Se a Ultra Jump retornou para a revista, outra revista que não poderia ficar ausente no Analyse It é a nossa querida Jump SQ – que também é a primeira revista que eu analisei além da Shonen Jump, e a primeira revista japonesa que eu comprei. A Square pode ter ficado ausente por vários meses, mas continua sendo a minha segunda revista preferida, e uma das que mais me dá prazer de acompanhar mensalmente. Por isso, vamos ao TOC, para assim vermos como está a situação da revista.
TOC Monthly Jump SQ #02 (04/01/2017)
Black Torch (Nova Série, Página Colorida de Abertura) 01 – Ao no Exorcist capítulo 86 (Capa) Salaryman Exorcist Okumura Yukio no Aishuu c45 02 – Sousei no Onmyouji c39
03 – Gag Manga Biyori GB c35 04 – Chihaya-san wa Sonomama de Ii c42-43 Kemono Jihen capítulo 02 (Página Colorida) 05 – Happy Mily c35-36 06 – Taishau Wotome Otogibanashi c30-31 Owari no Seraph capítulo 53 (Página Colorida) 07 – Yuukoku no Moriarty c06 08 – Kono Oto Tomare! c54 09 – Platinum End c15 10 – Ohmori Satisfaction c18 11 – Shounen Shoujo c13 To LOVE-Ru Darkness capítulo 75 (Página Colorida) 12 – Shin Tennis no Oujisama c197-198 Houkago no Oujisama c94 13 – Densetsu no Yuusha no Konkatsu c09 14 – Wonder Rabbit Girl c21 15 – 7th Garden c30 Iiyone! Yonezawa Sensei c34
Jump SQ #03 (04/02/2017) Capa: Kono Oto Tomare! Página Colorida de Abertura: Platinum End Página Colorida: Salaryman Exorcist Okumura Yukio no Aishuu, Gag Manga Biyori GB, Black Torch, Mr. Clice (Transferida da Monthly Shonen Jump)
Começando pelos mangás ainda não ranqueados, tivemos como página colorida de abertura uma nova série, que comentarei mais sobre ela no próximo mês. Além disso, também tivemos páginas coloridas para três mangás. O novato Kemono Jihen, e outros dois mangás veteranos e de grandíssima popularidade, que lançaram os seus novos volumes no mês de Janeiro – estou falando de Owari no Seraph e To LOVE-Ru Darkness. Nem preciso dizer que essas séries já estão mais do que seguras, e não correm nenhum risco de serem canceladas. As séries em itálico não são ranqueados por dois diversos motivos; o primeiro, que o caso das duas primeiras séries, sempre são colocadas após as suas séries “mães”. E a terceira série, classificada na última colocação, é um mangá de comédia que sempre é classificado na última colocação, como Isobe Isobee Monogatari na Shonen Jump.
Em primeiro lugar na TOC tivemos Ao no Exorcist, que também foi capa da revista – a sua colocação tão alta é por um motivo muito simples; a sua segunda temporada foi lançada em janeiro, no mesmo mês que essa edição da revista entrou em circulação, deste modo, colocar o mangá nas primeiras colocações e também deixo-lo como capa, trás duas grandes vantagens: o primeiro e mais importante, atrair o público que viu o primeiro episódio da segunda temporada e despertou uma grandíssima curiosidade pela série (quando verá a revista nas bancas, decidirá compra-la imediatamente). O segundo, também muito importante, é lembrar aos compradores da revista que a segunda temporada acabou de sair, deste modo fazendo eles irem assistir os episódios (não precisa ser ao vivo, o importante é eles comprarem os DVD’s ou Blu-Rays depois). Salaryman Exorcist não foi ranqueado, pois é um spin-off de Ao no Exorcist, e é sempre colocado logo após da sua série mãe.
Em segundo lugar tivemos outra série que está com o anime em exibição, mas decepcionou muitos dos seus leitores, pois o seu anime infelizmente tem uma qualidade péssima (mesmo para uma série semanal), e também diverge muito em relação ao mangá; estou falando de Sousei no Onmyouji. A decisão da Pierrot de realizar um anime de longa duração pode ser muito questionável, principalmente se levarmos em consideração da série ter muito pouco conteúdo, por causa do seu lançamento mensal, e logicamente, vender pouco (vende muito bem para a revista, mas pouco se levarmos em consideração todo o mercado), por isso, para a série ter uma boa audiência, deveria ter um impacto sobre o público muito maior que o mangá teve, pois o mangá não explodiu em vendas (nem depois do anime, pois continuou vendendo cerca de 100 a 110 mil cópias por volume). A Pierrot deste modo decidiu realizar várias mudanças desde o primeiro episódio, e na minha opinião o primeiro episódio foi bem mais dinâmico que o mangá, mas depois tudo se desvirtuou – para aqueles que só acompanham o anime, a série pode estar até boa, mas para os japoneses e para os leitores do mangá, foi um fracasso total.
