O ano comercial da Shonen Jump está terminando, e um mangá esse ano conseguiu roubar a coroa de “ONE PIECE”, sim, estou comentando justamente de Boku no Hero Academia, que mesmo tendo uma popularidade infinitamente menor, conseguiu ter um desempenho na TOC bem superior ao seu colega de revista e estilo. Vamos ao TOC:
TOC Weekly Shonen Jump #45:
Ibitsu no Amalgam (Capa e Pagina Colorida de Abertura – Nova Série)
01 – Boku no Hero Academia
02 – One Piece
Haikyuu!! (Pagina Colorida)
03 – Black Clover
04 – Gintama
Samon-kun wa Summoner (Pagina Colorida, Aniversário de 1 Ano)
05 – Hinomaru Zumou
06 – Shokugeki no Souma
Yakusoku no Neverland (Pagina Colorida)
07 – Yuragi-sou no Yuuna-san
08 – Kimetsu no Yaiba
Red Sprite (Capítulo 07, Pré-Rank)
09 – Sesuji wo Pin! to
10 – PSI Kusuo Saiki
11 – Love Rush! (Primeiro Rank)
12 – World Trigger
13 – Toriko
Isobe Isobee Monogatari
Prévia WSJ #46
Capa e Página Colorida de Abertura: Spring Weapon Number One (Nova Série)
Página Colorida: Hinomaru Zumou e Ibtsu no Amalgam
Começando pelos mangás não ranqueados, tivemos como abertura da revista a nova série “Ibitsu no Amalgam”, a nova série do autor de Mitsukubi Condor – Parece que o mesmo adotou um traço bem mais comercial para essa série, deixando de lado o seu traço que para muitos, era bem “único”. Vejamos se essa segunda série conseguirá se tornar um sucesso, ou se acontecerá o que aconteceu com “Best Blue” que conseguiu afastar todos os admiradores que o autor conquistou com “Shinmai Fukei Kiruko-San”. Eu realmente espero que essa nova série consiga se firmar na revista (mas que se firme por estar vendendo bem).
Também tivemos algumas páginas coloridas, incluindo a tão decepcionante página colorida de “Samon-Kun wa Summoner”. Motivo? É bem simples, para quem esperava que a série ganhasse uma capa em seu aniversário, vê-la ganhando somente uma página colorida é muito decepcionante. Isso demonstra como os editores não acreditam mais no potencial comercial da série, mesmo com os elogios recebidos pelo diretor de Gintama. È também importante comentar sobre a posição de “Red Sprite”, que provavelmente se tornará o segundo fracasso da leva anterior. O mangá não conseguiu conquistar o público japonês e provavelmente será sacrificado juntamente a Love Rush, que essa semana também foi classificado em uma colocação baixa.
Chegando ao TOC, tivemos em primeiro lugar Boku no Hero Academia, que será lançado bimestralmente no Brasil pela JBC – É muito importante ver a série alcançando os mercados internacionais, isso demonstra como o mangá tem um grande potencial comercial. Sim, a Shonen Jump se importa MUITO mais com o mercado nacional (japonês), mas ver uma série fazendo sucesso pelo mundo, também trás uma boa receita para a Shueisha, já que conseguem lucrar com as vendas dos direitos da série. Por isso, o lançamento de Boku no Hero Academia no Brasil não é bom somente para a JBC ou para os leitores da série, mas também para a Shueisha e a Shonen Jump, que conseguem lucrar bastante com as vendas dos direitos.
Talvez seja justamente por esse motivo que a série vem conseguindo superar ONE PIECE na TOC, mesmo tendo uma popularidade bem menor – Aliás, ONE PIECE ficou na segunda colocação essa semana – Esse ano, Boku no Hero Academia ficou na primeira colocação mais vezes que a série de piratas, isso porque, com o lançamento do anime, os editores se sentiram na obrigação de fazer uma grande publicidade em relação à série, e coloca-lo no segundo lugar mais alto da revista, logo após o mangá que recebeu a capa, aumentava a sua visibilidade. Sejamos sinceros, nenhuma empresa compraria os direitos de Boku no Hero Academia por causa de boas posições na TOC, antes de comprar os direitos da série, a JBC provavelmente fez uma grande pesquisa de mercado para saber quanto seria lucrativo (e mesmo quando o lucro é óbvio), mas essas boas posições ajudam a série a ter mais visibilidade, o que pode aumentar sua popularidade (e assim o seu apelo comercial).
