Com duas estreias no começo do ano (uma delas confirmadamente mal-sucedida) e o fim de três mangás estáveis anunciado (um deles já se encerrou e dois deles se encerram em pouco tempo), podemos dizer que o primeiro trimestre editorial da Weekly Shonen Magazine foi bastante agitado. E essa edição não vai fazer as coisas ficarem mais perto da calmaria, já que tivemos a estreia de um novo mangá.
TOC Weekly Shonen Magazine #13 (2017):
Kanna Hashimoto (Capa Física)
Tokyo Manji Revengers (Capa Digital, Páginas Coloridas de Abertura, Novo Mangá, 63 pg.) (capítulo 01)
01. Acma:Game (capítulo 194)
02. Fuuka (capítulo 145)
03. Nanatsu no Taizai (24 pg.) (capítulo 208)
04. Hoshino、Me o Tsubutte。 (capítulo 45)
05. Daiya no Ace – Act II (capítulo 70)
06. Ahiru no Sora (capítulo 546)
07. Senryuu Shoujo (capítulo 21)
Rankers High (Pré-Rank, Página Colorida) (capítulo 04)
08. Fairy Tail (capítulo 524)
09. Area no Kishi (capítulo 494)
Koi to Uso (Capítulo Especial da Manga Box)
10. Vector Ball (capítulo 41)
11. 8-gatsu Outlaw (capítulo 10)
12. Domestic na Kanojo (capítulo 131)
13. Real Account (capítulo 105)
14. Baby Steps (capítulo 495)
15. Seitokai Yakuindomo (capítulo 413)
16. DAYS (capítulo 189)
17. En En no Shouboutai (capítulo 69)
18. Kindaichi Shounen no Jikenbo R (*)
19. 6cm no Kizuna (capítulo 09)
20. Tsurezure Children (*)
Fumetsu no Anata e (Ausente) (pausado no capítulo 14)
Hajime no Ippo (Ausente) (pausado no capítulo 1173)
LEGENDA
(*) – Numeração do capítulo não identificada
TOC Weekly Shonen Magazine #14 (2017):
– Capa Física: Hirose Suzu
– Capa Digital, Página Colorida de Abertura: DAYS (24 pg.)
– Página Colorida: Acma:Game (Fim)
– One-shot: Boku no Machi ga Yureta, por Yoshinori Matsuoka (40 pg.)
– Páginas Extras: Tokyo Manji Revengers (46 pg.)
TOC Weekly Shonen Magazine #16 (2017):
– Fim: Area no Kishi
A capa física da edição foi estampada pela bela cantora idol Kanna Hashimoto. Embora não seja a primeira vez que ela estampe uma capa da revista, é no mínimo curioso que ela na verdade esteja envolvida em live-actions dos mangás Ansatsu Kyoushitsu e Gintama, da Weekly Shonen Jump (maior concorrente da Magazine). Já a capa digital e as páginas coloridas de abertura ficaram para o estreante Tokyo Manji Revengers , novo mangá de Ken Wakui (mesmo autor de Dessert Eagle, publicado entre 2015 e 2016 na Weekly Shonen Magazine).
Também tivemos um capítulo especial de Koi to Uso, popular mangá da revista Manga Box qye receberá anime em breve e está sendo mais divulgado na principal revista na editora Kodansha. Os ausentes dessa edição foram Hajime no Ippo e Fumetsu no Anata e. Hajime já é um mangá de boxe veterano e mantido por um longo tempo. Não a toa o autor de vez em quando faz pausas durante o tempo de publicação. Já a pausa de Fumetsu foi relativamente surpreendente. O novato da autora de Koe no Katachi está se firmando na revista e provavelmente voltará a ter um capítulo lançado na semana que vem.
Se por um lado Acma:Game vai se encerrar na próxima edição, pelo menos seu último ranqueamento é com chave de ouro: ficou em primeiro lugar, abaixo apenas do estreante Tokyo Manji Revengers na ordem de leitura. Apesar de apresentar um dos níveis de vendas mais baixos entre os mangás estáveis da Weekly Shonen Magazine, o fim de Acma:Game é natural. O ponto negativo é que faltou muito pouco para a obra completar quatro anos de publicação mas o autor e o desenhista optaram por finalizá-la faltando apenas duas semanas para o feito. Mas felizmente a obra se despedirá da revista na próxima edição sem estar atravessando uma crise de rendimento.
Após ter ficado na penúltima posição da TOC anterior, Fuuka dá um tremendo pulo, tão grande que não dá pra chamar de pulo do gato… o mais apropriado seria chamar de pulo do puma mesmo (o puma é o animal que dá o salto de maior altura, se não me engano). Enfim, Fuuka pega uma posição melhor nessa TOC. Pena que o mangá não parece estar sofrendo um aumento de vendas mesmo com o anime em exibição. E parece que o anime parece que corre riscos de não ser bem-sucedido comercialmente. Bem, ao menos não podemos criticar que a Weekly Shonen Magazine desperdiçou o potencial do mangá. Ao menos com o lançamento do mangá, as vendas de Fuuka, que estavam começando a cair, subiram mais um pouquinho.
