TOC Weekly Shonen Jump #52 (27/11/2017)
One Piece c886 (Capa e Página Colorida de Abertura)
01 – Kimetsu no Yaiba c88
02 – Dr. Stone c37
03 – Yakusoku no Neverland c65
04 – Black Clover c135
05 – Gintama c661
06 – Bokutachi wa Benkyou ga Dekinai c41
07 – Boku no Hero Academia c161
Golem Hearts (Capítulo 05)
Hinomaru Zumou c171 (Página Colorida)
Full Drive (Capítulo 06)
Kikou Shounen Aegis (Oneshot)
08 – Tomatoypoo no Lycopene c08 (Primeiro Rank)
Robot×Laserbeam c35 (Página Colorida)
09 – Shokugeki no Souma c241
10 – Haikyuu!! c280
11 – Yuragi-sou no Yuuna-san c89
12 – Cross Account c23
13 – Spring Weapon Number One c55
14 – Shoodan! c24
Tomatoypoo no Lycopene c08.2
Ausentes: Saiki Kusuo no Sainan c269, Boruto: Naruto Next Generations c19, Hunter x Hunter c371 (Hiato), World Trigger c165 (Hiato).
Prévia Weekly Shonen Jump #01 de 2018:i.
Capa e Página Colorida de Abertura: Haikyuu!!
Página Colorida: Yuragi-sou no Yuuna-san, Bokutachi wa Benkyou ga Dekinai e Dr. Stone
Poster Colaborativo: Yuragi-sou no Yuuna-san & Bokutachi wa Benkyou ga Dekina
O ano dos novatos.
E assim chegamos ao fim do ano de 2017 para a WSJ. Um ano destinado a comemoração dos 20 anos de ONE PIECE, mas que acabou sendo mais focados nos novatos, inclusive essa última TOC, colocou nas três primeiras colocações, os três novatos mais importantes da revista (em ordem reversa). Por isso, sem uma TOC “conclusiva”, vamos analisar o ano de 2017 de cada um desses mangás presente na revista. Sem mais delongas, let’s go!
Começando pelos mangás não ranqueados tivemos como capa e página colorida de abertura ONE PIECE, que encerrou o seu aniversário de 20 anos com uma homenagem dos leitores a um dos personagens mais importantes da literatura japonesa atual, Luffy. Foram exatamente 100 desenhos, alguns bonitos, outros feios, outros hilários. Lembrando que esse ano tivemos muitas outras homenagens a série ao longo das edições (inclusive na lateral da WSJ, no qual tinha os momentos mais marcantes de One Piece). Também nessa edição tivemo página colorida para Hinomaru Zumou e Robot x Laserbeam, que comentarei sobre o ano de 2017 na próxima edição.
Em primeiro lugar tivemos o nosso querido Kimetsu no Yaiba, que a duas edições atrás também esteve em primeiro lugar. Talvez este tenha sido o melhor ano para a série: suas vendas aumentaram consideravelmente, conseguiu conquistar vários primeiros lugares, várias páginas coloridas e capas. Eu diria que 2017 para Kimetsu no Yaiba foi um grande “obrigado” aos editores que acreditaram no potencial da série quando ela, mesmo tendo uma boa recepção interna, vendia mal. A série demonstrou o que o investimento valeu a pena. Agora é esperar que o ano de 2018 seja ainda melhor, pois a série tem tudo para ganhar o seu anime – que para mim deve ser anunciado no seu aniversário de dois anos em Fevereiro ou Março -.
Em segundo lugar tivemos Dr.Stone que também teve um bom ano. A série estreou no início do ano em uma leva muito complicada, e ainda por cima a série carregava uma maldição e benção. A benção de ser uma série de dois autores veteranos, é também uma maldição, pois acaba criando um “hype” que, quando a série é só “boa” ou “medíocre”, acaba decepcionando tantíssimo os leitores, que esperavam algo maravilhoso. Deste modo, o mangá acaba virando um fracasso, mesmo não sendo um material de fracasso. Tivemos como exemplo, Gakkyou Hottei e Illegal Rare – Também Stealth Symphony, mas sejamos sinceros, nesse caso o mangá tinha realmente muitos defeitos -. Dr.Stone conseguiu evitar a maldição e sua série acabou sendo um sucesso. O próximo ano servirá para a série continuar a se estabilizar na revista.
Em terceiro lugar tivemos Yakusoku no Neverland, que também teve um ano focado no desenvolvimento da história e da popularidade DENTRO DA REVISTA, como Kimetsu no Yaiba. O grande problema da série nesse ano foi a grande mudança na sua história, tanto em cenário quanto em dinâmica narrativa. Mudança que acabou sendo acertada, pois o público, mesmo a maioria ainda preferindo o primeiro “arco”, vem gostando bastante desse segundo. Deste modo, com o público ainda falando bem da série, suas vendas continuam a aumentar, e os editores continuam a dar um grande apoio a série. Por isso, com certeza Yakusoku teve um ano fantástica e deve comemorar tal desempenho. O próximo ano deve ter o anúncio do seu anime, que deve estrear somente em 2019, contudo, os editores já no próximo ano devem preparar o terreno para a adaptação.
Em quarto lugar tivemos Black Clover que teve um ano interessante, com pontos negativos e positivos: 2017 foi focado em criar o terreno para o anime da série. Os editores constantemente reservavam páginas da revista para fazer publicidade da adaptação, mostrando o traço do anime (produzido pela Pierrot) e dando várias capas e páginas coloridas para a série, para que ela e sua adaptação continuasse nos holofotes até outubro, quando o anime estreou. Por isso, até outubro a série estava tendo um bom ano, suas vendas inclusive estavam aumentando, mesmo que lentamente. O problema veio com a estreia do anime. A adaptação não agradou muitas pessoas e os volumes antigos acabaram não tendo um grande boost. Ainda é cedo para dizer que a série será realmente um fracasso, o anime continua em exibição e a situação pode mudar, contudo a situação não está favorável para Black Clover. Próximo ano teremos a resposta.
