SURPRESA!
É isso aí, mais uma vez o Analyse It tentará retornar com as análises da Weekly Shonen Magazine. É torcer para que dessa vez tudo dê certo, caros leitores. Bem, quem está escrevendo a análise é o Diego Felipe mesmo, então se der ruim não culpem o Nicolin.
E já vamos começando logo da penúltima edição do ano da revista, com uma edição em que será explicado em maior precisão a situação de cada obra. Por isso a primeira análise deverá ficar mais longa do que as próximas que virão.
TOC Weekly Shonen Magazine #52:
Rena Takeda (Capa Física, Capa Digital)
Nanatsu no Taizai (Página Colorida de Abertura)
01. Koisuru Suizoku-man
02. Hajime no Ippo
03. Dr. Prisoner
04. Fairy Tail
05. DAYS
06. Seitokai Yakuindomo
Fumetsu no Anata e (Pré-Rank, 3º capítulo, 34 pg.)
07. Fuuka
08. Senryuu Shoujo (Capítulo Duplo – capítulos 07 e 08)
Doctor Strange – Episode 0 (Página Colorida, One-shot)
09. Enen no Shouboutai
10. Hoshino、Me o Tsubutte。
11. Domestic na Kanojo
12. Vector Ball
13. Yamada-kun to 7-nin no Majo
14. Acma:Game
15. Area no Kishi
16. Real Account
17. Ahiru no Sora
18. Mononote ~Edo Shinobi Kagyou~
19. Fullback
20. Kamisama no Iuutori Ni
21. Tsurezure Children
Baby Steps (Ausente)
Daiya no Ace – Act II (Ausente)
Kindaichi Shounen no Jikenbo R (Em hiato)
TOC Weekly Shonen Magazine #53:
Capa Física: Hashimoto Kanna
Capa Digital, Páginas Coloridas de Abertura: Baby Steps
Página Colorida: Daiya no Ace – Act II
Paginas Extras: Fumetsu no Anata e (30 pg.)
Fim: Koisuru Suizoku-man
Em hiato: Kindaichi Shounen no Jikenbo R
A capa física e digital foram para a jovem atriz Rena Takeda. Nesse ano ela já estampou as capas físicas das TOCs #08 e #30. Já a página colorida de abertura foram para Nanatsu no Taizai, que segue como um dos mangás mais rentáveis da Weekly Shonen Magazine e fazendo bastante sucesso. A outra página colorida foi para um one-shot especial para promover a estreia do filme Doutor Estranho, da Marvel, nos cinemas japoneses: Doctor Strange – Episode 0. Vale lembrar que o novato Fumetsu no Anata e, da mesma autora de Koe no Katachi, ainda está em seu terceiro capítulo e, portanto, não está sendo ranqueado. E ainda é preciso esperar um pouco mais para considerar como está sua recepção, apesar do mangá ser bastante promissor.
Estiveram ausentes nesta edição dois mangás de esporte: Baby Steps (de tênis) e Daiya no Ace – Act II (de beisebol). Mas ambos voltam à próxima edição em grande estilo: Baby Steps ganhará a capa digital e as páginas coloridas de abertura e a continuação de Daiya no Ace ganhará uma página colorida. Kindaichi Shounen no Jikenbo R está em hiato desde a edição #40 e segue sem previsão de retorno. Nem adianta fazerem piadinhas como “o autor ser o Togashi da Shonen Magazine”, já que Shin Kibayashi é também roteirista de Area no Kishi, esse publicado regularmente. Vale lembrar que Shin usa o pseudônimo de Seimaru Amagi pra roteirizar Jikenbo R e de Hiroaki Igano para roteirizar Area no Kishi.
