Análise: TOC Weekly Shonen Sunday #35 (Ano 2017).

O novato Shinobino atualmente está em seu terceiro capítulo e só passará a ser ranqueado a partir de seu oitavo capítulo (ou nono, caso a obra receba uma página colorida na edição em que sair seu oitavo capítulo). Já o novato Youkai Giga e o gag mangá curto Sunday Hikagaku Kenkyujo tratam-se de duas obras vêm ocupando as últimas duas posições na ordem de leitura das edições da Weekly Shonen Sunday e, portanto, nunca são ranqueadas. Sunday Hikagaku provavelmente está sendo mantido mais pela sua recepção interna do que seu potencial comercial, que é muito baixo. Também tivemos o lançamento do 53º capítulo de Birdmen, mangá publicado mensalmente na revista a cada quatro edições. Trata-se de outra obra que nunca é ranqueada quando lançada.

O novato K・O・I – King of Idol, com apenas onze capítulos e de autoria do experiente Tamiki Wakaki, esteve ausente nessa edição mas deve retornar já na edição #36. Em contrapartida quatro mangás seguem em hiato: Arata Kangatari, Gin no Saji, Ryoko e Zettai Karen Children. Desses quatro mangás apenas Zettai tem previsão de retorno, que será na época do verão japonês. Já Gin no Saji deve demorar a voltar, pois acabou de voltar de sair do hiato por três semanas. Arata e Ryoko talvez nunca mais retornem à revista.

O primeiro lugar da vez foi para Kyoukai no Rinne, que tinha ganho uma página colorida na edição anterior. O trigésimo sétimo volume de Rinne foi lançado na semana passada e até o domingo anterior esse mesmo volume vendeu 18.955 cópias. Não é uma quantidade fenomenal (longe disso), mas é o suficiente para a obra de Rumiko Takahashi (a mesma autora de Ranma 1/2, InuYasha e Maison Ikkoku) se mantenha pelo tempo que a autora julgar necessário.

O segundo lugar ficou para Dectetive Conan, que teve lançado na edição seu 999º capítulo. Sim, senhoras e senhoras, o próximo capítulo será o milésimo e acredito que a revista dará (ou ao menos deveria dar) um grande destaque para esse feito impressionante. Mas infelizmente não teremos o tão aguardado lançamento do capítulo de número 1000 na próxima edição… É aguardar o retorno, que provavelmente será na edição #37-38. Enquanto isso, o 93º volume conseguiu vender, até o dia 23 de julho, 359.564 cópias, sendo que o lançamento até então tinha durado menos de dez dias.

A terceira posição ficou com Komi-san wa、Komyushou Desu。 , que simplesmente está padecendo no paraíso: seu quinto volume, lançado entre os dias 17 e 23 de julho, conseguiu vender 73.684 cópias, pouco mais do que as vendas de Souboutei Kowasu Beshi, outro novato muito promissor. Se as vendas continuarem a aumentar a média de vendas de Komi-san pode chegar a 200 mil cópias por volume (por ora já está começando a subir a média para 150 mil). Komi-san pode não ser tudo o que a revista precisa, mas o que a Shonen Sunday busca é justamente mais obras com o rendimento de Komi-san e Souboutei. Aliás, acho que as chances de Komi-san ganhar anime mais para frente são altíssimas. Não duvido nada de em 2018 o mangá da garota mais popular com distúrbio de comunicação receber uma adaptação animada nas telinhas japonesas.

O quarto lugar ficou para Magi ~ The Labyrinth of Magic, que está cada vez mais perto de ser finalizado. Trata-se de uma das obras mais populares da revista atualmente, mesmo com a queda de vendas de volumes. Apesar do lançamento de obras promissoras como Major 2nd, Souboutei e Komi-san (sem contar Dagashi Kashi, que já ganhou anime), o fim de Magi deve causar impactos negativos na revista se os editores não conseguirem emplacar mais novatos de rendimento acima da média.

Na quinta colocação foi para Major 2nd, cuja média de vendas é de pelo menos 250 mil cópias por volume. A continuação do clássico Major mostra-se uma das obras mais fortes da revista atualmente e com boas chances de expandir sua rentabilidade mais pra frente, com uma provável adaptação em anime. Isso ainda deve demorar um bom tempo para acontecer, mas a Sunday não deve (ou não deveria) deixar passar a possibilidade de aumentar o rendimento de uma obra popular.

A sexta posição ficou para Dagashi Kashi, que, com uma média de vendas de pelo menos 200 mil cópias por volume, segue numa situação muito confortável na revista. A obra, apesar de não ter mais tanto destaque quanto outrora, ainda está muito bem-avaliada pelos editores. Recentemente foi anunciado que Dagashi Kashi receberá um anúncio importante e que na edição #37-38 receberá página(s) colorida(s). É aguardar para ver o que será. Alguns apostam numa nova temporada do anime, que teve um rendimento satisfatório. Mas só saberemos mais pra frente.

O sétimo lugar ficou para o gag mangá de faroeste Hoankan Evans no Uso 〜Dead or Love〜. A obra ainda está buscando sua estabilização, mas já parece estar em situação mais favoráveis que alguns novatos de sua mesma leva. Eu diria que Hoankan Evans já não corre tantos riscos de cancelamento como correm Tenshou no Quadrable e Inseki Shoujo -Meteorgirl-. Isso não garante que Hoankan Evans vai se manter mas ao menos dá a obra uma sobrevida de garantia.