Em quinto lugar tivemos Gintama que teve um ano bem tranquilo, a série está acabando e o autor está simplesmente organizando o baralho para dar um bom encerramento ao mangá, que deve acontecer já no começo do ano de 2018. Em sexto lugar tivemos um outro novato que deu certo: Boku-tachi wa Benkyou ga Dekinai. A série veio com o objetivo de substituir Nisekoi (inclusive o autor escreveu um spin-off de sucesso de Nisekoi) e conseguiu ir além, pois conseguiu também conquistar vários leitores que não gostavam de Nisekoi. O início do ano de 2017 de Boku-tachi wa Benkyou foi complicado, não dá para negar, os editores estavam em duvida se valia a pena apostar na série, mas com seu aumento gradual de popularidade, perceberam que a série tem um grande potencial. 2018 será importantíssimo para a série, de uma vez por todas, demonstrar que merece estar na revista.
Em sétimo lugar tivemos Boku no Hero Academia, que por mais que desde a estreia do novo editor venha pegando posições ruins na TOC, é inegável que teve um bom ano. A série estreou a sua segunda temporada do anime, que acabou sendo um grande sucesso de audiência (no seu novo horário e novo canal). O público internacional também gostou muito da série, aumentando as vendas em todo o mundo, e fazendo que a série fosse licenciada em vários outros países, além dos EUA, China e Japão. E suas vendas em terreno domestico também acabou aumentando. Boku no Hero Academia, provavelmente teve o seu melhor ano desde sua estreia, e mesmo indo mal na TOC atualmente, não dá para negar que 2017 foi fabuloso. Esperamos que com a terceira temporada, que estreia em abril de 2018, a série continue aumentando sua popularidade.
Em oitavo lugar tivemos Tomatoypoo no Lycopene, sua primeira classificação. A série já estreou com uma segurança: provavelmente será um sucesso, por isso os editores já foram classificando a série na última colocação. Por isso, vê-la sendo bem classificada na primeira semana não é uma surpresa, contudo será interessante ver a série conseguirá vender mais que Isobe Isobee Monogatari quando estreou (a série vendeu cerca de 50 mil cópias) ou quando acabou sendo cancelado (estava na casa dos 20 mil cópias), para assim concluirmos se a mudança acabou sendo vantajosa ou não para a revista. Lembrando que podemos considerar que 35 à 50% das vendas de volume são em mídia digital, por isso quando digo que Isobe vendia 20 mil cópias fisicamente, provavelmente vendia 30 à 40 mil cópias no total. Até lá, não podemos dar uma verdadeira opinião sobre a nova comédia curta da revista.
Em nono lugar tivemos Shokugeki no Souma que teve um ano misto, como no ano passado. As suas vendas continuam caindo, contudo caem em uma velocidade menor, o que é uma boa notícia para os leitores. O seu anime continua tendo uma boa popularidade, e tem uma possibilidade de ganhar uma quarta temporada de também 13 episódios. E na TOC, a série continua sendo classificada em fases: por um período está entre os primeiros, em outros na zona intermediária, em outros na parte inferior da revista. Eu não diria que o ano do mangá foi ótimo, pois nada de fantástico realmente aconteceu, mas também não foi ruim. Shokugeki no Souma acabou tendo um ano “normal”, natural para uma série que já tem quase 5 anos de vida na revista. Sobre sua capa de aniversário, acredito que não é necessário ficar preocupado por isso, em breve a série deve receber. Ultimamente os editores não estão dando tanta importância aos aniversários.
Em décimo lugar tivemos Haikyuu!! que teve um bom, estável como o de Shokugeki no Souma. Séries veteranas que já estão no seu quarto ou quinto ano da revista, tendem a não terem anos explosivos, ao menos que um milagre aconteça. O importante é que Haikyuu!! continuou sendo um pilar. Sobre a posição dessa semana, foi realmente ruim, mas para a série do gênero e com a nova estratégia dos editores, de destacaram as séries novatas, considero “normal”. Em décimo primeiro lugar tivemos Yuragi-Sou no Yuuna-San que teve um ótimo ano, no qual os editores deixaram claro qu apoiam a série. Nunca uma série Ecchi teve o apoio que Yuragi-Sou está recebendo (que pode não ser igual aos demais novatos da revista, mas para série do gênero é um grande feito). E ainda por cima, o seu ano terminou com um belo anúncio da primeira temporada do seu anime, por isso, Yuragi-Sou no Yuuna-San teve um ótimo ano e 2018 tem tudo para ser ainda melhor.
Em décimo segundo lugar tivemos Cross Account que teve um ano ruim, pois a série fracassou. Em décimo terceiro lugar tivemos Spring Weapon Number One, que teve um ano “bom”, mas ao mesmo tempo ruim. A série não conseguiu disparar em vendas (os seus volumes vendem muito mal), por isso continuou entre os últimos colocados, com o risco de acabar sendo cancelado. Contudo, o fato da série ter conseguido sobreviver e não acabou sendo cancelado na leva anterior, faz com que o autor tenha um ano “minimamente” bom. A verdade é que provavelmente o autor preferiria que sua série fosse um sucesso. Em último lugar tivemos Shudan! que também teve um ano ruim, pois sua série acabou sendo mal recebida e já no início do próximo ano deve acabar sendo cancelada, para a tristeza de muitas pessoas que gostam do autor.