O ano editorial de 2016 está se encerrando para a Weekly Shonen Magazine nessa edição. E parece que a Shonen Magazine já está mexendo seus pauzinhos para 2017, eliminando pelo menos dois mangás nas próximas edições que não funcionaram na revista. Mas terá que buscar novatos mais rentáveis e lidar com o fim de um mangá que, embora não fosse um fenômeno, tinha um bom desempenho na revista.
TOC Weekly Shonen Magazine #53 (2016):
Hashimoto Kanna (Capa Física)
Baby Steps (Capa Digital, Página Colorida de Abertura, 21 pg.)
01. Hoshino、Me o Tsubutte。
02. Yamada-kun to 7-nin no Majo
03. Area no Kishi
04. Fairy Tail
Fumetsu no Anata e (Pré-Rank, 4º Capítulo, 30 pg.)
Daiya no Ace – Act II (Página Colorida, 22 pg.)
05. Nanatsu no Taizai
06. Hajime no Ippo
07. Enen no Shouboutai
08. Fuuka
Vector Ball (Página Colorida, 19 pg.)
School Rumble (Capitulo Especial)
09. Tsurezure Children
Dansan Joshi (Capítulo Especial da Bessatsu Shonen Magazine)
10. Senryuu Shoujo
11. Seitokai Yakuindomo
12. Koisuru Suizoku-man (Fim)
Sodatechi Maou! (Capítulo Especial da Magazine SPECIAL)
13. Days
14. Domestic na Kanojo
15. Kamisama no Iuutori Ni
16. Acma:Game
17. Dr. Prisoner
18. Mononote ~Edo Shinobi Kagyou~
19. Fullback
20. Ahiru no Sora
Real Account (Ausente)
Kindaichi Shounen no Jikenbo R (Em hiato)
TOC Weekly Shonen Magazine #01 (2017):
Capa Física: Ruriko Kojima
Página Colorida de Abertura: Enen no Shouboutai (27 pg.)
Páginas Coloridas: Fuuka, Kindaichi Shounen no Jikenbo R
Fim: Fullback
A capa física e as fotos especiais da edição foram estampadas por uma gatinha japonesa aleatória Kanna Hashimoto, jovem cantora e atriz que nesse ano já estampou a capa das edições #14 e #17 da Shonen Magazine. Já a páginas colorida de abertura foi para Baby Steps, mangá de tênis que continua sendo um dos grandes sucessos da Shonen Magazine atualmente (e olha que Baby Steps tem nove anos de publicação). Daiya no Ace – Act II (mangá de beisebol que é um dos pilares da revista e também estava ausente na edição passada) ficou com uma das outras páginas coloridas e com a capa digital.
A terceira página colorida foi pra Vector Ball, novato do mesmo autor de Gash Bell! que ainda busca se firmar de vez na revista, apesar de não correr riscos de cancelamento a curto prazo. Vale lembrar que Fumetsu no Anata e está em seu quarto capítulo e, portanto, ainda não está sendo ranqueado (só será ranqueado a partir do capítulo 08).
A edição contou com capítulos especiais de School Rumble (mangá de sucesso que foi publicado na Weekly Shonen Magazine entre 2002 e 2009), Dansan Joshi (gag mangá de humor negro que acompanha um grupo de estudantes – é publicado na Bessatsu Shonen Magazine) e Sodetachi Maou! (obra publicada na Magazine SPECIAL). Estiveram ausentes Real Account e Kindaichi Shounen no Jikenbo R. Ambos voltam na próxima edição. A diferença é que Real Account raramente fica ausente (inclusive a ausência nesa edição não estava prevista). Já Jikenbo R terminou o ano editorial em um hiato que durou mais de dez edições… mas estará de volta na próxima edição, com direito a página colorida.
Em primeiro lugar, Hoshino、Me o Tsubutte。. Esse novato precisa se sair melhor nas vendas dos volumes para se manter, embora os editores demonstrem que vão tentar emplacar a obra enquanto ainda for possível. O fato é que a boa recepção de Hoshino está contribuindo para que o mangá seja mantido a curto prazo. Já a longo prazo a obra ainda precisa melhorar sua situação (embora aparentemente a Shonen Magazine considere outros mangás da line-up mais próximos de um cancelamento do que Hoshino).
A segunda posição foi para Yamada-kun to 7-nin no Majo. O resultado do anime de Yamada-kun pode até ter sido muito aquém do esperado e o mangá pode até não ser tão rentável quanto a Magazine gostaria que fosse, mas mesmo assim os editores mantém o apoio editorial, o que alimenta as chances de Yamada-kun ter um fim natural. Mas para isso é melhor que a autora não protele o desenvolvimento do mangá por muito tempo. Na terceira posição está Area no Kishi, que pode até não ter um espaço gigantesco no plantel, mas está seguro e não corre riscos de cancelamento.
Mesmo tendo perdido popularidade nos últimos tempos e com seu desenvolvimento sendo alvo de críticas Fairy Tail, quarto lugar da edição, continua tendo um bom apoio editorial. Aliás, mesmo nessa queda vertiginosa Fairy Tail ainda é considerado um dos pilares na revista, ainda mais por ainda manter um bom apelo comercial. Como o próprio Leonardo Nicolin já havia dito na análise da edição #04-05 desse ano, Fairy Tail está para a Shonen Magazine como Bleach estava para a Shonen Jump: tendo uma queda notória de rendimento mas ainda conseguindo superar alguns mangás mais recentes. E, ainda usando as palavras do Nicolin, a diferença é que os editores da Shonen Magazine seguem apoiando a obra de Hiro Mashima com capas e páginas coloridas. Mas isso já é questão do funcionamento de cada revista mesmo.
