HUNTER X HUNTER (Hiatos)
Prévia da Shonen Jump #2/3:
Capa e Página Colorida de Abertura: Haikyuu!!
Página Colorida: Black Clover, Kimetsu no Yaiba, Zutsuke!!
One Shot: Yokohama Ouka Koukou XXXX-bu de “Konomi Takeshi” (Autor de Prince of Tennis)
One Shot: Shikori Dama!
Página Colorida de Abertura, ONE PIECE.
Começando pelos mangás não ranqueados, tivemos capa e página colorida de abertura de ONE PIECE, que continua bem soberano na revista, e no mercado dos mangás – A obra quase vendeu em 2016, quase o dobro que o segundo colocado, demonstrando assim para todos, que continua sendo o mangá mais popular do Japão. Os números de ONE PIECE não devem ser alcançados por nenhum desses mangás que atualmente vemos na revista, por isso ainda está para “nascer” o mangá que pode pegar sua vaga na Weekly Shonen Jump. Próxima semana comentarei mais sobre a situação da obra na revista, inclusive dedicarei dois parágrafos para comentar-lo. ONE PIECE é, e continuará sendo por muito tempo, o mangá mais importante da Shonen Jump.
Também tivemos nessa edição, página colorida para Ole Golazo, que está lançando o seu segundo capítulo – Por mais que eu ainda não tenha visto a recepção dos japoneses, por isso não posso dar uma panorâmica realmente boa sobre a situação da série, no ocidente o mangá teve muitas pessoas que aprovaram, considerando a obra simpática e divertida. Se o Japão recepcionar o mangá do mesmo modo que os leitores ocidentais recepcionaram, com certeza conseguirá sobreviver. Yakusoku no Neverland foi o outro mangá que ganhou página colorida, mas o motivo é diferente. Yakusoku está preste a lançar o seu primeiro volume (amanhã), por isso os editores estão fazendo uma pequena publicidade para estimular os leitores da revista irem comprar o volume. Só saberemos se a página colorida surgiu efeito na próxima semana.
Em primeiro lugar tivemos Boku no Hero Academia, que começa o ano conquistando o segundo lugar mais alta da revista (o primeiro é logicamente do mangá que recebeu a página colorida de abertura). O mangá no ano de 2016 teve um rendimento muito bom, suas vendas aumentaram, e mesmo não se tornando um monstro de vendas como Naruto e BLEACH foram na época que ganharam o seus respectivos animes, Boku no Hero Academia conseguiu aumentar o suficiente ao ponto de se tornar um dos pilares da revista. A obra também conseguiu ter uma média de posições na TOC bem alta, a terceira mais alta do ano, perdendo somente para ONE PIECE (2.18) e Ansatsu Kyoushitsu (3.5).
O motivo desse rendimento já foi explicado nas análises passadas, os editores deram um destaque enorme para a série por causa do seu anime, e provavelmente, com o lançamento da segunda temporada ainda no ano de 2017, o destaque deve ser mantido, mas não pense que os editores estão errando em dar esse gigantesco destaque para a série, o mangá pode não ter se tornado um Naruto ou BLEACH, mas continua sendo a terceira obra mais popular da revista, merecendo assim ser um dos pilares da mesma. Boku no Hero Academia vendeu 5.1 milhões de cópias no ano de 2016, e seus volumes estão alcançando uma média de 600 mil cópias (em cerca 12 meses em vendas). Um resultado que podemos considerar invejável, e que muitas séries sonham em alcançar – Podemos dizer que atualmente Boku no Hero Academia está no mesmo nível de popularidade de Nanatsu no Taizai. Levando em conta as boas vendas dos volumes, boas vendas do anime, e a provável boas vendas dos Gadgets, podemos considerar Boku no Hero Academia um grande sucesso comercial.
Em segundo lugar tivemos Black Clover, que ainda não conseguiu alcançar o desempenho de vendas altos o suficiente para conseguir entrar no TOP 30 do Ranking Oricon, conseguiu nesse ano de 2016 um bom resultado dentro da revista. O mangá teve uma média de posição na TOC de “5.31”, se tornando o quinto mangá com melhor colocações na TOC em 2016, e seus volumes devem estar vendendo cerca de 200 mil cópias, um resultado que pode duplicar ou triplicar com o anime, fazendo assim a obra alcançar entre 400 à 600 mil cópias (provavelmente, se for bem adaptado, irá para 500 mil cópias). Se o anime não estrear no ano de 2017, dificilmente o mangá aparecer entre os 30 mais bem vendidos, mas de qualquer modo, deve continuar recebendo um grande destaque pelos editores, já que o potencial comercial da série é bem alta. Black Clover, é o mangá, sem anime, mais importante da revista. E o único, juntamente com Yuragi-Sou no Yuuna-San que tem um grande potencial de se tornar um monstro de vendas.
