Análise: TOC Weekly Shonen Jump #32 (Ano 2017).

Começando pelos mangás não ranqueados, tivemos como capa Gintama, e como eu tinha previsto na semana passada, os editores decidiram colocar um “poster” do Live-Action como capa – Repito, é uma escolha muito inteligente, principalmente com essa união entre anime e live-action que o designer da capa decidiu realizar, pois estará fazendo uma publicidade direta do filme da série – Estarei torcendo para que o filme seja um sucesso (e que tenha uma ótima qualidade), pois assim poderemos ter várias continuações, e mesmo com o encerramento do mangá, com essas continuações, voltaremos cada dois ou três anos, ao universo dessa série que tanto amamos. 

Também tivemos nessa edição 32 do ano de 2017, várias páginas coloridas: PSI Kusuo Saiki ganhou em publicidade ao seu Live-Action, que se não me engano, estreia em Setembro. Já Boku-tachi e BORUTO para fazer publicidade da série. Outra série não classificada foram Shuudan!, que parece estar sendo muito bem recepcionada, e Cross Account que está correndo sérios risco, e pode ser cancelada precocemente – o público realmente não gostou do mangá, mas levando em conta que seu One-Shot também não tinha sido muito bem recepcionado, as chances que o mangá funcionasse era bem baixa (não me lembro de um one-shot mal recepcionado que se tornou uma série de sucesso).

Em primeiro lugar tivemos ONE PIECE, que na próxima semana irá receber capa e página colorida de abertura, e espero que seja uma capa que combine com o arco atual (para mim mais séries devem adotar a estratégia de dar uma pequena publicidade no arco que está sendo lançado, colocando personagens secundários importantes para o arco, por exemplo, quando ONE PIECE lançou a capa com Luffy e DoFlamingo, ou a última capa que tinha Big Mom. Eu sou totalmente a favor de uma capa, no qual aparece a “família vinsmoke” juntamente com Luffy e Sanji, por exemplo. Em segundo lugar tivemos Boku no Hero Academia que nessa semana foi acompanhado pelo seu spin-off “Boku no Hero Academia Smash”, que é uma comédia em tirinhas. Para um mangá do gênero, Smash está fazendo um grandíssimo sucesso, por isso mais do que correto os editores fazerem publicidade.

Em terceiro lugar tivemos Haikyuu!!, que está começando a se tornar uma grande montanha russa, contudo, o motivo já foi explicado na semana passada: os editores tendem a deixar mangás do gênero muito inconstantes: Kuroko no Basket por exemplo variava tantíssimo de posições, mesmo sendo uma das séries que mais vendia da revista. Agora que estão encontrando novas séries lucrativas, estão deixando de colocar Haikyuu!! sempre nas primeiras colocações, e dando o mesmo tratamento que davam a Kuroko no Basket (que vendia mais ou menos, a mesma quantidade que a série de vôlei). Em quarto lugar tivemos Black Clover, e como pudemos ver na área de comentários da TOC passada, foi confirmado que o seu anime estreará em outubro desse ano. O design pode estar um pouco estranho, mas continuo acreditando que poderemos ver a série se tornando um sucesso.

Em quinto lugar tivemos Hinomaru Zumou, que recebeu uma outra rasteira: o primeiro volume de Boku-tachi wa Benkyou, após a reimpressão está preste a vender mais que o último volume de Zumou. Enquanto a série de sumô vendeu 44 mil cópias, a de romance vendeu cerca de 42 mil cópias. Para sorte do autor de Zumou, a sua série está acabando, por isso não verá sua série sendo cancelada (para alegria também de todos nós que gostamos do mangá). Sobre Boku-tachi, essa subida em vendas deve fazer os editores confiaram mais na série. Em sexto lugar tivemos Yakusoku no Neverland, que pode conseguir vender mais que Gintama nesse novo volume. O mangá talvez não seja um novo Death Note, mas uma coisa é certa, após o anime tem tudo para se tornar o quarto pilar da revista (quem sabe, se o anime fizer um grandíssimo sucesso, um dos três pilares). Lembrando que atualmente o mangá tem três pilares: ONE PIECE, Haikyuu!! e Boku no Hero Academia, e Black Clover pode se tornar o quarto pilar, caso o anime faça sucesso.

