Análise: TOC Weekly Shonen Jump #10 (Ano 2017).

Olá, alunos e alunas, hoje, iniciaremos o curso intensivo para o seu mangá não ser cancelado pelos editores: o primeiro passo é apelar para o público alvo da revista. O segundo passo é apresentar um roteiro e personagens cativantes. Trazer uma arte de agrado popular ou pelo menos que tenha aspectos únicos, que fazem o seu mangá se diferir dos outros. O quarto é agradar os seus editores, pois ter um bom ambiente de trabalho é sempre um ponto positivo. O quinto e último fator: É o fator “X”, ninguém sabe, se soubessem, todos os mangás seriam um sucesso. Agora, em clima de adeus e cancelamento em massa (R.I.P Sesuji wo Pin! to), vamos ver a pontuação de cada mangá do curso, MAS primeiro, a TOC:

Muitas séries passaram pelo curso intensivo de como não ser cancelado, mas como esse é curso muito difícil e complicado (é como o curso de física), poucas séries realmente conseguem sair com diploma. Mas tem uma coisa que diferencia esse curso dos demais; as provas de popularidade! Todos os alunos são obrigados a passar por uma prova de popularidade, que define se a obra será cancelada ou não. Como começamos sempre pelos mangás não ranqueados; nessa edição tivemos um novo estudante (que me inspirou a criar essa matéria), a comédia romântica voltada para o ecchi: Boku-tachi wa Benkyou ga Dekinai – A série é a primeira de seis novos alunos que devem chegar para dar uma movimentada na revista. O último “ecchi” lançado com tantos concorrentes foi iShoujo, que acabou sendo transferido para a Jump +, no qual, ainda continua sendo lançado. Caso o mangá consiga ser engraçado, acredito que tenha capacidade de se manter na revista. O seu único problema talvez seja Yuragi-Sou no Yuuna-San, mas acredito que as séries, por mais se tratando do mesmo gênero, terão abordagens totalmente diferentes, não se tornando obrigatoriamente inimigas. 

Também tivemos nessa edição páginas coloridas para três estudantes que estão conseguindo ter bons votos no curso – Boku no Hero Academia está preste a completar três anos de curso, deste modo se formando, e entrando no mercado de trabalho (Considero que após a série completar três anos de vida – e já ter ganho anime, já podemos considerar realmente um sucesso, e caso seja cancelado após esse período, é por fatores múltiplos, que realmente uma recepção inicial ruim). Boku no Hero Academia conseguiu alcançar bons votos, deste modo, conseguiu agradar o público por apresentar vários elementos que o transformaram em um sucesso: Grupo de personagens carismáticos, um protagonista que te cria empatia, uma arte espetacular, e lógico, uma temática que combinava bem com a moda da época, que era de super-heróis (ainda é, mas entre 2012 e 2014 vimos a explosão desse gênero novamente). Nessa edição também tivemos páginas coloridas para Isobe Isobee Monogatari (estudante facultativo), Black Clover e Yakusoku no Neverland, mas comentarei desses dois últimos alunos na próxima semana.

Em primeiro lugar tivemos Haikyuu!!, que mesmo sendo raras as vezes que o vemos na primeira colocação, podemos dizer que é um dos três pilares da revista (que dependendo do sucesso de Black Clover, podem se tornar quatro integrantes). Esse estudante começou modesto na revista – vendendo bem, mas nada que realmente surpreendente. Podíamos considerá-lo um mangá com um bom potencial para vender entre 400 a 500 mil cópias, que são números ótimos. Mas desde que ganhou o seu anime, simplesmente explodiu em popularidade, se tornando assim um dos estudantes mais brilhantes da revista; mas quais foram as estratégias do curso que Haikyuu!! utilizou para se tornar um sucesso? Bem, o curso de mangás de esporte tem algumas aulas diferenciadas: o primeiro, e mais importante, é conseguir entregar partidas emocionantes. É nisso que o novo mangá de GOLF do criador de Kuroko no Basket deve puntar primeiramente. Os leitores devem gostar de acompanhar as partidas. O segundo ponto é entregar um bom desenvolvimento de time, mas logicamente, para que o mangá chegue nesse estádio, deve primeiro desenvolver bem o protagonista ou os dois protagonista (como é, mais ou menos, o caso de Haikyuu!!). E para encerrar, além do fator “X” que serve para todos os mangás, os dois últimos pontos foram: Arte espetacular, e narração dramática que junto a um  eficiente bom humor, dinâmica das partidas e por fim, apresentação para o público leigo de um mangá de um esporte que ainda não tinha tido um grande exponente nos mangás. 