Em terceiro lugar tivemos Black Clover que está com um bom alcance no mercado japonês, porém ao mesmo tempo, me preocupa um pouco a sua situação – Tem séries que não conseguem ter um aumento de popularidade após o anime, pois o seu mangá é já bem conhecido pelo público. Vimos isso acontecendo com Ansatsu Kyoushitsu, por exemplo. Black Clover não parece estar no mesmo patamar, mesmo tendo várias pessoas odiando a série, o seu baixo número de vendas, demonstra que realmente tem muita gente que não conhece ou por algum motivo desconhecido, decidiu simplesmente não dar uma chance para o mangá – Por isso, sim, o anime caso tenha uma boa qualidade, pode dar um grande “boost” de vendas para a série. A possibilidade do mangá já ter alcançado o seu máximo de vendas, chega a me preocupar um pouco, mas analisando a situação com calma, se percebe que o mangá ainda tem potencial para aumentar de vendas, mesmo que seja realmente difícil fazê-lo superar a marca de 500 mil cópias.
Em quarto lugar tivemos Gintama, que como todo mundo sabe está chegando ao seu fim, mas ainda tem vários materiais a serem lançados nossos próximos meses: A mais nova temporada do anime, que deve ser também a última, e o live-action que foi anunciado alguns meses atrás, e chegará aos cinemas em 2018. Gintama pode não parecer, mas é um produto muito lucrativo, que a Shonen Jump em nenhum momento largou a mão, continuou dando publicidade, mesmo que não entregasse altas posições na TOC. Encontrar uma comédia que terá o mesmo apelo comercial que Gintama é uma tarefa muito complicada, principalmente se levarmos em conta que nenhum dos mangás presente na revista tem a capacidade de substitui-lo, nem mesmo Samon-Kun wa Summoner que há uma boa popularidade interna. Pelo menos, provavelmente dará ainda um bom lucro para a Shueisha, mesmo quando for encerrada – O live-action mesmo, provavelmente será um grande sucesso comercial.
Em quinto lugar tivemos Hinomaru Zumou, que após duas semanas em colocações ruins, retornou a ser classificado em uma colocação alta, e próxima semana receberá uma bela página colorida – Como eu disse nas análises anteriores, as posições baixas eram simplesmente temporárias, e a série não corria nenhum risco de cancelamento. Já vimos anteriormente o mangá ter essa pequena queda de posições, e pode acontecer outras vezes no futuro, mas isso não signifique, de modo algum, que mangá realmente esteja correndo algum risco de cancelamento. Os editores claramente preferem cancelar: Sesuji wo Pin! to, Samon-Kun wa Summoner e Kimetsu no Yaiba, antes de cancelarem Hinomaru Zumou, mesmo a série de sumô vendendo praticamente o mesmo que os outros três mangás. Não digo que Zumou durará para sempre, só que ainda passa longe de ser a prioridade de cancelamento do grupo editorial da revista. Em sexto lugar tivemos Shokugeki no Souma que deu uma pequena escorregada, mas se encontra muito seguro.
Em sétimo lugar tivemos Yuragi-Sou no Yuuna-San, que com o terceiro volume alcançou a marca de 500 mil cópias impressas, um número interessante para a série (que no volume dois deve ter tido 150 mil cópias impressas, e no volume três 200 mil cópias, mostrando que os editores estão ao pouco aumentando as impressões por volume da série). E pelo que estou vendo, a decisão foi justa, pois realmente o terceiro volume já deve estar vendendo mais que o segundo volume. A série ainda não conseguiu superar “Black Clover”, e talvez nunca consiga, mas pelo menos já conseguiu alcançar vendas mais altas que séries como: Sesuji wo Pin! to, Hinomaru Zumou, e até mesmo PSI Kusuo Saiki. Os resultados alcançados por Yuragi-Sou no Yuuna-San são muitos bons, e os editores devem estar comemorando, principalmente pela série ser o primeiro “ecchi” de sucesso dessa decada, todas as tentativas até agora, tinham resultado em grandíssimos fracassos. Espero que o próximo volume, o número quatro, venda ainda mais. A Shonen Jump, e também a Shueisha, precisa continuar mostrando aos leitores, que são capazes de produzir novos sucessos.