Se você não conhece, não lembra ou nunca ouviu falar antes de como funciona a ordem de leitura das edições da Weekly Shonen Magazine, vou dar um rápido aviso: elas são diferentes da Weekly Shonen Jump. Na Jump é comum vermos mangás extremamente rentáveis (One Piece) ou bem rentáveis lá em cima nas TOCs e lá embaixo mangás mal-sucedidos, de popularidade saturada ou mesmo que até são promissores mas não vendem tanto pra ficar mais vezes em posições de destaque. O mesmo não ocorre na Shonen Magazine, que tende a variar a posição dos mangás a cada edição. comum vermos mangás que vendem pouco em posições altas na ordem de leitura, mangás que vendem bem mais embaixo e pilares na parte do meio da ordem de leitura (Nanatsu no Taizai, por exemplo, vive no meio da ordem de leitura). O motivo disso acontecer é para tornar a ordem de leitura mais cômoda para o leitor e para atrair a atenção dos leitores dos mangás mais rentáveis para obras menos rentáveis.
Nessas de variar posições na ordem de leitura, é possível que um mangá que não fez sucesso pegue uma posição alta nos primeiros ranqueamentos ou mesmo na véspera de seu cancelamento. E isso é EXATAMENTE o que aconteceu com Koisuru Suizoku-man. Esse mangá de comédia já estreou sem nenhum alarde, sem grande destaque pelos editores. A recepção não foi tão boa e o mangá acabou não durando por muito tempo. Isso porque na próxima edição será publicado o último capítulo de Koisuru.
A surpresa da edição está justamente na sua segunda posição: Hajime no Ippo. O clássico mangá de boxe geralmente fica mais para a parte do meio da ordem de leitura ou mesmo no bottom, mas nessa edição pegou uma posição altíssima. Mesmo que a obra já não tenha mais um rendimento tão alto quanto na época de seu auge, o mangá ainda vende mais que muito mangá mais recente (acima de 250 mil cópias por volume). Também vale lembrar que o mangá já ultrapassou há muito tempo a marca de mil capítulos publicados (o dessa edição é o 1163º capítulo) e já teve por volta de 115 volumes lançados. Além disso, o apoio editorial e a recepção calorosa dos leitores ainda são fortes para ajudar na manutenção desse grande clássico.
Em terceiro lugar está Dr. Prisoner, que é outro novato que está correndo risco de cancelamento. Sua recepção inicial parece ter sido positiva mas não foi suficiente para que o mangá pudesse alcançar boas vendas em seu primeiro volume, o que torna sua situação instável. No quarto lugar aparece Fairy Tail, que mesmo com uma popularidade e com vendas bem menores do que antes, continua com um bom apoio editorial e indo bem comercialmente. Fairy Tail é atualmente a magnum opus de Hiro Mashima, que também fez sucesso com Rave Master, este publicado na Weekly Shonen Magazine entre 1999 e 2005 e tendo até ganho anime pelo estúdio DEEN.
Página Colorida de Abertura: Nanatsu no Taizai |
Na quinta colocação está DAYS. O mangá de futebol não chegou a ter um grande boost nas vendas de seus volumes por causa do anime mas ao menos conseguiu receber um pouco mais de destaque e consegue chegar a uma marca de quase 200 mil cópias em média vendidas por volume. Em sexto aparece Seitokai Yakuindomo, mangá de comédia bem-sucedido que completará dez anos no final de 2017. Na edição passada chegou à incrível marca de 400 capítulos publicados, infelizmente sem nenhuma regalia como capa digital ou página colorida pra comemorar o feito. Aliás Seitokai raramente recebe página colorida. Mas a situação do mangá continua boa, ainda mais com um OVA acompanhando o lançamento de cada volume.
Quem aparece em sétimo é Fuuka, que recentemente teve maiores informações sobre seu anime divulgadas. O estúdio será a Diomedia. Não chega a ser um grande estúdio mas também não é uma opção totalmente ruim, vide os bons resultados da adaptação de Handa-kun, que recebeu um belo boost nas vendas de seus volumes. Mesmo assim é torcer pra que o anime de Fuuka não tenha o mesmo destino que as adaptações de outras obras do autor Kouji Seo, Suzuka e Kimi no Iru Machi, que como mangás fizeram sucesso mas cujas adaptações não foram boas o bastante (principalmente a de Kimi no Iru Machi, que não adaptou a obra desde o começo).
