Na TOC desse ano é demonstrativa do agito do início de ano que a Weekly Shonen Magazine está passando: estreia de dois novatos, anúncio de fim natural de obra veterana, página colorida pra obra mais antiga publicada, continuidade de dois mangás de sucesso que voltaram do hiato, revelação dos resultados dos cinco primeiros dias de vendas do primeiro volume de Fumetsu no Anata e… E é nesse agito que deixo abaixo a TOC da edição #08 da Shonen Magazine.
TOC Weekly Shonen Magazine #08 (2017):
Sakurai Hinako (Capa Física)
Hajime no Ippo (Página Colorida de Abertura) (capítulo 1169)
6cm no Kizuna (Pré-Rank) (capítulo 04)
01. Fairy Tail (capítulo 518)
02. Seitokai Yakuindomo (capítulo 408)
Yamada-kun to 7-nin no Majo (Capa Digital,Página Colorida, 26 pg.)(capítulo 239)
03. Baby Steps (capítulo 490)
8-gatsu Outlaw (Pré-Rank)(capítulo 05)
04. Area no Kishi (capítulo 489)
05. Tsurezure Children (*)
06. Nanatsu no Taizai (capítulo 203)
07. Daiya no Ace – Act II (capítulo 65)
Gotoubun no Hanayome (Página Colorida, One-shot, 42 pg.)
08. Hoshino、Me o Tsubutte。 (capítulo 39)
09. Fumetsu no Anata e (capítulo 10)
10. Fuuka (capítulo 140)
11. Senryuu Shoujo (capítulo 16)
12. Acma:Game (capítulo 189)
13. Domestic na Kanojo (capítulo 126)
14. Vector Ball (capítulo 36)
15. DAYS (capítulo 184)
16. Enen no Shouboutai (capítulo 64)
17. Real Account (capítulo 100)
18. Kindaichi Shounen no Jikenbo R (*)
19. Ahiru no Sora (capítulo 541)
LEGENDA
(*) – Numeração do capítulo não identificada
TOC Weekly Shonen Magazine #09 (2017):
– Capa Física: HKT48
– Página Colorida de Abertura: Hoshino、Me o Tsubutte。(Capítulo Duplo)
– Páginas Coloridas: 6cm no Kizuna, Days
TOC Weekly Shonen Magazine #12 (2017):
– Fim: Yamada-kun to 7-nin no Majo
Enquanto a capa física foi estampada por Sakurai Hinako, a capa digital foi estampada por Yamada-kun to 7-nin no Majo, que ganhou uma página colorida que não foi a de abertura. Sobre Yamada-kun, foi anunciado que a obra seria encerrada na edição #12 da Weekly Shonen Magazine. Ou seja, faltam só mais quatro edições para a obra de Miki Yoshikawa ser finalizada. Apesar das críticas pelo roteiro estar sendo empurrado com a barriga, do fracasso do anime e da recente queda de popularidade Yamada-kun ao menos consegue se despedir enquanto a situação ainda lhe é favorável.
Como explicado no parágrafo acima, a página colorida de abertura não foi para Yamada-kun. Quem ficou com a regalia foi Hajime no Ippo, o mangá publicado há mais tempo no plantel. Aí fica a questão: por que Hajime não ganhou capa digital? Talvez porque seja uma obra mais fácil de se associar ao estilo tradicional de fazer mangás, com menos digitalização. E também porque já é difícil para o autor publicar a obra após 27 anos dando continuidade a ela. Criar uma capa digital seria bem trabalhoso para o autor, que também não faz muitas páginas coloridas. O one-shot Gotoubun no Hayome também ganhou página colorida… aliás, é raro ver um one-shot original ser publicado na Weekly Shonen Magazine. Vale lembrar que os novatos 6cm no Kizuna e 8-gatsu Outlaw estão no quarto e no quinto capítulo, respectivamente. Portanto, eles não estão sendo ranqueados e só devem passar a ser ranqueados a partir do capítulo 08.
Em primeiro lugar ficou Fairy Tail, que por enquanto não traz muitas novidades. Quer dizer, a obra segue com a mesma situação recente: tendo uma queda de popularidade e vendendo cada vez menos seus volumes. Mas a obra não deve ter um tempo muito longo de vida, uma vez que está se aproximando cada vez mais de seu fim. Acredito que o mangá será finalizado em até no máximo dois anos. Para lidar com o fim de Fairy Tail. a Shonen Magazine provavelmente tentará de forma mais incisiva achar mais obras com grande rentabilidade.
Já a segunda posição ficou com Seitokai Yakuindomo, gag mangá que mesmo após dez anos de publicação continua em alta entre os leitores da revista. A obra vende no mínimo 120 mil cópias por cada volume, resultado muito bom para um mangá de comédia curta. Aliás mesmo com o longo tempo de publicação Seitokai apresenta melhor rendimento que algumas obras mais novas, como Vector Ball, Real Account, Yamada-kun to 7-nin no Majo e Acma:Game. E de quebra Seitokai ainda vai ter um filme animado sendo lançado nas telonas japonesas. Apesar do bom rendimento, curiosamente Seitokai raramente ganha capas (físicas ou digitais) ou páginas coloridas (no ano editorial de 2016 não ganhou nenhuma página colorida).
