O título da edição pode soar estranho… mas tem a ver com algo que aconteceu com Nanatsu nessa edição. Vocês entenderão um pouco mais abaixo. A edição da vez também conta com o fim de Acma:Game, que se despede naturalmente. Bem, não há muito o que se introduzir nesse parágrafo inicial, então vamos direto para a TOC.
TOC Weekly Shonen Magazine #14 (2017):
A capa física da edição foi estampada pela jovem atriz Suzu Hirose. Já a capa digital e as páginas coloridas de abertura ficaram para o mangá de futebol DAYS. Mas, apesar do destaque para DAYS (que está em uma situação bastante tranquila na revista), a TOC #14 ficará marcada pelo encerramento de Acma:Game, que ganhou uma página colorida. Embora fosse uma obra com vendas relativamente baixas, o fim de Acma:Game é natural e o mangá se despede antes que decaia de produção (que podia não ser muita mas não era decadente). Os novatos Rankers High e Tokyo Manji Revengers ainda não estão sendo ranqueados, pois estão em seu quinto e segundo capítulos respectivamente.
Devido a um acontecimento chato envolvendo Nanatsu no Taizai, tivemos breves capítulos especiais de Nanatsu no Taizai – Seven Days ~Touzoku to Seishoujo~, Shoujo A no Higeki e Kanazuchi Mermaid. O one-shot Boku no Machi ga Yureta, por sua vez, não está substituindo Nanatsu mas talvez os dois ausentes dessa edição, que foram Kindaichi Shounen no Jikenbo R e Seitokai Yakuindomo, que estão previstos para retornar na próxima edição.
No primeiro lugar entre as obras ranqueadas está justamente Fairy Tail, que se divide entre a queda nas vendas e entre ainda ter um bom apelo comercial para render um filme a ser lançado nos cinemas japoneses. Na verdade, mesmo com a forte queda nas vendas de seus volumes Fairy Tail ainda mantém seu status como um dos pilares da revista. O mangá está em seu arco final, como anunciou o autor Hiro Mashima. Na segunda posição está o gag mangá Senryuu Shoujo, cuja permanência ou cancelamento dependerão dos resultados das vendas do primeiro volume e da manutenção da recepção do público leitor.
Com as vendas estabilizadas e a popularidade consideravelmente alta, En En no Shouboutai, terceiro lugar dos mangás ranqueados dessa edição, segue numa situação estável e deve se manter até mesmo a longo prazo. Aliás, não deve demorar muito para que En En receba uma adaptação em anime, o que poderia a alavancar os resultados de suas vendas e colocaria a obra mais em evidência. Em suma, En En está tranquilão e numa boa.
Na quarta posição está Domestic na Kanojo, que ainda apresenta um nível satisfatório de vendas. A obra é querida e apoiada por editores e leitores, mas devido a sua temática é bem provável que não ganhe adaptação em anime. Caso realmente não ganhe (o que é bem provável), não será a primeira vez que uma obra de Kei Sasuga faz sucesso mas não recebe adaptação. Isso já ocorreu com GE: Good Ending. Mas pelo menos DomeKano segue em segurança.
No quinto lugar está o veterano mangá de tênis Baby Steps, que com a recente queda nas vendas de seus volumes, começa a sentir o peso de quase uma década de publicação. Felizmente a situação de Baby Steps ainda é bastante favorável e a permanência da obra é garantida. Na sexta posição está Nanatsu no Taizai, que nessa edição teve uma situação no mínimo chata: devido a problemas pessoais do autor Nakaba Suzuki o capítulo dessa edição teve apenas 6 páginas. Para compensar um menor número de páginas tivemos breves capítulos especiais de Shoujo A no Higeki e Kanazuchi Mermaid, ambos da Manga Box, além, é claro, de um capítulo especial de um dos spin-offs de Nanatsu. Aparentemente a obra voltará a ser publicada normalmente na próxima edição.
Em sétimo lugar temos o terceiro pilar, Daiya no Ace – Act II, que parece que aos poucos vai conseguindo ver sua média de vendas de volumes subir de 300 mil cópias para 350 mil cópias. Pode até não ser um aumento espetacular agora, mas, caso a informação não esteja equivocada, isso provaria que o mangá ainda está passando por uma fase de aumento nas vendas e não por uma estagnação.
Na oitava colocação está Hoshino、Me o Tsubutte。 , que pode até estar sendo mantido mas dificilmente conseguirá chegar a dois anos de publicação, visto que mesmo que a Shonen Magazine não esteja encontrando novatos com nível muito elevado de vendas, consegue ao menos encontrar sem grandes dificuldades novas obras mais rentáveis que Hoshino. Muitos acreditam que Hoshino só está sendo mantido por ser um substituto (provisório ou não) para o finalizado Yamada-kun to 7-nin no Majo. Para todos os efeitos, o mangá até vai sendo mantido mas não com a garantia que irá durar muito, pelo menos na Weekly Shonen Magazine.
O veterano Hajime no Ippo esteve ausente na edição passada, mas já retornou nessa edição, ficando no nono lugar entre os mangás ranqueados. Mesmo com o grande desgaste sofrido pelo mangá pelo longo tempo de publicação, dificilmente os editores deixarão de apoiar Hajime, pois mesmo seu rendimento tendo sido muito maior no passado, seu atual desempenho nas vendas de volumes ainda é superior a muitas obras mais recentes, tais como En En no Shouboutai, Vector Ball e Fumetsu no Anata e.