Em terceiro lugar tivemos a série de comédia mais popular da revista, e uma das comédias tradicionais mais populares da atualidade, Gag Manga Biyori GB – a série original (homônima dessa segunda série, somente que não tem o GB), chegou a ganhar vários episódios de um anime curto, que agradou bastante aqueles que o acompanhavam, mesmo a qualidade da animação sendo péssimo (não é uma crítica, somente uma constatação, pois a péssima qualidade da animação é justamente para simular do melhor modo o mangá). A série continua muito bem na revista, e próxima edição ganhará página colorida em publicidade ao seu novo volume. Se no terceiro lugar tivemos a série de comédia mais popular da revista, na quarta colocação tivemos Chihaya-San, que podemos considerar a série de comédia mais promissora da revista. O mangá conseguiu agradar os leitores da revista, juntando um leve e inocente “ecchi” com vários capítulos curtos, mas engraçados – podemos dizer que o mangá até parece vir da Ultra Jump, levando em conta seu estilo -. O problema da série talvez seja o “efeito Gakumon” (atualmente chamarei esse efeito deste modo, só para honrar essa série injustiçada), que no caso é, ter um começo devastante, conquistando altas posições na TOC, muita boa recepção, anime em flash (não é o caso de Chihaya-San), e ótimas vendas no primeiro volume. Após um tempo, começa a cansar e as vendas a piorarem; o segundo volume de Chihaya-San deve ter vendido mais ou menos entre 11 a 13 mil cópias, o que é um resultado bem abaixo do esperado. A série é promissora, mas deve recuperar o seu público imediatamente.
Em quinto lugar tivemos Happy Milly, outra comédia curta que parece esta agradando bastante os leitores da revista (acredite, os leitores da Jump SQ amam realmente obras de comédia. Provavelmente não votam nelas, pois é pouco conteúdo por edição, contudo devem dar um feedback bastante positivo nas perguntas diretas). Para quem não conhece a série, Happy Milly conta a história de um bebê, chamada de Milly, que está em fase de crescimento. A história simplesmente ronda ao redor disso, e parece estar bem segura na revista. Logo após, na sexta colocação tivemos uma comédia (não-curta) que mistura elementos “kawaii” com um pouco de ecchi esporádico, para aqueles que gostam de peitos e calcinhas de garotas que parecem meninas de 10 anos (sim, eu ainda não aceito isso, vou sempre bater o prego, mesmo não criticando quem goste). Taishau Wotome tem muitas qualidades, mesmo tendo de certos modos alguns defeitos, talvez a sua melhor qualidade seja o modo inocente e calmo que apresenta os “plots” de cada episódio, e também, o modo tranquilo e natural que desenvolve cada personagem. A série vende cerca entre 10 a 11 mil cópias por volume, e já está no seu terceiro, por isso as chances de se tornar um sucesso é bem pequena, mas para o padrão da revista, ainda está segura.
Em sétimo lugar tivemos Yuukoku no Moriarty, entre as séries que já lançaram um volume, esta é a mais nova, e em breve deve lançar o seu segundo volume, provavelmente em março. O primeiro volume da série vendeu muito mal, entre 5 a 6 mil cópias, e isso praticamente garantiria o cancelamento do mangá, contudo os editores devem estar esperando as vendas do segundo volume, pois acontece algumas vezes na SQ do primeiro volume vender mal e o segundo ter um aumento de vendas, mesmo em grande parte das vezes na SQ acontece o contrário, por isso as chances das vendas da série piorarem, é maior que realmente melhorarem. O mangá mesmo assim parecia ser perfeito para o público da revista, que gosta desses mangás mais “elegantes”, com uma série mais voltada para a ação. Assumo que futuro da série dependerá do seu segundo volume, mas mesmo assim eu o coloco em uma zona de risco, por causa da baixíssima venda do primeiro volume – Talvez juntamente com Densetsu no Yuusha e 7th Garden, seja a série com um dos maiores riscos de acabar sendo cancelada nos próximos três meses. Espero, mesmo que o mangá acabe sendo cancelado, que os editores o substituam com uma obra de ação ou esporte, pois mangá de comédia na revista já temos demais.
Logo após, na oitava colocação tivemos Kono Oto Tomare!, que no próximo mês será a capa da revista, comprovando que o mangá tem popularidade e forças para conseguir ser o carro-chefe daquela edição (da edição, e não da revista em geral). O estranho e surpreendente é que a série não lançará nenhum volume em fevereiro (todos os mangás, tirando os novatos que ganharão uma página colorida na próxima semana é por causa do lançamento de um novo volume, inclusive a série derivada de Ao no Exorcist e Platinum End), contudo parece que a edição virá com um CD relacionado a série ou fará publicidade sobre esse CD, devemos ver realmente o motivo pelo qual os editores decidiram dar uma capa para a série. De qualquer modo, continuarei a apertar a mesma tecla, e deixarei claro: está na hora de Kono Oto Tomare! receber um anime. O mangá vende tão bem quanto Sousei no Onmyouji vendia quando ganhou um anime, cerca de 70 mil por volume, e para mim tem mais potencial de agradar o público que acompanha o anime de qualquer outra série da revista atualmente. O mangá é daquelas obras bem sentimentais e pessoas, que cai como uma luva no gosto do público que assiste anime, mas não lê mangá.