Página Colorida: Yamada-kun to 7-nin no Majo
No terceiro lugar aparece Baby Steps, mangá de tênis que segue com um rendimento muito bom para o plantel e que por enquanto não vai sentindo o peso do tempo relativamente longo de publicação (completará 10 anos de publicação em outubro). A obra já ganhou duas temporadas em anime que renderam boa audiência, além de um drama televisivo. Baby Steps ainda recebe um bom destaque dos editores, eventualmente ganhando páginas coloridas e até capas digitais. Em suma, a obra está muito segura no plantel.
Na quarta posição está Area no Kishi, que está a poucas edições de alcançar a marca de 500 capítulos publicados, um feito difícil de ser alcançado mesmo por mangás de grande sucesso. Area no Kishi pode até não ter mais um apelo comercial tão grande devido ao fracasso de seu anime lançado em 2012, mas a média de vendas (120 mil cópias por volume) é melhor que a de alguns novatos ou mangás estáveis da revista. Mesmo não sendo uma das obras mais atrativas do plantel Area no Kishi ainda consegue manter uma base de fãs fiel o bastante para manter a obra bem-recepcionada internamente.
Em quinto lugar uma pequena surpresa: Tsurezure Children. Apesar de se encontrar em uma situação tranquila e confortável na revista não é tão comum assim ver Tsurezure pegar posições altas na ordem de leitura. Na maioria das vezes Tsurezure dá as caras em posições na metade de baixo da ordem de leitura. Aliás não foram raras as vezes que Tsurezure ficou em último lugar para fechar uma edição da revista. Com relação às vendas de volumes, Tsurezure Children tem uma média de pelo menos 70 mil cópias vendidas por volume, um bom nível de rendimento para um mangá de comédia curta.
Na sexta colocação ficou um dos pilares da revista e atualmente a obra com melhores vendas de volumes do plantel todo: Nanatsu no Taizai. A obra vende em média pelo menos 600 mil cópias por volume, ainda mantendo um nível muito grande de popularidade e sendo um dos grandes atrativos da Weekly Shonen Magazine atualmente. Mas vale esclarecer, Nanatsu não é a obra mais rentável da editora Kodansha, posto esse ocupado por Shingeki no Kyojin, lançado mensalmente na Bessatsu Shonen Magazine e que vende em média pelo menos um milhão de cópias por volume. No sétimo lugar aparece Daiya no Ace – Act II, outro pilar da revista, que vende pelo menos 300 mil cópias por volume em média e mantém um rendimento ótimo para os padrões da Weekly Shonen Magazine. Não é raro ver Daiya receber capas digitais e páginas coloridas (sejam elas comuns ou páginas coloridas de abertura).
Página Colorida: Gotoubun no Hanayome (One-shot)
Em oitavo lugar aparece Hoshino、Me o Tsubutte。, que pelo menos a curto prazo continua em situação estável no plantel. Porém é preciso levar em consideração que as vendas de volumes de Hoshino não são muito altas, inclusive tais volumes não apareceram por ora no Ranking Oricon de mangás mais vendido por exemplo, sendo que praticamente todos os mangás estáveis da Shonen Magazine aparecem nesse ranking. Por um lado esse baixo nível de vendas não facilita a permanência de Hoshino. Por outro lado a boa recepção interna e o apoio dos editores dão á obra mais chances de garantir a permanência por mais tempo. Em tempo: Hoshino receberá na próxima edição a página colorida de abertura, capítulo duplo (ou seja, dois capítulos serão publicados) e provavelmente recaberá também a capa digital.
Fumetsu no Anata e, após ter ganho páginas coloridas por duas edições seguidas, enfim está sendo ranqueado pela primeira vez em uma TOC (na forma ocidental de analisar, pelo menos). Ficou com o nono lugar. Com relação às vendas do primeiro volume: na semana passada, o mangá vendeu pouco mais de 29 mil cópias em cinco dias. Não é uma quantidade fantástica como talvez muitos esperavam que o mangá conseguisse vender, ainda mais considerando a fama da autora e de seu sucesso anterior (Koe no Katachi). No entanto também não são maus resultados, pelo contrário. A obra provavelmente conseguirá se estabilizar e ser publicada tranquilamente, além de ter seu apelo comercial explorado no futuro.
No décimo lugar, ou seja, fechando o Top 10 está Fuuka, cujo anime atualmente está em exibição. Apesar de a meu ver o anime ser bacana, pelo menos por ora não parece que a adaptação causará um boost nas vendas de volumes antigos. No entanto não descarto que o anime consiga, ao menos, um aumento razoável nas vendas dos próximos volumes. Na décima primeira colocação está o gag mangá novato Senryuu Shoujo. A recepção inicial do mangá parece ter sido pelo menos razoável. Porém é preciso conferir o rendimento que a obra pode vir a ter com as vendas de seu primeiro volume. Gag mangás geralmente não costumam vender muito, porém fica a torcida para que Senryuu alcance um nível pelo menos razoável de vendas.