Em segundo lugar tivemos o aluno mais genial da história do curso, aliás, de todas as universidades de mangás: ONE PIECE. Logicamente série já formada que atualmente serve como professor (inspiração) aos novos estudantes – são tantos fatores que fizeram da série o maior sucesso comercial (em qualidade, cada um tem seu gosto, e nesse ponto, prefiro não expor minha opinião) da história. As edições #07 e #08 da Shonen Jump trouxeram, como acontecerá com todas as edições deste ano, vários materiais legais relacionados a ONE PIECE, caso vocês tenham celular recomendo entrar no meu Instagram, no qual mostrei um pouco das duas edições, incluindo os materiais de One Piece, que são relacionado ao Sanji. Além disso também mostrei uma edição japonesa muito rara de um mangá de 1982 do autor de JoJo, e quase todos os dias trarei algum material especial que faz parte da minha coleção no Stories (como o Instagram é meu, algumas stories serão eu me divertindo com meus amigos ou sobre alguma coisa da minha vida, já que muitos meus amigos me seguem, mas é só ignora-los). Lembrando que o Stories só pode ser visto via celular, e as imagens ou vídeos ficam somente 24 horas onlines, por isso, se vocês me seguirem amanhã de tarde, por exemplo, terão outros conteúdos, não mais esses citados. Sobre ONE PIECE, não preciso dizer mais muitas coisas; o mangá está seguro e esse ano deve ser bem especial, por causa dos 20 anos.

Em terceiro lugar tivemos Kimetsu no Yaiba, que para dar uma pequena ajuda nas vendas dos mangás, comprarei a próxima edição japonesa que for lançada (também comprarei a edição número de Yakusoku no Neverland, que já dei uma mostrada na stories do meu Instagram). Como pudemos ver nas últimas semanas, a situação da série está melhorando cada vez mais – os editores estão dando cada vez mais apoio, e isso está resultando em um aumento de vendas (ou o contrário? hehe), e realmente espero que a série consiga superar a marca de 80 mil cópias por volume. Kimetsu no Yaiba podemos considerar aquele aluno tímido, de personalidade única, que conseguiu agradar um público de nicho com sua arte única e sua narrativa “estranha”, e por causa disso conseguiu sobreviver na revista, mas pouco a pouca está melhorando seus desempenhos nas provas de popularidade, e assim está conseguindo se destacar mais, mesmo tendo muitos outros alunos com desempenho bem melhor. É um aluno que está demostrando um bom potenciual e pode acabar se tornando um sucesso no futuro. Em quarto lugar tivemos Shokugeki no Souma que vem pegando boas posições, e podemos dizer que respira um pouco mais aliviado.

Em quinto lugar tivemos Hinomaru Zumou que não deve terminar na próxima semana, mas pelo andar dos capítulos tem o risco de terminar nas próximas semanas (mesmo que muito baixa), assim completando as duas vagas em aberto (eu tenho quase certeza que World Trigger voltará na edição #15) – ainda há risco de Spring Weapon ser cancelado, que pelo andar da carruagem está diminuindo, ou de ocuparem a vaga de Hunter x Hunter, que comentarei bem desse ponto no parágrafo de Ole Golazo. Sobre o estudante Hinomaru Zumou, não temos muito o que criticar no quesito esforço e qualidade, contudo, por ser muito diferente dos seus companheiros de sala, e adotar gostos muito particulares, acaba sendo o excluído da sala, e isso se reflete nas provas de popularidade. Mesmo assim, por agradar muito os editores (professores), e conseguir despertar uma pequena simpatia dos leitores nas provas de popularidade, consegue sobreviver na revista. Podemos dizer que Zumou é aquele garoto estranho, que apresenta no curso textos realmente estranhos, tem gostos antiquados, mas mesmo assim consegue despertar uma simpatia dos seus leitores, assim sobrevivendo na revista.