Depois de aparecer por algumas edições em posições medíocres ou mesmo no bottom, Souboutei Kowasu Beshi enfim volta ao Top 10, ficando ranqueado na oitava posição. O quinto volume da obra passou a ser disponível para vendas na semana passada e até o dia 23 de julho foram vendidas 61.104 cópias, quantidade mais do que satisfatória para os padrões da revista. Embora não tenha recebido tanto destaque recentemente, pode-se dizer que Souboutei é um dos mangás recentes do plantel com mais potencial comercial a ser aproveitado.

A nona colocação ficou para Amano Megumi wa Suki Darake. O sétimo volume dessa obra foi lançado na semana passada e conseguiu vender 25.526 cópias. É um nível mais que satisfatório para os padrões da revista e faz com que a obra permaneça nos planos dos editores por um bom tempo. Inclusive, não seria nenhuma grande surpresa se mais para frente anunciassem uma adaptação em anime para Amano Megumi.

Na edição retrasada Saike Mata Shite mo estava no bottom. Na edição anterior bateu na trave para entrar no Top 10. Mas dessa vez Saike enfim voltou ao Top 10, na décima posição. O mangá de Tsubasa Fukuchi, como já disse em análises anteriores, não chega a ter um rendimento fantástico, mas a boa recepção dos leitores e o respaldo do grupo editorial são trunfos para a obra se manter na revista, ainda que publicada irregularmente (o autor faz pausas longas eventualmente mas volta pouco tempo depois).

Ausente na edição passada, Aozakura – Bouei Daigakkou Monogatari volta a ser publicada regularmente, pegando o décimo primeiro lugar. O mangá já tem mais de um ano de publicação e conseguiu se estabilizar, apesar das expectativas sobre a obra terem sido maiores algum tempo atrás, tendo ganhado um pouco mais de destaque do que Komi-san wa、Komyushou Desu。.  Mesmo assim, seu rendimento é o suficiente para se garantir na revista por um bom tempo.

Mais uma vez Tenshi no Akuto!! pegou uma posição medíocre, abaixo do Top 10 e acima do bottom (ficou em décimo segundo). Tenshi é mais uma obra que é mantida por apresentar um rendimento razoável mas que não se mostra (ao menos por ora) forte o suficiente para que invistam em uma adaptação em anime ou aumentem o nível de destaque. Olhando pelo lado meio cheio, a obra ainda se encontra em uma situação segura (ao menos a médio prazo) e não corre riscos de cancelamento.

Se na edição anterior Be Blues! ~ Ao ni Nare ficou no fundo do bottom, dessa vez na porta do bottom, na décima terceira colocação. O mangá de futebol não tem recebido muito destaque ultimamente, mas ainda é uma obra com muito respaldo dos editores da revista e apresenta um desempenho comercial satisfatório. Inclusive, Be Blues! está a dois capítulos de alcançar a marca de trezentos capítulos lançados, um feito difícil de ser alcançado.

Abrindo o bottom, Inseki Shoujo -Meteorgirl- ficou com o décimo quarto lugar. Essas aparições no bottom estão apresentando um panorama pouco otimista para as chances de estabilidade do mangá. Inseki Shoujo tem aparecido com frequência no bottom, o que poderia não ser preocupante para um veterano, mas não é nada animador para um novato que mal passou a ser ranqueado e tem apenas onze capítulos publicados.

Outro novato que aparece direto no bottom e pode estar correndo riscos é Tenshou no Quadrable, justamente o primeiro mangá da leva de seis obras que estreou recentemente. Quadrable, que ficou na décima quinta posição, segue em situação delicada e sua permanência está muito longe de estar assegurada. Se nenhuma surpresa acontecer mais pra frente, o jeito vai ser torcer para Youkai Giga, Hoankan Evans, King of Idol e Daiku no Hatou terem um destino melhor.

Em décimo sétimo está Hiiragi-sama wa Jibun o Sagashite Iru。, que mais uma vez ficou no bottom para a surpresa de… Ninguém! Hiiragi-sama ou é ranqueado no bottom ou fica ausente. Raramente temos alguma surpresa relacionada à obra. O nível de vendas de volumes é razoável mas os editores não veem Hiiragi-sama como um mangá com potencial comercial, ou seja, não lhes parece uma obra que vai render bons frutos se receber maiores investimentos. Bom, ao menos o mangá vai se mantendo.

Se Hiiragi-sama é deixado de lado pelos editores por não apresentar um potencial comercial, Joujuu Senjin!! Mushibugyo, na décima oitava posição (a última entre os ranqueados), apresenta um desgaste de sua exploração comercial, após ter ganho um anime de 26 episódios, um jogo pela Namco Bandai e três OVAs. De quebra, a obra já tem 30 volumes lançados e de vez em quando ganha páginas coloridas. Apesar dos editores ainda demonstrarem certo apoio ao mangá e à possibilidade considerável do autor Hiroshi Fukuda dar um fim natural à obra, isso não impedirá a obra de ficar a maior parte do tempo no bottom até o fim de seu período de publicação.