Geralmente um mangá só passa a ser ranqueado (na forma ocidental de analisar as TOCs, claro) a partir do oitavo capítulo. Nessa edição Senryuu Shoujo teve seu sétimo e oitavo capítulos publicados, então já é possível ranqueá-lo. No caso Senryuu ficou em oitavo entre os ranqueados. A posição não é ruim, mas como já explicado as posições na ordem de leitura da Shonen Magazine podem surpreender. Aliás, Senryuu Shoujo, assim como Koisuru Soizoku-man, é um gag mangá que estreou sem nenhum alarde ou anúncio chamativo por parte dos editores. Só o tempo, um dos deuses mais lindos, vai poder dizer se o destino de Senryuu Shoujo será diferente, embora a expectativa não pareça alta.
Em nono lugar aparece Enen no Shouboutai, novato mais promissor da revista, com média de quase 200 mil cópias vendidas por volume. O mangá é do mesmo autor de Soul Eater, que conseguiu emplacar mais uma obra de sucesso. Claro que Enen ainda tem muito a se expandir para se mostrar um grande sucesso, mas por ora a preocupação da Magazine será encontrar novatos tão rentáveis quanto Enen.
A décima posição ficou pra Hoshino、Me o Tsubutte。, que precisa melhorar nas vendas de seus volumes para se estabilizar. A recepção de Hoshino é positiva mas as vendas do primeiro volume não foram altas (ainda que por problemas de estoque, como ocorreu com Vector Ball). Mas os editores parecem estar apoiando a obra e tentando fazer ela vender melhor. Na TOC #44 Hoshino chegou a ganhar as páginas coloridas principais junto a Yamada-kun to 7-nin no Majo.
Na décima primeira colocação, Domestic na Kanojo (ou DomeKano, como muitos chamam). DomeKano é um mangá que apresenta bons resultados nas vendas de volumes (vende acima de 100 mil cópias por volume). No entanto, por sua temática um pouco mais madura, é possível que a obra não venha a receber uma adaptação em anime (embora não se descarte totalmente uma adaptação em outras mídias, como dramas de TV).
A décima segunda posição é ocupada por Vector Ball. O mangá é de autoria de Makoto Raiku, o mesmo de Gash Bell! (que fez um grande sucesso na década de 2000 quando foi lançado pela Shonen Sunday). Os editores colocaram bastante fé que o novo mangá de Raiku seria um grande sucesso, até por isso da obra recebeu muitas capas digitais (até capa física já recebeu) e páginas coloridas. Infelizmente o rendimento não foi tão alto quanto o esperado. Seu primeiro volume conseguiu vender 30 mil cópias em 10 dias (supostamente por problemas de distribuição). Seu segundo volume foi melhor: 28 mil cópias em menos de sete dias. É bem possível que as vendas melhorem no terceiro volume. Esses resultados são aquém do que se esperava da obra, mas são suficientes para que Vector Ball continue seguro e com chances de se manter por um bom tempo na line-up.
Página Colorida: Doctor Strange – Episode 0 (One-shot) |
Na décima terceira posição está Yamada-kun to 7-nin no Majo, que mesmo não tendo alcançado um sucesso mais amplo com o anime que recebeu em 2015 ao menos consegue manter um resultado satisfatório nas vendas de seus volumes. Em décimo quarto está Acma:Game. Dos mangás estáveis da line-up Acma:Game é um dos que menos vende bem (em menos de uma semana o mangá vende 28 mil cópias). Esses números podem não ser elevados mas também não atrapalham em nada a permanência do mangá na revista. Aliás Acma:Game vai completar quatro anos de publicação em 2017 e parece que não entrará em situação de risco tão cedo. Aliás, se dependendo de si Acma:Game já consegue se manter, imagina dependendo dos novatos, já que muitos mangás que estrearam esse ano fracassaram e os que ainda estão sendo publicados (Vector Ball e Hoshino、Me o Tsubutte。) não vendem bastante. Só Fumetsu mesmo que tem boas chances de salvar o ano (mas só saberemos se conseguirá ano que vem).