Em sexto lugar tivemos Yuragi-Sou no Yuuna-San, que é aquela estudante livre que fica com os homens que quiser, e AINDA POR CIMA vai bem no colégio, a sua popularidade incomoda muitas pessoas. Por isso, é um caso bem polêmico: a série não agrada os mais conservadores, não agrada o público que é contra a sexualização da mulher, não agrada quem não gosta de mangás “fúteis”, mas consegue agradar aqueles que gostam de uma comédia relacionadas a peitos e calcinhas, que é um público bem grande no Japão, por isso consegue vender bem. E a série não deve se preocupar em agradar o público contrário a obra, pois nunca conseguirá, deve tentar manter os seus leitores fieis, isso bastará. Podemos dizer que Yuragi-Sou, como comentei, é aquela estudante que sempre está trazendo polêmicas, e divide as opiniões na sala: ou você odeia ou você ama. Em sétimo lugar tivemos Gintama, aluno já formado, que pelo jeito tem QUASE nenhum risco de ser encerrado nessa leva, veremos o mangá na revista ainda por vários outros meses, para a alegria geral da nação brasileira.

Em oitavo lugar tivemos um estudante que está na recuperação, mas pode conseguir passar de ano por um fio! Com o encerramento de Sesuji wo Pin! to e suas posições altas (para um mangá preste a ser cancelado), sua página colorida, as chances de Spring Weapon Number One não ser cancelado vão aumentando exponencialmente, para mim é quase certo que o mangá conseguirá se salvar, talvez se salve também Ole Golazo. Acredito que poucas pessoas acreditavam no potencial da série (eu estava ausente na semana do seu lançamento, por isso nem pude dizer minhas expectativas), mas a sua sobrevivência demonstra como um mangá de comédia, mesmo começando a ser classificado em uma colocação baixa, pode conseguir se recuperar e conquistar a confiança dos editores, deste modo sobrevivendo por mais um tempo. Vimos isso acontecendo com Sket Dance, depois com Samon-Kun wa Summoner, e parece que acontecerá o mesmo com Spring Weapon Number. Ninguém acreditava nesse estudante, e realmente inicialmente suas notas foram baixas, mas conseguiu se recuperar, e talvez não será reprovado, contudo, mesmo não sendo reprovado, tem tudo para substituir Sesuji wo Pin! to no “Quarteto Não-Fantástico”.

Em nono lugar tivemos Sesuji wo Pin! to que nos trouxe, na última página do capítulo dessa semana, uma péssima notícia: um anúncio que a série alcançará o seu clímax no próximo capítulo (normalmente se referem ao clímax como último capítulo da série). Eu tinha comentando sobre a possibilidade do mangá ser cancelado, e mesmo não acreditando, dei um percentual de 10% a 20% para o seu cancelamento, pois mesmo os editores não dando sinais que o mangá estava acabando, a história parecia mesmo estar caminhando para o seu fim. Olha, o mangá não foi REALMENTE cancelado, o autor estava a vários capítulos preparando o terreno para seu encerramento, mas é óbvio, que a série poderia durar mais, porém suas baixas vendas, fizeram os editores decidir cancelar-lo ou “termina-lo precocemente”. Acredito que também tenha sido uma decisão do autor, que está acostumado a lançar séries com poucos volumes (por decisão própria) – Tenho quase certeza que caso ele quisesse (e caso os editores não tenha planos para ele na revista, como lançar uma nova série em um ou dois anos), poderia transferir Sesuji wo Pin! to para a Plus. Dependendo de quanto você está conectado ao mangá que escreve, ás vezes, vale a pena termina-lo e começar uma nova estrada, que talvez traga mais prestígio. Para a seu primeiro mangá em uma revista de grande porte, podemos dizer que o autor, que começou sua carreira no 2ch, se deu bem.