Em décimo segundo aparece Acma:Game. Considerando que Hoshino、Me o Tsubutte。atualmente se encontra em situação relativamente estável, Acma:Game não ocupa mais o posto de “mangá seguro no plantel com menores vendas de volumes”. Apesar das vendas de Acma:Game não serem fantásticas, isso não impediu o mangá de estar perto de completar quatro anos de publicação, o que ocorrerá no mês de abril. Conseguindo vender em média pelo menos 60 mil cópias por volume, Acma:Game continua em situação estável, ainda mais com o fracasso de muitos novatos em 2016 e o fim natural de algumas obras.
Página Colorida: Gotoubun no Hanayome (One-shot)
Em décimo terceiro lugar ficou Domestic na Kanojo. Apesar de ainda manter um bom desempenho nas vendas de seus volumes, creio que DomeKano não permanecerá na revista por um prazo muito longo. Isso porque caso a obra comece a se extender demais ela pode começar a apresetar uma queda nas vendas de volumes e na recepção do público, como tem acontecido com Yamada-kun to 7-ninguém no Majo. Inclusive não descarto a possibilidade da obra ser encerrada em 2018. Na porta do bottom, em décimo quarto lugar, está Vector Ball, que continua sofrendo uma relativa melhora nas vendas a cada lançamento de um novo volume. Os resultados, embora não sejam fantásticos, são considerados bons para os editores da revista. Além disso a recepção de Vector Ball, embora também não seja fenomenal, é consideravelmente boa.
Abrindo o bottom na décima quinta posição está o mangá de futebol DAYS. Foi revelado recentemente que atualmente a tiragem de DAYS é de 4,5 milhões de cópias impressas. DAYS conseguiu se destacar um mais graças ao anime (que receberá continuação inclusive). A obra tem um grande apoio dos editores e é muito querida pelo público leitor, sem falar que, mesmo que de forma moderada, DAYS teve uma melhora de rendimento no plantel e nas vendas das cópias de seus volumes.
Em décimo sexto ficou Enen no Shouboutai, que continua mantendo um bom rendimento e sendo uma das principais apostas da Weekly Shonen Magazine para se expandir comercialmente. A obra de Atsushi Ohkubo está segura na revista, embora não seja colocado frequentemente em posições altas na ordem de leitura. Por outro lado ganha muitas páginas coloridas, principalmente em época de lançamento de novos volumes.
E enfim Real Account, décimo sétimo lugar desta TOC, parece ter chegado aos 100 capítulos publicados, um feito bacana mas que infelizmente não rendeu à obra uma página colorida, pelo menos nessa edição. Mas o mais importante é que as vendas de volumes de Real Account continuam com um desempenho satisfatório/bom na visão dos editores, o que, junto com uma recepção estável do público, garante a permanência da obra. Na décima oitava e penúltima posição ficou Kindaichi Shounen no Jikenbo R, que voltou do hiato recentemente, na primeira edição do ano editorial de 2017. A franquia Kindaichi, mesmo após duas décadas e meia de publicação, segue muito popular entre os leitores japoneses e ainda rende animes de boa audiência, um rendimento que “faz inveja” (força de expressão) em muitos novatos da revista.
Em décimo nono/último lugar está Ahiru no Sora. O clássico mangá de basquete continua numa situação confortável na revista e com vendas superando a média de 200 mil cópias por volume. Por outro lado aos poucos os editores não estão dando tantas páginas coloridas à obra como antes. Isso não necessariamente significa perda de prestígio da obra ou do autor, considerando que Ahiru tem mais de 10 anos de publicação e seria natural que o autor tivesse mais pausas devido ao cansaço e/ou menos destaque em relação a novatos promissores.
SITUAÇÕES DOS MANGÁS
– Pilares: Daiya no Ace – Act II, Fairy Tail, Nanatsu no Taizai
– Muito Seguros: Ahiru no Sora, Baby Steps, Hajime no Ippo, Kindaichi Shounen no Jikenbo R
– Seguros e Estáveis: Acma:Game, Area no Kishi, DAYS, Domestic na Kanojo, Fumetsu no Anata e, Enen no Shouboutai, Fuuka, Real Account, Seitokai Yakuindomo, Tsurezure Children, Vector Ball, Yamada-kun to 7-nin no Majo (*)
– Aparentemente Seguro: Hoshino、Me o Tsubutte。, Senryuu Shoujo
– Em Busca de Estabilização: 6cm no Kizuna, 8-gatsu Outlaw
LEGENDA
(*) Deve ser encerrado em 2017.
Bem, pessoal, e assim se encerra a análise da TOC #08 da Weekly Shonen Magazine.