Ole Golazo, Página Colorida.
Em terceiro lugar tivemos Haikyuu!! que também se encontra em uma situação bem confortável. Todos os volumes de DVD/Blu-Ray da sua segunda temporada venderam acima de 10 mil cópias (o que é muito, considerando o preço altíssimo da mídia), já os volumes estão conseguindo alcançar a marca de 1 milhão de cópias vendidas após 12 meses em circulação, o que também é um resultado espetacular – ao longo deste ano o mangá vendeu 6.4 milhões de cópias, sendo assim a quinta obra que mais vendeu volumes, perdendo para: ONE PIECE, Ansatsu Kyoushitsu, Kingdom e Shingeki no Kyojin, respectivamente. Por isso, claramente a obra é o segundo pilar da revista, mesmo tendo ao ano a quarta melhor média de posição na TOC, com “5.17”. O motivo pelo qual Haikyuu!! tem posições mais baixas que Boku no Hero Academia, mesmo sendo claramente mais popular, é justamente por ser um mangá de esporte: os editores preferem dar destaque à um B-Shounen. Provavelmente não teremos mais uma temporada da série em 2017, mas mesmo assim o mangá deve continuar vendendo muito bem, por isso a série deve continuar sendo o segundo pilar.
Em quarto lugar tivemos Kimetsu no Yaiba, que essas últimas semanas vem ganhando ótimas posições, justamente por causa do lançamento do seu mais novo volume – os editores estão fazendo uma grande publicidade para ver se suas vendas aumentam – O mangá deve estar vendendo mais ou menos 60 mil cópias em 12 meses (levando em conta que o seu último volume vendeu 40 mil cópias em 1 mês). Sim, os resultados são bem baixos. a série deve ter vendido ao todo cerca de 150 mil cópias no ano de 2016 (sendo que até agora foi lançado 3 volumes), mas podemos dizer que as suas posições médias no TOC refletem a sua situação, o mangá teve uma média de posição de “11.1”, e é um dos mangás com pior desempenho no ano de 2016. Logicamente, os editores não planejam cancelar a série, inclusive estão dando muitas páginas coloridas, mas ao mesmo tempo, não estão fazendo da série um companheiro para Black Clover, pois o grupo editorial sabe que Kimetsu no Yaiba dificilmente se tornará um sucesso comercial – É importante eu dizer que mesmo a média da série sendo baixa, Kimetsu conseguiu ter uma média melhor que PSI Kusuo Saiki, Gintama e World Trigger, séries que vendem claramente bem mais, mas mesmo assim Kimetsu no Yaiba corre bem mais risco de ser cancelado que essas três séries.
Em quinto lugar tivemos a estréia mais lucrativa do ano de 2016,
Yuragi-Sou no Yuuna-San – Esse ano tivemos um bom número de mangás sobrevivendo: ao todo foram três obras que se mantiveram vivas na revista. no caso: Yuragi-Sou no Yuuna-San, Kimetsu no Yaiba (que estreou na mesma leva de Yuragi) e Yakusoku no Neverland. Existe uma possibilidade real de Ole Golazo ser o quarto mangá a entrar nesse grupo, mas ainda é muito cedo para eu dar um julgamento concreto sobre o futuro da série. Desses três mangás, parece que Yuragi-Sou no Yuuna-San foi aquele que conseguiu o melhor desempenho em vendas, se configurando como uma série com o potencial muito parecido com o de Black Clover, e mesmo que os editores não deem o mesmo destaque para a série, por causa da sua temática, que é ecchi (estilo que desagrada muitos leitores), eles provavelmente querem e irão manter a série até quando o seu anime for lançado. Levando em conta dados mais concretos, o mangá esse ano deve ter vendido entre 420 à 450 mil cópias (sendo levado em consideração que a série lançou três volumes que devem ter vendido 140 mil cada), um número que parece muito sólido, principalmente se a série em 2017 alcançar a marca de 200 mil cópias por volume. Yuragi-Sou no Yuuna-San é um dos mangás que os editores devem apostar para o futuro da revista.
Yakusoku no Neverland, Página Colorida.
