens secundários, além de preparar o cenário para a guerra. Eu esperava que esse ano tivemos um grande foco na guerra, mas o autor preferiu continuar preparando o terreno por mais capítulos, deixando a série um pouco arrastada. Os últimos capítulos do ano foram os melhores da série em 2017 e provavelmente em 2018 Vinland dará um grandíssimo pulo em posições.
2016: 15
Por sorte, a partir da segunda parte do ano (na verdade um pouco antes), os capítulos de En En no Shouboutai melhoraram bastante. Provavelmente pelo fato que todo o arco teve um foco gigantesco no desenvolvimento do personagem principal e sua família. Tivemos algumas explicações sobre o passado do protagonista (a revelação sobre a verdadeira identidade do demônio foi chocante e nos reservou um quadro belíssimo), lutas interessantes, como entre o protagonista e Shou. A verdade é que En En no Shouboutai começou o ano entregando lutas vazias e que pareciam mostrar que a série não tinha mais a “chama” de antes, mas a partir do capítulo 78 as coisas começaram a mudar e a série só melhorou, entregando uma trama e cenas de ação emocionantes. En En no Shouboutai está pegando fogo!
Primeira Vez
Dr.Stone conta a história de dois adolescentes que viviam suas vidas colegiais “normais” (não podemos considerar a vida de Senkuu, o segundo protagonista, tão normal assim), quando do nada, todas as criaturas vivas na terra (pássaros, seres humanos, ursos, gatos e ecc) se tornam pedra, incluindo os dois heróis da história. É como toda a sociedade tivesse se tornado uma estátua. Milhares de anos se passam, e nossos heróis conseguiram se liberar da petrificação. Contudo, logo perceberam que foram os únicos a conseguirem realizar tal feito, e todos os outros seres humanos ainda estão paralisados e cobertos de pedra. Agora, sozinho eles terão que encontrar um modo de reconstruir a humanidade e livrar os seus companheiros de espécie dessa “maldição”. O ritmo da série é bem rápido, e mesmo os primeiros capítulos não convencendo, após o capítulo 20 a série simplesmente melhorou absurdamente de qualidade (e continua a melhorar). Deste modo Dr.Stone conseguiu garantir uma vaga no TOP 30 de 2017.
Primeira Vez
Um outro mangá, que como Vinland Saga, perdeu algumas posições foi justamente Ajin, que saiu da vigésima terceira colocação para a vigésima sexta. A queda foi menor que a de Vinland Saga, mesmo o motivo dos dois mangás perderem tantas posições serem bem parecidos. Ajin vem sofrendo com um pequeno problema: o ritmo muito lento e pouca variedade na história (sejamos sinceros, a um bom tempo que não temos novos personagens importantes sendo apresentados, um arco surpreendente ou uma reviravolta que muda a narrativa da história). Além disso, o autor continua se mantendo em um arte muito geométrica (com várias quadrados e pouca variedade de formas).
Contudo esse ano não tivemos somente pontos negativos com Ajin, pois se tivesse só pontos negativos, com certeza a história não se encontraria entre os trinta primeiros colocados. O autor parece que estar preparando o terreno para um último arco da história (por isso a conclusão do mangá), deste modo, o protagonista está se tornando cada vez mais maduro (ao mesmo tempo que vamos entendendo que na verdade ele não é frio, somente racional) e o passado do vilão vai sendo explicado através de flashbacks interessantes e diálogos expositivos. É sempre bom ver uma história no qual o círculo está se fechando e Ajin parece estar conseguindo realizar isto de maneira bem satisfatoria.
2013: 18
2014: 16
2015: 24
2016: 23
2017: 26
Presente no Ranking do ano passado na trigésima segunda colocação, esse ano Kimetsu no Yaiba melhorou de algumas posições e conquistou a vigésima quinta colocação. Contudo, o salto de qualidade da série, na minha opinião, foi maior que o salto de posições nessa classificação. Kimetsu no Yaiba iniciou como uma série com um roteiro interessante, com uma arte muito diferente dos demais mangás, sem grandes cenas de ação, contudo, com um desenvolvimento de protagonista muito bem acurado e preciso. Com o passar dos capítulos, o autor foi aumentando o universo da série: Adicionou novos personagens, novos elementos a mitologia e se aprofundiu sobre a organização do mundo de Kimetsu no Yaiba.
O resultado foi muito positivo, a série deu um grandíssimo salto de qualidade, e ao invés de incluir somente um protagonista interessante, conseguiu entregar ao público uma gama gigantesca de personagens carismáticos. Além disso, outros dois elementos melhoraram bastante na série: o traço do autor que se tornou mais limpo e complexo, mas mantendo vários aspectos que faziam o seu traço único. E obviamente, melhorando sua arte, o autor conseguiu melhorar também as cenas de ação que se tornaram bem dinâmicas (como por exemplo a batalha no trem) e mais interessantes de se ler. Kimetsu no Yaiba teve um ótimo ano de 2017 e parece que continuará a melhorar, capítulo após capítulo, ano após ano.