Em oitavo lugar tivemos Kimetsu no Yaiba, que também lançou o seu terceiro volume, e mesmo que tenha também tido um aumento de vendas, parece que ainda não alcançou um nível bom o suficiente para merecer ser renovado. O terceiro volume continuou vendendo menos que Sesuji wo Pin! to e Samon-Kun wa Summoner, e parece que vai ter vendas parecidos com “Fire Punch”, uma obra lançada na Jump Plus. Os números do mangá são simplesmente inaceitáveis, e os editores deveriam cancelar o mangá, no meu ponto de vista. Eu guardo uma grande simpatia pela obra, e acredite, se a revista não tivesse tanto mangás que vendesse pouco, eu concordaria em manter-lo na revista, mas levando em conta a situação atual da Weekly Shonen Jump, para mim, a decisão justa a ser tomada é o seu cancelamento já na próxima leva (Eu cancelaria: Love Rush, Red Sprite e Kimetsu no Yaiba). Espero que após o péssimo resultado do terceiro volume, o grupo editorial tenha aberto os olhos.
Em nono lugar tivemos Sesuji wo Pin! to que também lançou nessa semana o seu mais novo volume (número sete). Então, a série conseguiu se firmar como a que melhor vende entre as “coitadas” (Lembrando que o grupo é atualmente composto por: Sesuji wo Pin! to, Samon-Kun wa Summoner, Hinomaru Zumou e Kimetsu no Yaiba, listei os mangás em ordem de venda), mas ao mesmo tempo esse título não valerá nada, pois primeiramente, a diferença entre as séries é realmente insignificante, e o segundo ponto, e mais importante, quando o assunto é esses quatro mangá, os editores levam em consideração mais a popularidade interna dessas obras, e pelo que parece, Sesuji wo Pin! to é o mangá que atualmente tem a pior recepção, por isso, o mangá continuará como a prioridade de cancelamento do grupo editorial. A única salvação de Sesuji wo Pin! to, pode ser uma mudança de visão dos editores em relação a Kimetsu no Yaiba, que com as vendas baixas do seu terceiro volume, pode ser escolhido pelos editores como próxima vítima da “foice do cancelamento”.
Em décimo lugar tivemos PSI Kusuo Saiki, que trouxe essa semana uma boa notícia, o seu anime não durará somente 13 episódios, e sim 24 episódios, sendo transmitido até dezembro desse ano, porém, juntamente com essa boa notícia, tivemos uma bem negativa: O anime não teve nenhum impacto nas vendas dos volumes da série, e provavelmente continuará não tendo, pois após os treze primeiros episódios, é quase impossível que os novos episódios causem um “boost” nas vendas. Após esse péssimo resultado, a série ainda não corre risco de ser cancelada, pois suas vendas e popularidades na revista são maiores que muitas outras séries ainda ativas, mas infelizmente não devemos esperar mais nenhum apoio por parte dos editores, que devem deixar a série no “limbo do esquecimento”. PSI Kusuo Saiki talvez ganhará uma capa no seu aniversário, nas edições restantes, talvez não chegue nem a ganhar uma página colorida. A possibilidade do anime ter uma segunda temporada também é baixíssima, eu diria quase nula (mas a esperança é a última a morrer, por isso, enquanto ainda tiver uma pequena possibilidade, eu estaria torcendo para essa segunda temporada acontecer).
Em décimo primeiro lugar tivemos LOVE RUSH, que teve o seu primeiro rank, e serei direto: O mangá será cancelado. A recepção da série não foi péssima, é importante deixar isso claro, mas também não foi nada de especial. Somente uma pequena parte realmente se apaixonou pela série; A grande maioria achou ela simplesmente “mediana”, e alguns outros simplesmente detestaram e abandonaram desde o primeiro capítulo (como eu havia comentando quando a série foi lançada). Os editores devem esperar somente a próxima leva para cancelar a série, o que deve demorar entre 2 à 4 meses. Os outros dois mangás que devem acompanhar a série são justamente Red Sprite e Sesuji wo Pin! to (esse segundo ainda tem chances de sobreviver ao cancelamento). Nas duas últimas posições tivemos respectivamente World Trigger e Toriko, que por mais que tenham sido mal classificados, não tem nenhuma chances de serem cancelados. Aliás, um outro ponto que pode acabar salvando Sesuji wo Pin! to é o encerramento natural de Toriko, mas sinceramente, espero que a série não acabe já na próxima leva, estou esperando que dure por mais alguns outros meses.