O mangá de futebol Area no Kishi ficou na décima quinta posição. Se tem um mangá que faz parte do limbo do esquecimento da Shonen Magazine esse mangá é Area no Kishi, que infelizmente não conseguiu expandir seu sucesso através de seu anime, lançado em 2012. Mas, na Shonen Magazine, até que o limbo do esquecimento não é tão terrível… Area no Kishi mantém boas vendas (por volta de 120 mil cópias por volume) e de vez em quando ganha páginas coloridas (embora isso não seja muito frequente). Os editores vão manter a obra enquanto as vendas continuarem satisfatórias e por ora a obra só será finalizada quando for vontade do autor e do desenhista.
O décimo sexto lugar, na porta do bottom, ficou para Real Account, mangá que veio pra Shonen Magazine transferido da Bessatsu Shonen Magazine ano passado. O mangá consegue vender em até sete dias por volta de 36 mil cópias por volume. Não é um número muito elevado mas é satisfatório para que os autores mantenham o mangá, que segue com boa recepção. Abrindo o bottom na 17ª posição está o mangá de basquete Ahiru no Sora, que continua vendendo acima de 200 mil cópias por volume mesmo sem nunca ter ganho anime, drama de TV, filme live-action, dentre outras mídias. A obra já tem mais de dez anos de publicação e vem passando por muitas pausas, mas continua com um alto nível de popularidade.
Na décima oitava colocação está Mononote ~Edo Shinobi Kagyou~. O autor de Mononote, Reiji Miyajima, é o mesmo responsável pela arte de AKB49~Renai Kinshi Jourei, mangá com roteiro de Motoazabu Factory (sim, esse é o nome artístico do roteirista) que foi finalizado (naturalmente) em fevereiro de 2016. Miyajima dessa vez tentou sozinho alcançar o sucesso como Mononote, mas parece que o mangá, que se passa na época em que o Japão ainda era chamado de Edo, não está tendo uma recepção das mais calorosas e pode estar correndo. Um dos fatores que pode ter prejudicado Mononote foi o lançamento de um outro novato com a mesma temática poucas edições antes: Kono Ken ga Tsuki o Kiru, esse já cancelado/transferido para a Magazine Pocket.
Em décimo nono está Fullback, mangá de rúgbi novato que pelo visto fracassou. Embora tenha sido explicado anteriormente que é comum um mangá estável na revista pegar posições baixas na ordem de leitura, o mesmo não se aplica a um novato. Fullback, desde que foi ranqueado, não sai do bottom. A obra provavelmente será cancelada em poucas edições.
Kamisama no Iuutori Ni, que está em vigésimo, recentemente teve seu fim anunciado. A obra terá só mais cinco capítulos de publicação. O último capítulo será lançado na edição #04-05 da Weekly Shonen Magazine de 2017, cujo lançamento está previsto para 28 de dezembro. Iutoori Ni é uma obra com um bom rendimento (vende em média quase 150 mil cópias por volume). Considerando a dificuldade da Magazine em achar novatos com rendimento acima de 100 mil cópias por volume esse ano Kamisama é uma perda que a Magazine terá problemas em repor com um mangá com rentabilidade similar (a situação será menos complicada se Fumetsu no Anata e conseguir ótimas vendas no lançamento dos primeiros volumes).
Na vigésima primeira colocação, pra fechar a revista, está o gag mangá Tsurezure Children. Não é incomum ver Tsurezure fechando a revista, embora ele não seja designado especialmente para isso, pelo menos não como Isobe Isobee Monogatari é para a Shonen Jump e Sunday Hikagaku Kenkyujo é pra Shonen Sunday. Quanto à situação do mangá, ela segue positiva. Em uma semana Tsurezure vende em torno de 30 mil cópias por volume, um número satisfatório para um mangá de comédia de poucas páginas por capítulo.
Bem, assim termina a análise da edição #52.
Até a próxima.