Em sexto lugar tivemos o “queridinho” dos editores, Hinomaru Zumou, que consegue vender bem menos que Yuragi-Sou no Yuuna-San, mas tem mais páginas coloridas ao longo do ano, e também melhores médias de posição na TOC (cerca de “9.21”, perto de Shokugeki no Souma que teve 9.04). O motivo pelo qual os editores amam tanto Hinomaru Zumou é que a série tem um grande apoio dos críticos e também por que a obra ajuda a manter viva a cultura tradicional japonesa, no caso, o sumô (Kimetsu no Yaiba e Isobe Isobee Monogatari são outros dois mangás que tem como elemento positivo a sua temática mais tradicional). Quando eu digo que Hinomaru Zumou vende pouco, estou dizendo bem pouco mesmo, o mangá faz parte do quarteto não-fantástico, que tem como membros: Hinomaru Zumou, Samon-Kun wa Summmoner, Sesuji wo Pin! to e Kimetsu no Yaiba – O mangá de sumô é o mais veterano, tendo superando a marca de 10 volumes. O que é um ponto muito negativo, pois a série ainda está presa as 50/60 mil cópias por volume, um número extremamente baixo. Em 2017, Zumou completará três anos e o seu anime ainda parece estar muito longe, mas mesmo assim, levando em conta que os editores gostam muito da série (é o mangá que mais recebeu página colorida em 2016), Hinomaru Zumou parece estar seguro na revista.
Em sétimo lugar tivemos Sesuji wo Pin! to que deve estar vendendo cerca de 40 mil cópias por volume, deste modo, o mangá é claramente o que menos vende entre os membros do quarteto não-fantástico. As suas posições na TOC também é a pior, o mangá teve uma média de “12,7”, que é a pior entre todos os mangás da revista, superando somente aqueles que já foram cancelados. Por isso, vendo a sua situação tão delicada, é complicada a sobrevivência do mangá na revista – Os editores gostam muito da obra, e já demonstraram isso fazendo-a sobreviver por mais alguns meses, mas chegará o momento que se verão obrigados a cancelar o mangá. As chances de vermos Sesuji wo Pin! to sendo cancelado no ano de 2017 são bem altas, as suas únicas chances de salvação são: um aumento milagroso de vendas (o que não deve acontecer de modo algum) ou os editores achem somente um sucesso ao longo desse ano (sucesso que substituirá a vaga de Gintama), o que parecer ser muito improvável, já que a revista se encontram em uma situação tão preta, que qualquer mangá que venda acima de 40 mil cópias, já é considerada um sucesso maior que Sesuji wo Pin! to. Somente se um dessas duas possibilidades se concretizem para o mangá de dançar da Shonen Jump não acabar dançando,
Em oitavo lugar tivemos o nosso querido Shokugei no Souma, que esse ano teve uma média de posição bem baixas, cera de 9.04 – O que demonstra o que eu tinha comentado nas edições anteriores, o mangá vem passando por uma grande queda de popularidade, o que está resultando em menos apoio editorial dentro da revista e em vendas menores nas lojas físicas e digitais. Mesmo assim é importante eu deixar claro que Shokugeki no Souma ainda vende MUITO BEM, a série é o décimo mangá que mais vendeu em 2016, vendendo 3.4 milhões de cópias. Por isso, os editores não devem estar planejando o encerramento da obra, muito pelo contrário, deve ver como garantida a sobrevivência de Shokugeki no Souma pelos próximos dois anos – Mas, essa média de posição é um aviso. Os editores podem não pensar em cancelar o mangá atualmente, mas sabem que a tendência de queda de vendas continuará, por isso daqui a dois anos, Shokugeki no Souma pode acabar sendo ceifado da revista. Infelizmente a obra provavelmente não ganhará uma terceira temporada, por isso, para evitar um cruel encerramento em 2019, é necessário que o roteirista da série, encontra um modo de manter ou até mesmo recuperar os leitores que está perdendo a cada capítulo. Não será fácil, mas também não é impossível.
Em nono lugar tivemos o primeiro ranking de
Spring Weapon Number One, que parece que vai se tornar mais um fracasso – O autor estava tendo sua segunda chance na revista, e muitos acreditavam que talvez esse fosse o mangá que levaria o autor ao sucesso, mas parece que isso não está acontecendo: O seu cancelamento ainda não é certo, temos casos como Sket Dance e Samon-Kun wa Summoner em que os editores classificaram em uma colocação baixa, pois mesmo vendo uma boa recepção nos primeiros capítulos, não acreditavam que a obra seria lucrativa o suficiente para ser mantida na revista, mas após perceberam que a popularidade continuava alta e a comoção do público em relação a série era alta, decidiram manter o mangá na revista. Obviamente, isso é muito raro de se acontecer, mas não podemos excluir essa possibilidade. Tirando-a, Spring Weapon Number One dificilmente se salvará, quando uma série é má recepcionada pelo público, perde nos primeiros capítulos os leitores, e mesmo que melhore a qualidade nos capítulos seguintes, os leitores japoneses se negam a retornar a ler o mangá, por isso o seu cancelamento se tornar inevitável. Spring Weapon Number One, caso realmente tenha sido mal recepcionado (por isso não entra no caso de Sket Dance e Samon-Kun wa Summoner) acabará sendo cancelado em meados de Janeiro.
