Começando pelos mangás não ranqueados, nessa edição tivemos realmente muitas páginas coloridas, com grande destaque para Sousei no Onmyouji que lançou seu novo volume, e continua vendendo relativamente bem. O importante para a série é manter suas vendas, já que a possibilidade de ter um aumento são realmente baixas, mesmo que por um milagre o estúdio Pierrot decida realizar mais episódios da série. Também tivemos nessa semana a estréia de duas séries, Katsugeki Touken Ranbu e Yuugai Shitei Doukyuusei.
A edição nos reservou várias páginas, mas realmente muitas, além das páginas coloridas para as novas séries também tivemos para o sucesso Koto Oto Tomare! (que lançou um novo volume), para Yuukoku no Moriarty que vendeu ainda mais no seu novo volume, mostrando que pode ser uma série com um futuro promissor. Kemono Jihen que também acabou vendendo bem e página colorida para o novato Futaribocchi Sensou. Próxima semana também teremos a capa anual para Shin Tennis no Oujisama, e também muitas páginas coloridas, incluindo uma para Mr.Clice, série do criador de Kochikame.
Em primeiro lugar tivemos Owari no Seraph que continua bem forte na revista mesmo seu anime tendo terminado a quase dois anos, isso porque a série vem mantendo suas vendas altas e deste modo continua sendo um dos pilares da revista, ao lado de Ao no Exorcist, Platinum End e Sousei no Onmyouji. É incrível como os mangás da SQ conseguem manter seus leitores, o motivo é bem provável que sejam esses dois combinados: poucas pessoas compram a revista (mesmo os mangás dela tem uma visibilidade relativamente alta), e deste modo a maioria só vê o novo conteúdo através da compra dos volumes. O segundo é mérito principalmente dos editores e dos autores, que conseguem guiar bem suas séries ao ponto de continuarem interessante volume após volume.
Em segundo lugar tivemos o outro pilar da revista, o nosso querido Ao no Exorcist que continua sendo o maior pilar da revista. A série pode ter passado por altos e baixos, ter ficado um grande período sem anime, mas nunca deixou de ser um dos mangás que mais vende no Japão, e ser o carro-chefe da revista mensal que tanto amamos (a Jump SQ). Para mim atualmente o único mangá que tem capacidade de roubar essa posição de Exorcist, é Platinum End, mas como a obra não parece que vai durar muito tempo, acredito que não veremos acontecer – os editores sempre vão acabar apostando em uma obra que dure ao menos, mais três anos na revista. Platinum End é um pilar, mas nunca será o pilar principal da revista.
Em terceiro lugar tivemos o pilar das comédias, Gag Manga Biyori, que é sinceramente um dos mangás mais engraçados da atualidade e merece as ótimas vendas que tem. É muito raro uma série com traços tão simples e “infantis” conseguir se destacar tanto – e Gag Manga Biyori conseguiu. Logo após na quarta colocação tivemos Taishau Wotome Otogibanashi que será encerrado daqui a dois capítulos. A série teve uma recepção mediana, e os editores decidiram apoiar o mangá, mas claramente não foi o suficiente para a deixaram na revista por mais tempo. Com essa nova leva que está estreando tantos mangás (e os editores provavelmente estão esperando ótimos resultados), alguns sacrifícios devem ser feitos, e infelizmente, Taishau por suas vendas medianas para ruim, acabou sendo sacrificado da revista. Para quem não sabe a série era uma comédia romântica com traço bem simples, que estava agradando os apaixonados pelo gênero.
Em quinto lugar tivemos Platinum End que por estar dividindo as opções deste que lançou, e suas vendas estão lentamente caindo (o que é preocupante), mas não deixa de ser um dos maiores mangás da revista atualmente, suas vendas fazem por merecer sua posição. O único problema de Platinum End, como comentei no paragrafo sobre Exorcist, é que provavelmente não durará muito tempo, assim os editores precisam fazer de tudo para maximizar o lucro que a revista pode ter com a série, sem se preocupar em criar um projeto de longo prazo para a série. Um modo que podiam encontrar para maximizar os lucros é lançar no primeiro semestre do próximo ano uma possível primeira temporada da série (com 13 episódios). Essa estratégia poderá atrair ainda mais leitores ao mangá, antes mesmo que a obra termine. Sinceramente, duvido que a Jump SQ quer que aconteça o que aconteceu com Death Note: o anime só foi estrear quando a série já tinha acabado. Fazendo sim, que os volumes vendessem bem, mas não trazendo nenhum lucro para a revista (Shonen Jump).