Em nono lugar tivemos Platinum End que por mais esteja em uma posição intermediária, parece estar muito, mas muito seguro na revista. A obra receberá na próxima edição a página colorida de abertura, por isso será o primeiro mangá da revista em ordem de leitura, o que demonstra como os editores colocam uma grande fé na série e esperam que continue melhorando as suas vendas. O mangá da dupla de Death Note pode não ser de agrado a todos, entretanto é inegável que eles conseguiram criar mais um outro sucesso em vendas (mesmo sendo o mangá de menor popularidade deles, até o momento). Platinum End está vendendo entre 200 a 220 mil cópias por volume, e tem potencial para melhorar ainda mais as suas vendas. Em décimo lugar tivemos Ohmori Satisfaction, que parece ser a comédia curta com o maior risco de acabar sendo cancelada nos próximos meses – o seu primeiro volume vendeu tão mal que não consegui encontra-lo no TOP 500 do Ranking Shoseki, por isso provavelmente vendeu menos de 2.200 mil unidades, o que é um dado muito preocupante. Porém, devo assumir que é estranho os editores manterem ainda a série, se fosse tão impopular, já teria sido cancelada. Pode ser que dentro da revista ainda seja popular, mas não consegue atrair leitores externos, colocando assim a série em uma corda bamba.
Shounen Shoujo foi o mangá que ficou em décimo primeiro lugar, e devo assumir, sua situação na revista melhorou um pouco; o primeiro volume vendeu muito mal (entre 10 a 12 mil cópias), contudo o segundo volume conseguiu dar um grande salto em vendas, e possivelmente alcançou a marca de 22 mil cópias vendidas, o que é um ótimo resultado para um mangá da SQ, mesmo não transformando-o em um sucesso. O motivo do aumento de vendas pode ter sido dois: o primeiro e mais simples, a série melhorou de qualidade e atraiu mais leitores. O segundo, os admiradores do roteirista descobriram somente depois do primeiro volume que o autor está com uma nova série, por isso passaram a comprar o mangá a partir do segundo volume. Acredito que a segunda opção seja a mais válida. De qualquer modo o mangá parece estar muito cedo, mesmo sendo classificado em posições ruins. Em décimo segundo lugar tivemos Shin Tennis no Oujisama, que é o único mangá de esporte da revista. A obra é um dos mangás que mais vende na revista, e como Ao no Exorcist, tem uma série derivada que sempre é classificada logo após o seu mangá (acredite, uma série derivada logo após é uma demonstração de poder). Nem preciso dizer quanto seguro o mangá está.
Em décimo terceiro lugar tivemos Densetsu no Yuusha que vendeu no seu terceiro volume cerca de 5 a 7 mil cópias, como eu tinha comentado na parte de Moriarty, é muito comum acontecer na SQ que o primeiro volume venda bem, e os seguintes vão vendendo cada vez menos, e infelizmente é isso que está acontecendo com Densetsu no Yuusha. Provavelmente este é o mangá com maior risco de ser cancelado atualmente. Em décimo quarto lugar tivemos Wonder Rabbit Girl que é um ecchi que continua agradando muito o público japonês e está fazendo por merecer sua estadia na revista, a obra vende entre 18 a 20 mil cópias por volume e está muito segura. Em último lugar tivemos 7th Garden, que deve vender entre 13 a 15 mil cópias por volume, e por mais que eu não acredite no seu cancelamento, por causa de suas vendas medíocres, mas suficientes, não devo assumir que não seria uma surpresa caso o mangá realmente fosse cancelado, pois vem sendo tão mal classificado, que essas posições podem significar que os editores estão planejando encerrar o mangá nos próximos meses.
– Eu tinha postado esse esquema muitos meses atrás, provavelmente no início de 2015, e Diego, postou na Sunday esse mesmo esquema, assim percebi como era interessante colocar a “situação” após a análise – não realizarei isso com a Jump, mas com as revistas mensais, colocarei “a situação dos mangás”. Agradeço a Diego por ter trazido esse sistema de volta ao Analyse It.
Situações dos mangás:
Intocáveis: Ao no Exorcist
Muito Seguros: To LOVE-Ru Darkness, Shin Tennis no Oujisama, Owari no Seraph, Sousei no Onmyouji, Gag Manga Biyori GB, Platinum End
Seguros e Estáveis: Kono Oto Tomare!, Shonen Shoujo, Wonder Rabbit Girl, Chihaya-San wa Sonomama, Iiyone!, Happy Milly, Taishau Wotome, Salaryman Exorcist, Houkago no Oujisama
Em risco de Cancelamento: Ohmori Satisfaction
Cancelamento Eminente: Densetsu no Yuusha, 7th Graden e Yuukoku Moriarty.