Página Colorida dos One Shots.
Em décimo lugar tivemos Samon-Kun wa Summoner que deve estar vendendo entre 45 a 50 mil cópias por volume. A série esse ano se comportou como uma verdadeira montanha russa: em algumas semanas se encontrava em colocações altas, nas outras em colocações mais baixas, tendo alcançado uma média de posição de “10.1”, o que o coloca a frente de Kimetsu no Yaiba, por exemplo. A série de comédia não está totalmente segura na revista, podemos dizer que o mangá corre os seus risco de ser cancelado no ano de 2017, mas primeiro deveremos ver Sesuji wo Pin! to deixando a revista. Logo após, os editores terão que decidir entre Kimetsu no Yaiba e Samon-Kun wa Summoner, e mesmo que eu acredite que os editores preferem Kimetsu no Yaiba, não podemos levar a zero as chances de preferirem salvar Samon-Kun, já que o mangá parece ter mais apoio de diretores e profissionais da área, aumentado suas chances de ganhar um anime em futuro não tão próximo. Seremos sinceros, 2017 parece que vai ser um ano muito movimentado, com várias estréias e muitos cancelamentos. Além disso tem a possibilidade do quarteto não fantástico virar um quinteto, caso Yakusoku no Neverland tenha um rendimento medíocre como dessas obras. Espero que isso não aconteça, pois torço pelo sucesso da obra, mas se acontecer, a luta para escapar do cancelamento se tornará ainda mais imprevisível.
Em décimo primeiro lugar tivemos PSI Kusuo Saiki que esse ano ganhou a primeira temporada do seu anime, mas infelizmente não ganhou nenhum boost em vendas, o que decepcionou tanto os editores da Shonen Jump quanto o próprio autor (que deixou claro nos comentários dos autores, que ficou muito decepcionado). De qualquer modo a série ainda vende muito bem, alcançando a marca de 150 mil cópias por volume, deste modo, os editores não devem estar planejando o seu cancelamento, entretanto, ao mesmo tempo não devem estar planejando dar um grande destaque ao mangá, provavelmente o deixarão no limbo do esquecimento, entre a posição intermediária e as últimas colocações. Em décimo segundo lugar tivemos Gintama que esse ano vendeu cerca de 2.3 milhões de cópias, quatro mil cópias a menos que World Trigger (sim, somente quatro mil), e não corre nenhum risco de ser cancelado, por dois simples motivos: O mangá pode vender menos volumes que World Trigger, Shokugeki no Souma e BLEACH, mas quando o assunto é lucratividade do anime e dos gadgets, Gintama consegue superar todas essas obras. É um dos mangás mais lucrativos da revista, perdendo somente para ONE PIECE e Haikyuu!! – O segundo ponto é aquele mais óbvio, a obra está nos seu arco final, por isso de qualquer modo será encerrado em 2017. E levando em conta a situação ruim em que a revista se encontra, provavelmente os editores devem estar implorando para que o autor prolongue por mais alguns meses a série.
Em último lugar tivemos Ibitsu no Amalgam que deve ser cancelado nos meados de janeiro de 2017, juntamente a Spring Weapon Number One (lembrando que também temos livre a vaga deixada por Red Sprite, por isso teremos três estreias). As suas chances de sobrevivência são praticamente zero, somente um milagre salvaria o mangá. Uma pena, pois o autor é muito talentoso e merece ter, em algum momento da sua carreira, um mangá que consiga se tornar um sucesso comercial e de público. Quem sabe, caso os editores decidam dar uma terceira chance para o autor, ele não consiga achar a sua série de sucesso. Como esse é o primeiro TOC do ano de 2017, eu gostaria de também comentar sobre Isobe Isobee Monogatari, que tem apenas 10 páginas por edição, e é sempre classificado na última colocações, pois a sua função é encerrar a revista. O mangá pode ser uma comédia tradicional que inclusive brinca com as tradições japonesas (tendo vários trocadilhos escritos no japonês antigo), mas não podemos considera-lo totalmente seguro. A obra está vendendo cerca de 25 mil cópias por volume, e por mais que seja um bom número para um mangá que é uma comédia tradicional, e que tem somente 10 páginas por capitulo, os editores podem em algum momento acreditar que uma outra comédia consiga ter um rendimento melhor (o que não é muito difícil), assim decidindo cancelar Isobe Isobee Monogatari. Como suas posições é sempre a mesma, fica quase impossível previr o futuro da série, mas é importante vocês saberem que mesmo pequena, tem uma chance de Isobe Isobee Monogatari acabar sendo cancelado.