Em sexto lugar tivemos um mangá que veio substituir TO-Love Ru Darkness, o nosso querido ecchi hardcore, Dokyuu Hentai H×Eros. Ainda é cedo para dizer se a série acabará dando certo, devemos ver as vendas do seu primeiro volume, que deve ser lançado somente no mês de Setembro, mas existe uma boa possibilidade, principalmente com o cancelamento de uma outra série do gênero: Wonder Rabbit Girl. Faz muitos anos que não sou mais um admirador do estilo, mas sempre defendi a presença de ao menos um mangá do gênero nas revistas, pois isso acaba atraindo o público que gosta (e acredite, no Japão tem muitas pessoas que amam “ecchi”). Economicamente é vantajoso para todas as revistas terem uma comédia romântica leve, e um ecchi bem pesado que serve somente para o público que gosta de calcinhas, peitos gigantescas e meninas atrapalhadas.
Em sétimo lugar tivemos Shin Tennis no Oujisama, que nunca chegou a ser um pilar da revista, mas continua sendo um dos mais importantes, pois suas vendas são tão estáveis, mas tão estáveis, que a série acaba sempre se configurando entre as cinco que mais vendem da revista (atualmente podemos colocar a série em quarto lugar, vencendo inclusive Sousei no Onmyouji e Koto Oto Tomare!). O motivo pelo qual Shin Tennis no Oujisama é tão popular é que a série é a continuação de Tennis no Oujisama, o príncipe do Tênis, uma série lançada originalmente na Shonen Jump (aliás, estou terminando a matéria da segunda parte do ano 2000 da revista), que revolucionou o mundo dos esporte, pois conseguiu atrair um número considerável de leitoras femininas, ajudando a revista Shonen Jump ir muito além do público masculino.
Em oitavo lugar tivemos Chihaya-san wa Sonomama de Ii que é uma comédia curta com uma pequena pintada de “ecchi”, e por mais que entregue principalmente garotas peitudas, não podemos dizer que é um substituto ideal para TO-Love Ru, pois primeiramente o seu foco no Ecchi é relativamente baixo, e segundo tem poucas páginas por edição, contudo, para quem gosta de séries sobre garotas que comem muito (que por incrível que pareça é um conteúdo que faz muito sucesso no Japão, e sinceramente eu não consigo explicar o motivo), essa série deve te agradar. Em nono lugar tivemos Ohmori Satisfaction que é uma comédia curta, que parecia que podia funcionar na revista, mas na verdade os editores só estavam esperando o momento ideal para acabar cancelando o mangá. Aliás, muitas das séries canceladas atualmente só estavam sobrevivendo por bondade dos editores mesmo, pois a maioria tinha vendas ruins ou medianas.
Por isso, que a sobrevivência do décimo colocado, Happy Milly é uma surpresa: primeiramente é estranho o mangá estar fazendo um sucesso, pois é uma comédia curta sobre a aventura de um bebê que mesmo não fazendo quase nada, consegue atrair grandes confusões. Eu não posso julgar a série, já que nunca li nenhum capítulo, mas posso dizer que a série não vende muito bem, mas se os editores preferiram cancelar outras comédias curtas, ao invés de Happy Milly, é porque provavelmente sua popularidade é alta o suficiente. Lembrando que as comédias curtas não lutam contra as séries normais, acabam lutando contra as demais comédias curtas, e os editores sempre escolhem de salvar aquelas que agradar mais o público interno da revista (sim, o público interno, pois é muito raro uma comédia curta vende bem o suficiente ao ponto de superar, por exemplo, 30 mil cópias por volume), na revista só temos um caso, que é Gag Manga Biyori.
Em penúltimo lugar tivemos Black Torch que teve uma posição realmente preocupante, mas como a VIZ pegou a série (o que normalmente é um bom sinal – logicamente se eles decidem traduzir a série meses depois do seu lançamento -), acredito que os editores ainda acreditam que o segundo volume da série, que será lançado no próximo mês, venderá bem o suficiente. Lembrando que a série vai ganhar página colorida, mas diferente da Shonen Jump, isso não é uma boa notícia. A Jump SQ sempre dá páginas coloridas para as séries que estão recebendo um novo volume, raramente isso não acontece (e acredite se uma nova série não receber uma página colorida de publicidade, significa que a situação está realmente preta). Em último tivemos Densetsu no Yuusha no Konkatsu que sofreu a consequência dessa leva de seis novas séries. Essa é uma outra série que não tinha vendas realmente ruins, mas também não conseguiu alcançar o nível necessário para convencer os editores que valia a pena manter o mangá na revista.