Em décimo lugar tivemos Samon-Kun wa Summoner, que atualmente é o mangá com mais chances de ser cancelado, entre aqueles que estão na revista a mais de 6 meses. Os editores planejavam cancelar Sesuji wo Pin! to, por isso colocaram o mangá em posições bem baixas, mas na leva de Demon’s Plan e Ole Golazo, voltaram a classificar bem a série, CONTUDO, isso era só mesmo um modo de deixar a série, que tinha uma boa quantidade de seguidores dentro da revista, com um pouco de destaque antes do seu encerramento “quase natural”. Os editores demonstraram que, mesmo cancelando o mangá, apoiam o autor, e até as últimas semanas continuaram a dar páginas extras ou páginas coloridas. Samon-Kun wa Summoner parece que vai entrar no mesmo grupo. Suas vendas não estão melhorando, e os editores podem estar querendo buscar uma comédia de maior popularidade – E devo me corrigir, a série não é IGUAL a Isobe Isobee Monogatari, pois o mangá que sempre encerra a revista é REALMENTE uma comédia tradicional, com piadas voltadas para os diálogos, com por exemplo trocadilhos; esses mangás normalmente podem vender mal. Samon-Kun wa Summoner é um misto, é mais próximo ao estilo de Sket Dance, que PSI Kusuo Saiki é. Por isso, suas vendas não são péssimas, pois continua sendo uma comédia, mas por causa de adotar aspectos que poderiam aumentar suas vendas, estar parado nas 40 mil cópias por volume, é um resultado negativo. Eu não acredito que a série ainda vai ser cancelada, mas pelo que tudo indica, não deve superar o ano de 2017, pode ser cancelado ainda nesse primeiro semestre ou no começo do segundo – É importante declarar que caso a série ainda tivesse um grande apelo interno, como teve no seu início, por ser uma comédia os editores provavelmente ignorariam suas vendas ruins, mas pelo que vejo na 2ch, o pessoal não está mais se divertindo tanto assim com a série. Samon-Kun é um estudante que começou mal, se recuperou, e agora voltou a ter notas ruins, e está preste a ir para a recuperação, arriscando inclusive ser reprovado.

Em décimo primeiro lugar tivemos Ole Golazo que conseguiu ficar acima de uma série válida: PSI Kusuo Saiki, e isso pode significar uma salvação – a possibilidade é realmente pequena, de 5%, mas diferente de Amalgam e Demon’s Plan, pelo menos não é zero. O que acabar salvando o mangá é: caso decidam cancelar Hinomaru Zumou (ou terminar QUASE naturalmente) e ocupar a vaga deixada por Hunter x Hunter, mas são dois fatores que será bem difícil que aconteça. “ESPERA LEO! E a Vaga de World Trigger?” É nesse momento que digo, eu acredito que o mangá retorne, com uma capa, na edição #15 da Weekly Shonen Jump. Pelo que tudo indica o seu décimo oitavo volume será lançado em três de março, e a edição #15 da revista seria lançada um pouco mais de uma semana depois do lançamento do seu volume, por isso seria um bom combo para fazer publicidade do seu volume, comemorar o seu aniversário e ao mesmo tempo anunciar o retorno da série, que tem vários seguidores que estão esperando ansiosamente (podemos dizer que World Trigger é aquela pessoa doente, mas muito esforçada, que todo mundo gosta, e que está lutando, com todas suas forças para continuar a se manter no ambiente de trabalho, já que em si, não poder ser um estudante, pois a série tem mais de três anos). Eu sei, foi anunciado que o volume 18 seria adiado por tempo indeterminado, como eu já havia comentando na minha análise, entretanto o retorno da série a programação da Shonen Jump, pode ser um sinal do seu retorno (OU um erro por parte do responsável pelo site). Ole Golazo está na recuperação, e dificilmente se salvará, mas ainda não está acabado.

Em décimo segundo lugar tivemos PSI Kusuo Saiki que pegou uma colocação péssima, mas não corre risco de cancelamento. Podemos considerar PSI aquele estudante super inconstante que pega notas altas e baixas. E nas últimas duas colocações tivemos respectivamente Ibitsu no Amalgam e Demon’s Plan, duas séries que só estão contando os dias para serem reprovadas e retiradas do colégio. Quem sabe os autores podem voltar algum dia (por incrível que pareça, acho mais provável o autor de Amalgam, que já tem uma boa relação com os editores, retornar, que o de Demon’s Plan, que lançou um mangá que foi um fracasso total). Eu sinceramente acredito que Ole Golazo acompanhará esses dois mangás, já que 5% de possibilidade de se salvar é realmente uma quantidade muito baixa. Deste modo, com a vaga deixada em aberto por Red Sprite (que deve ter sido ocupada nessa edição, pelo mangá Boku Tachi, já que não tivemos nenhum mangá sendo encerrado na edição passada ou nessa edição), podemos já colocar na lista cinco mangás cancelados. Faltando somente descobrir o último.

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