Quem fecha o Top 10 dessa edição é Tsurezure Children, mangá de comédia curta que deve passar a ganhar um pouco mais de destaque por parte dos editores quando o já anunciado anime da obra estiver perto de estrear, valendo lembrar que o anime passará a ser exibido a partir de julho. Ainda não se sabe qual será a quantidade de episódios. Na verdade, muito mais sobre o anime de Tsurezure (como os dubladores e vídeos e imagens prévias) ainda deve ser divulgado em breve.
Após também ter ficado ausente na edição anterior, Fumetsu no Anata e volta a ser publicado normalmente. E pega uma posição mediana na ordem de leitura, ou melhor, uma décima primeira posição entre as obras que estão sendo ranqueadas. Em 41 dias o primeiro volume Fumetsu vendeu pouco mais que 68 mil cópias. Não chega a ser um nível de vendas muito elevado a princípio, mas é mais do que suficiente para garantir a estabilidade da nova obra de Yoshitoki Oima (autora de Koe no Katachi). Inclusive, vale destacar que caso as vendas de volumes comecem a aumentar a cada lançamento de novo volume, não demorará muito para a média de vendas de Fumetsu chegar a pelo menos 100 mil cópias por volume. A obra definitivamente não corre nenhum risco de cancelamento.
Na décima terceira colocação quem aparece é outro novato que não tem um rendimento fantástico mas já conseguiu se estabilizar tranquilamente: Vector Ball. A obra geralmente é colocada em posições medianas na ordem de leitura e já não ganha páginas coloridas há 11 edições. Porém é bem provável que o mangá consiga ganhar um pouco mais de destaque em breve, quando um novo volume for lançado. Em suma, apesar de recentemente Vector não ter sido tão destacado pelos editores na revista, sua situação é confortável.
Em décimo quarto lugar está o novato 8-gatsu Outlaw, mais uma vez em uma posição medíocre/baixa na ordem de leitura. Não será fácil a luta pela estabilização desse novato, que, como já foi dito na análise de TOC anterior, ao menos teve mais sorte que 6cm no Kizuna e pelo menos não deve ser cancelado precocemente, o que não significa que se estabilizará na revista ou que não esteja ameaçado se seu rendimento não se mostrar positivo.
E parece que Fuuka ultimamente está brincando de gangorra, alternando entre posições muito altas e posições baixas de edição para edição. Mesmo que seja normal ver muitos mangás variando muito suas posições a cada ordem de leitura, não deixa de ser um tanto notório esse caso de Fuuka, que inclusive foi quem abriu o bottom dessa TOC. Parece que o mangá não sofreu um grande aumento nas vendas dos volumes com a exibição do anime, o que dá a entender que mais uma vez uma adaptação de um mangá de Kouji Seo não chega a um nível de êxito satisfatório (pelo menos é isso que parece). Ainda assim os editores não devem deixar Fuuka de lado ao menos a curto prazo. Inclusive, na próxima edição Fuuka ganhará a capa física, a capa digital e uma página colorida (que não é a de abertura, mas está contando).
Mais uma vez aparecendo no bottom e mais uma vez sem ganhar destaque algum dos editores, Real Account ficou na décima quinta posição. A obra, pelo menos por enquanto, não me parecia ameaçada de cancelamento, uma vez que suas vendas não são necessariamente baixas: a média é de 65 mil cópias por volume, mais do que a média de 55 mil cópias de Acma:Game, que ganhou destaque em sua reta final. Já faz muito tempo que Real Account não ganha páginas coloridas e tem sido cada vez mais raro ver o mangá pegar uma posição alta na ordem de leitura. Isso ainda não é necessariamente sinal de que o mangá está em risco, mas pode significar que o fim da obra está se aproximando ou então que foi parar no limbo do esquecimento.
A apenas duas edições de ser finalizado, o veterano Area no Kishi ficou somente com a décima sexta colocação dessa TOC. Vão ficar faltando apenas mais três capítulos para a obra terminar com a marca de 500 capítulos publicados (a previsão é que termine com 497). Apesar de ter ficado no limbo do esquecimento a partir de 2013, Area no Kishi ainda apresentava um nível satisfatório de vendas. A obra pode até não se despedir em seu melhor momento, mas ao menos se encerra sem estar completamente desgastada.
No décimo sétimo lugar está o próximo novato canceladão da Weekly Shonen Magazine: 6cm no Kizuna. A situação de Kizuna não está nada tranquila, nada favorável. Só um milagre enorme fará esse mangá escapar de um cancelamento. Na verdade, já será um milagre se esse cancelamento não for precoce. E parando para pensar, com o fim natural de três mangás veteranos (Yamada-kun, Acma:Game e Area no Kishi), mais o cancelamento de 6cm no Kizuna e apenas a estreia de Tokyo Manji Revengers por enquanto… em breve talvez vejamos três mangás estreando, provavelmente após o cancelamento iminente de 6cm no Kizuna.
Para fechar a revista mais uma vez em último lugar (em décimo oitavo, pra ser mais exato) temos o veterano Ahiru no Sora. Mesmo atravessando uma relativa queda nas vendas de seus volume e de sua popularidade e com o foco dos editores para com Ahiru ter sofrido uma reduzida, o mangá de basquete ainda é bem apoiado, tanto que deve ganhar as páginas coloridas de abertura da próxima edição da Shonen Magazine. Para todos os efeitos Ahiru no Sora está seguro na revista, inclusive a longo prazo.
– A Serem Encerrados (Fim Natural): Acma:Game e Area no Kishi
– Cancelamento Iminente: 6cm no Kizuna
Até a próxima!