Página Colorida de Abertura: Tokyo Manji Revengers
Na terceira colocação quem aparece é o grande pilar Nanatsu no Taizai, que está em seu arco final. Considerando que o mangá está numa situação estável e é um dos mais rentáveis da Kodansha, é bem provável que a Weekly Shonen Magazine esteja preocupada em encontrar mais mangás com rendimento elevados para futuramente compensar o fim de Nanatsu. No entanto, por enquanto a árdua tarefa de achar novatos com nível de rentabilidade acima da média não está sendo fácil.
O novato Hoshino、Me o Tsubutte。 , que deve completar um ano em breve, ficou com a quarta posição da edição. Infelizmente Hoshino não apresenta um bom nível de vendas de volumes. Aliás, o nível de vendas é inferior até ao de Infection, mangá que foi transferido para a revista digital Magazine Pocket por causa das baixas vendas. A recepção de Hoshino é positiva, mas não é suficiente para o mangá vender bem. Por enquanto o mangá vai sobrevivendo na revista, mas só o tempo dirá se estará vivo mesmo a médio prazo.
Em quinto está o mangá de beisebol Daiya no Ace – Act II, que prossegue como um dos mangás com melhor nível de vendas da revista atualmente, sendo um dos três pilares a superar a média de 300 mil cópias vendidas por volume. A obra mantém o sucesso alcançado pela fase antecessora (Daiya no Ace). O mangá não chega a ganhar muitas páginas coloridas ou capas digitais, pelo menos não com a frequência de Fairy Tail (decadente nas vendas) e Nanatsu no Taizai (firme nas vendas). Mas continua tendo um bom destaque.
Na sexta posição está outro mangá de esportes, no caso o veterano de basquete Ahiru no Sora, que apesar da recente queda relativa nas vendas de seus volumes continua com um bom rendimento para os padrões da Weekly Shonen Magazine e segue numa situação muito confortável no plantel. Se bem que essas quedas de vendas poderiam ser superadas ou teriam mais chances de serem minimizadas se Ahiru tive seu potencial comercial melhor explorado através de uma adaptação em anime… Isso é algo que continuo a defender.
Página Colorida de Abertura: Tokyo Revenger’s
Na sétima posição está Senryuu Shoujo. Apesar desse gag mangá novato ter estreado sem muito destaque, conseguiu uma recepção boa o suficiente para ao menos não ser cancelado precocemente. Não é garantido que o mangá permanecerá por um longo tempo na revista, pois isso dependerá das vendas do primeiro volume. Mas pelo menos Senryuu pode ter um destino melhor que Koisuru Suizoku-man, gag mangá que estreou sem alarde de Senryuu e acabou cancelado.
No oitavo lugar está Fairy Tail, que mais uma vez ficou abaixo de Nanatsu e Daiya na ordem de leitura, algo que não era tão comum assim até o ano editorial de 2016. O autor Hiro Mashima já anunciou que Fairy Tail não terá vida muito longa na revista, já que o mangá está em seu arco final segundo o próprio Mashima. Apesar da queda de popularidade, comercialmente Fairy Tail ainda se mostra rentável, tanto é que receberá um filme animado a ser exibido nas telonas japonesas em maio.
Com o fim de Acma:Game na próxima edição, as atenções ficarão mais concentradas para o fim de outro mangá estável: Area no Kishi,(nono lugar da edição), que infelizmente não chegará à marca de quinhentos capítulos publicados por vontade dos autores. Apesar do desgaste e da queda de popularidade recente, Area no Kishi ao menos deve se despedir com apoio dos editores e com fim natural.
Após algumas edições no bottom, o (ainda) novato Vector Ball dá um pequeno pulo do gato e aparece na décima posição (décima terceira posição da ordem de leitura). A obra tem um bom nível de popularidade e tem média de vendas de pelo menos 60 mil cópias por volume. Não é muito mas essa média pode até mesmo aumentar com o tempo, considerando o aumento que houve entre os lançamentos do primeiro e do segundo volume de Vector. Para todos os efeitos, Vector Ball conseguiu se estabilizar e não corre riscos de cancelamento.
Página Colorida de Anúncio de Anime: Koi to Uso
O novato 8-gatsu Outlaw ficou em décimo primeiro lugar entre os mangás ranqueados. É uma posição mediana mas ao menos o mangá não está com risco de ser cancelado precocemente como é o caso de 6cm no Kizuna, outro novato. Por outro lado ainda não é garantido que 8-gatsu se estabilizará ou fará sucesso na revista. Mas pelo menos é possível que o grupo editorial aguarde os resultados do lançamento do primeiro volume para decidir a permanência ou o cancelamento da obra.
Após ter ficado entre os cinco primeiros ranqueados na edição anterior, Domestic na Kanojo fica na décima segunda colocação da TOC #13. O mangá ainda desfruta de um nível satisfatório de popularidade e a autora Kei Sasuga ainda tem liberdade para desenvolver o enredo e os capítulos da maneira que considerar mais favorável para seus conceitos. DomeKano pode não ser um mangá com rendimento fantástico mas também está longe de ser uma obra ignorada pelos leitores da Shonen Magazine.