Conseguindo uma posição mais elevada na ordem de leitura, Nanatsu no Taizai fica na quinta posição da última edição desse ano editorial. Se em 2015 Nanatsu não apareceu nenhuma vez em primeiro entre os mangás ranqueados, em 2016 Nanatsu foi o primeiro lugar da edição #28. Aliás, é importante frisar que o mangá começou seu arco derradeiro, embora provavelmente ainda leve um bom tempo para que ele seja desenvolvido.
Em sexto está Hajime no Ippo, que pela segunda vez seguida consegue pegar uma posição mais alta na ordem de leitura que o seu habitual, que é o meio da ordem de leitura, mais pra metade de baixo. Na sétima colocação está Enen no Shouboutai, que vai ganhar a página colorida de abertura da próxima edição, justamente a da primeira edição do ano (e é bem provável que ganhe uma capa digital também).
Em oitavo está Fuuka, cujo anime estreará em janeiro. Fuuka será o foco de atenção dos editores e é bem provável que vejamos o mangá ganhar várias páginas coloridas (inclusive vai ganhar uma página colorida na próxima edição) e capas digitais (talvez até ao menos uma capa física) para divulgar a adaptação. Na nona posição está o gag mangá Tsurezure Children, que continua estável e tendo um bom desempenho na visão de leitores e editores.
Fechando o Top 10 está Senryuu Shoujo, que assim como Koisuru Suizoku-man é um gag mangá que estreou sem grande destaque por parte dos editores. Por ora é preciso aguardar pacientemente para ver se a obra conseguirá se firmar ou fazer sucesso. Se Senryuu Shoujo ao menos for aprovado pelos leitores, mesmo que não venda muito ao menos terá chances de ser transferido de revista, como aconteceu com Aho Girl em 2015.
Seitokai Yakuindomo dá as caras na décima primeira posição. Teoricamente o mangá está no “limbo do esquecimento”, já que não é uma das obras mais rentáveis da Magazine e também porque não fica constantemente em destaque pelos editores (Seitokai raramente ganha página colorida). Mas, como já explicado na análise da edição #53, na Shonen Magazine o “limbo do esquecimento” não é tão ruim assim. No caso de Seitokai, a cada lançamento de volume vem junto um OVA, aumentando a divulgação desses volumes.
Na décima segunda colocação está Koisuru Suizoku-man, que teve seu último capítulo publicado nessa edição. O gag mangá estreou com pouquíssimo alarde e não conseguiu conquistar o público. Resultado: acabou cancelado. Não é que o mangá não tenha conquistado o público só porque os editores não apoiaram a obra desde o começo, mas fica a impressão de que era só um mangá que não ia durar por muito tempo na revista.
No décimo terceiro lugar está DAYS. Como eu já havia explicado na edição anterior o mangá pode até não ter conseguido (pelo menos por enquanto) um grande boost nas vendas dos volumes por causa do anime, mas por enquanto os editores ainda vão apoiar a obra. E mesmo que os resultados finais não se mostrem positivos a situação de DAYS na revista não estará muito ameaçada. É só olhar para Area no Kishi, que segue até hoje na revista em situação estável.
A décima quarta posição vai para Domestic na Kanojo (ou DomeKano), que continua em situação tranquila na revista e ainda deve se manter assim por um bom tempo. Já em décimo quinto, na porta do bottom, aparece Kamisama no Iuutori Ni, que está há poucos capítulos de seu fim natural. A obra, que conseguiu se manter estável na revista desde 2013 quando estreou, é continuação de Kamisama no Iutoori, mangá que era publicado na revista mensal Bessatsu Shonen Magazine e que chegou a ganhar um filme live-action em 2014, dirigido por Takashi Miike.
Abrindo o bottom podemos ver Acma:Game em décimo sexto. O mangá continua em sua situação estável, ainda que não venda muito. Pode-se dizer que a maioria dos mangás (principalmente novatos) que apresentam vendas de volumes menores do que Acma:Game tem dificuldade de se manter na revista e acabam cancelados. Esse ano isso só não aconteceu com Vector Ball.
O décimo sétimo lugar ficou com Dr. Prisoner. Com o cancelamento de Koisuru Suizoku-man nessa edição e de Fullback na próxima, é bem provável que um dos próximos a rodar seja Dr. Prisoner, que até conseguiu uma recepção inicial satisfatória mas que não foi suficiente para que se convertesse em boas vendas no lançamento de seus volumes. E se a situação não melhorar Dr. Prisoner pode ser um dos que rodará mais em breve.
Na décima oitava posição está Mononote ~Edo Shinobi Kagyou~, que não parece que vai conseguir se firmar na revista. Será difícil para Mononote se manter na revista mesmo a curto prazo, uma vez que sua recepção não foi das mais calorosas. Se não houver uma grande surpresa Mononote não vai durar e pode acabar tendo o mesmo fim que Koisuru Suizoku-man. E lembrando que, se por um lado Koisuru foi cancelado nessa edição, na próxima edição quem vai rodar é o 19º colocado dessa edição, o novato mangá de rúgbi Fullback… E bem na primeira edição do ano editorial de 2017, que “privilégio”. Piadas a parte, é uma pena que o mangá de rúgbi não tenha vingado. Melhor sorte ao autor em sua próxima tentativa.
Fechando a revista na vigésima e última posição da ordem de leitura está o clássico mangá de basquete Ahiru no Sora. Essa posição baixa não é nenhuma notícia ruim, afinal é normal ver a maioria dos mangás da Shonen Magazine variarem demais suas posições.
Bem, pessoal, assim termina a análise da última edição do ano de 2016 da Weekly Shonen Magazine. Até a próxima, pessoal.