Em sétimo lugar tivemos Kimetsu no Yaiba, que também se encontra em uma boa situação, pois se tornou uma série comercialmente vantajosa, contudo acho complicado a série se tornar um dos pilares da revista, por um simples motivo: temos tantas séries promissores na revista, que vendem mais ou tem um potencial comercial maior, que Kimetsu no Yaiba pode acabar se tornando um D.Gray-Man dos dias de hoje, mas dificilmente se tornará um pilar. Em oitavo lugar tivemos Shokugeki no Souma que mesmo tendo anunciado a sua terceira temporada, não voltou a receber o destaque de uma série que os editores realmente apoiam. Entretanto, mesmo não sendo um dos mais apoiados pelo grupo editorial, eu duvido que seja cancelado nos próximos 18 meses. Por isso, os leitores do mangá podem ficar tranquilos, a série não está correndo nenhum risco de acabar sendo cancelada. Só não esperem retornar a ter o destaque eu tinha a dois anos atrás.

Em nono lugar tivemos o nosso querido Dr.Stone, que nos entregou uma pequena decepção, mas não posso dizer que a série recebeu uma rasteira. O mangá vendeu menos que Robot x Laserbeam na sua primeira semana (deve vender cerca de 30 mil cópias a menos), e isso deve ter surpreendido todo mundo que acompanha a TOC (eu me incluo nessa categoria), mas de nenhum modo deve ter sido uma surpresa aos editores, justamente por terem imprimido muitas mais cópias para Robot x Laserbeam, que para Dr.Stone – Os editores, mesmo dando melhores posições para Dr.Stone, esperavam melhores resultados com Robot. Mesmo assim, não se preocupem a série de Boichi vendeu relativamente bem para uma série novata, e não tem nenhum motivo para ser cancelada. Em décimo lugar tivemos Yuragi-Sou no Yuuna-San que também lançou um novo volume, mas deve vender a mesma quantidade que o anterior (o que não é um ruim resultado, muito pelo contrário).

Em décimo primeiro lugar tivemos Hunter x Hunter que teve um queda enorme de posição, e devo assumir: os editores não sabem muito o que fazer com a série. Quando retornou de Hiatos em 2014, os editores classificaram a série em colocações bem baixas, mais ou menos como essa dessa semana, contudo quando retornou em 2016, decidiram classificar a série entre os primeiros. Sinceramente, não sei qual será a decisão dessa vez, mas espero que entreguem o mesmo tratamento que em 2016 – Só avisando, vi nos comentários alguém comentando que a série em 2013 entrou em hiatos depois de 2 capítulos. Isso não aconteceu, em 2013 foi lançado um ESPECIAL sobre Kurapika, um dos personagens principais da série, por isso teve dois capítulos lançados naquele ano. O hiatos na verdade durou de 2012 até 2014. Em décimo segundo lugar tivemos Spring Weapon Number One que continua vendendo mal, contudo sua sobrevivência depende da sua recepção interna. De qualquer modo, com o “sucesso” de Robot, as suas chances de ser cancelado aumentam um pouco, mas devemos esperar as próximas semanas para chegarmos a alguma conclusão.

Em décimo terceiro lugar tivemos Robot x Laserbeam que vendeu mais que Dr.Stone e PSI Kusuo Saiki, uma ótima notícia para os fãs da série – Acredito que após essas vendas a série deve conseguir sobreviver, porém, se o mangá teve uma tiragem inicial de 200 mil, porque os editores decidiram classificar tão mal a série? Os motivos podem ser vários, mas o mais provável é que a maioria dos compradores NÃO são leitores da revista – como o autor tem um nome muito conhecido, é bem provável que as Fujoshis e outros grupos que não leem a Weekly Shonen Jump, tenham decidido comprar os volumes, mas internamente a recepção da série não tenha sido tão boa (lembrando que provavelmente mais de 50% das vendas vem de pessoas que não leem a revista). Também tem a possibilidade dos editores quererem transformar Robot em uma série que sempre está nas últimas colocações, mas isso não explicaria a péssima recepção em alguns fóruns japoneses. Em último lugar tivemos Harapeko no Marie que vendeu mal para um autor veterano, e sim, está cancelado.