Em décimo terceiro está Real Account, que segue sem ganhar páginas coloridas após várias edições. É notório que, mesmo que o mangá (que veio transferido da Bessatsu Shonen Magazine em 2015) ainda se encontra em uma situação estável na revista, pelo menos o suficiente para que o mangá só seja encerrado por vontade do autor. Por outro lado os editores passaram a dar menos destaque para Real Account, não colocando o mangá frequentemente em posições elevadas na ordem de leitura e não dando mais páginas coloridas.
A décima quarta colocação dessa TOC é de Baby Steps, mangá de tênis veterano (tem quase dez anos de publicação) que embora tenha perdido um pouco da atenção dos editores nesse início de ano, ainda apresenta um rendimento bom para os padrões da revista, vendendo em média 150 mil cópias nos volumes recentes. Baby Steps já rendeu um anime de duas temporadas (que foram bem em audiência) e um drama televisivo, sendo que essas adaptações ocorreram de 2014 pra cá. Apesar de tardiamente, o potencial de expansão comercial de Baby Steps ao menos foi aproveitado.
Na porta do bottom, em décimo quinto lugar, está o mangá de comédia veterano Seitokai Yakuindomo, que segue em alta entre os editores e leitores mesmo após quase uma década de publicação. A média de vendas de Seitokai é de pouco mais de 100 mil cópias por volume, um número bastante satisfatório considerando o longo intervalo entre lançamentos de volumes de gag mangás, já que para preencher os volumes são necessários mais capítulos de menor quantidade de páginas.
Página Colorida: Rankers High
Quem abre o bottom dessa TOC, na décima sexta posição dos mangás ranqueados, é o mangá de futebol DAYS, que continua apresentando um desempenho satisfatório e apresentando um aumento de vendas que, embora não seja absolutamente fantástico, é bom o bastante para significar que o anime foi um bom investimento comercial para a expansão da popularidade da obra. O anime ganhará uma continuação, mas por enquanto não foram informados maiores detalhes quanto a essa continuação. Mas o importante, pelo menos por ora, é que DAYS está em alta entre os leitores e o grupo editorial.
No décimo sétimo lugar quem deu as caras foi En En no Shouboutai, que como já fora informado antes fixou sua média de vendas em 120 mil cópias por volume. A obra mantém um bom apoio dos editores, ganhando frequentemente páginas coloridas. Cientes do potencial comercial que o mangá de Atsushi Ohkubo apresenta, dificilmente a editora Kodansha deixará a oportunidade de expandir o mangá comercialmente através de uma adaptação em anime passar batido. Mais uma vez aparecendo no bottom, Kindaichi Shounen no Jikenbo R ficou na décima oitava colocação. Felizmente o mangá continua em uma situação estável e rentável e só deve ser finalizado se for vontade algo da vontade do autor e do desenhista.
E parece que a coisa está muito feia para 6cm no Kizuna, que ficou em décimo nono lugar nessa edição. Com ranqueamentos muito baixos e uma recepção aparentemente fraca, é garantido que o mangá será cancelado. Aliás, a julgar pelos baixos ranqueamentos, 6cm no Kizuna será cancelado precocemente. Seu colega de leva, 8-gatsu Outlaw, realmente o superou no quesito “fisgar o público”, o que não quer dizer que 8-gatsu fará sucesso, mas sim que ao menos não será cancelado precocemente.
Na última posição da ordem de leitura, isto é, a vigésima posição, quem aparece é o mangá de comédia Tsurezure Children, que teve um anime anunciado recentemente, pelo Studio Gokumi. Esse anime não chega a ser um grande investimento, já que é um mangá de comédia curta e obras assim geralmente nem sempre chegam ser adaptadas para grandes animações. No entanto não deixa de ser uma boa tentativa (ao menos no papel) de explorar melhor Tsurezure comercialmente. Fica a torcida para o sucesso do anime, previsto para ir ao ar em julho desse ano.
SITUAÇÕES DOS MANGÁS
– Pilares: Daiya no Ace – Act II, Fairy Tail, Nanatsu no Taizai
– Seguros e Estáveis: Ahiru no Sora, Baby Steps, DAYS, Domestic na Kanojo, Enen no Shouboutai, Fuuka, Fumetsu no Anata e, Hajime no Ippo, Kindaichi Shounen no Jikenbo R, Real Account, Seitokai Yakuindomo, Tsurezure Children, Vector Ball
– Aparentemente Seguro: Hoshino、Me o Tsubutte, Senryuu Shoujo
– Em Busca de Estabilização: 8-gatsu Outlaw, Rankers High, Tokyo Manji Revengers – A Serem Encerrados (Fim Natural):Acma:Game e Area no Kishi – Em Risco de Cancelamento: 6cm no Kizuna
Bem, caros leitores, assim se encerra a análise da edição #13 da Weekly Shonen Magazine. Agradeço pela atenção de vocês e pelas informações e opiniões especiais dos comentários. Até a próxima!