2016: 32
O TOP 30 não é feito somente de B-Shounen (aliás, pelo andar da carruagem, vamos ficar com poucos B-Shounens nas posições altas da classificação). Também temos nesse ranking mangás seinens, comédias, slice of life e muitos outros gêneros. A prova disso é Kaguya-Sama wa Kokurasetai na posição 25. Para quem não conhece a série, Kaguya-Sama wa Kokurasetai é uma comédia romantica que conta a história de dois gênios de uma das maiorias escolas do Japão. Os dois são apaixonados um pelo outro. O problema é que os dois são muito orgulhosos, se negam a confessar seu amor (pois, para eles, isso significaria se tornar submissos). Assim, utilizando estratégias estranhas, os dois começam a tentar fazer que o outro confesse o seu amor.
Por mais que a sinopse seja muito simples, a história passa longe de ser simples. O autor consegue unir comédia com várias questões românticas, como a dúvida se realmente a pessoa que tu “ama” realmente te ama, a diferença entre “amar” e “gostar”, a coragem de dar o primeiro passo, o fato de que nos dizemos, nem sempre é o que pensamos. Constantemente vemos os dois protagonista tendo reflexões erradas sobre a reação do outro, o que nos entrega cenas engraçadas, mas ao mesmo tempo, bem reflexivas. O único problema de Kaguya-Sama wa Kokurasetai é que a série avança com passos de tartaruga, por isso o mangá ao mesmo tempo que entrega uma boa comédia e uma boa relação entre os personagens, essa relação tem pequenos avanços ou quase nulos, por vários episódios. Por isso, recomendo para quem quiser uma boa comédia, mas não para quem quer ver a resolução desse romance logo.
Primeira Vez
Dungeon Meshi estreou no ranking no ano passado, e muitas pessoas ficaram realmente curiosas em saber mais sobre o mangá. Esse ano Dungeon Meshi retorna ao TOP 30, praticamente na mesma colocação que no ano passado (foi realmente por pouco que não ficou em vigésimo – mas na revisão do Ranking, decidi diminuir a série em duas posições para dar mais espaço a outras duas séries). A verdade é que Dungeon Meshi não perdeu posições por uma queda de qualidade, o mangá em sí se manteve muito estável e não teve nenhuma piora ou melhora. A comédia continua pontual, os personagens continuam simpáticos, as dungeons divertidíssimas e principalmente as referências continuam ótimas.
Dungeon Meshi, para quem conhece, é um mangá perfeito para os amantes de RPGs como Dungeons & Dragons ou para os jovens que cresceram jogando MMORPGS mais clássicos. Conta a história de um grupo de aventureiros que vão se aventurando em um mundo mágico medieval, tentando ajudar as pessoas que encontram no caminho e ao mesmo tempo provar as melhores comidas que encontram nas Dungeons. Isso mesmo, Dungeon Meshi é um D&D Gourmet, focado principalmente nos monstros (mobs) e nos pratos deliciosos que conseguem fazer com esses pobres monstros. Talvez esse lado mais culinária, muito inusitado para uma história de aventura mágica-medieval que traz um diferencial a série, que para mim, é uma das melhores comédias da atualidade (mesmo que também nos reserve ótimas cenas de ação e reflexões sérias). Dungeon Meshi é uma leitura que recomendo a todos, amantes ou não de RPG.
2016: 21
Algumas séries conseguem posições absurdamente altas nos seus primeiros anos, por causa do fator surpresa; apresentam um conteúdo único que deixa todos os leitores surpresos. Após os primeiros anos, esse “hype” vai diminuindo e deste modo a posição da série também vai diminuindo – mesmo com a qualidade da série não dimuinuindo tanto assim -. One Punch-Man chegou a ganhar colocações altíssimas no meu Ranking anual; por exemplo, uma incrível terceira colocação no ano de 2014. Em 2015 a série manteve sua qualidade, mas não era tão surpreendente assim, justamente por causa do fator surpresa ter acabado. E em 2016, com o terrível arco do torneio, OPM quase saiu do TOP 30. Esse ano, em minha opinião, One Punch-Man entregou mais do que o público esperava da série e enrolou muito menos que em comparação ao ano passado.
O grande segredo para One Punch-Man dar certo como mangá, é justamente a tensão que o autor cria para aparição de Saitama e também de alguns outros personagens (sempre estamos curiosos em ver alguns dos heróis de Classe S em ação). O resultado dessa tensão criada pode ser extremamente prevísivel. Sejamos sinceros, se tu esperasse que acontecesse algo de diferente no capítulo 116 da série (como algumas pessoas esperavam), tu ainda não entendeu a narrativa de One Punch-Man. Contudo, somente repetindo uma formula não se chega a sobreviver por todos esses anos. Deste modo, o autor também está criando bons personagens secundários, e se eu tivesse que escolher um que “salvou” o ano de 2017 de OPM foi justamente Garou. O roteiro deu um grande foco em desenvolver o personagem e o resultado acabou sendo a criação de um dos melhores personagens secundários da série.
2017 acabou sendo muito bom para OPM, e para mim, a vigésima primeira colocação define muito bem a qualidade atual da série. Um ótimo mangá, mas não chega estar entre os vinte melhores do mercado atual – digo isso, pois eu realmente queria colocar OPM em uma colocação melhor, mas levando em conta os próximos mangás do Ranking, não pude -, mas mesmo assim OPM merece ser lido, principalmente para quem gosta de uma arte fantástica e ótimas cenas de comédia. Só tem um elemento que realmente me irrita em OPM: o fato do autor continuar NÃO LANÇANDO OS CAPÍTULOS COMPLETOS.
2014: 03
2015: 13
2016: 25