Juntamente com a chegada da Shinma GP (que seria a Golden Future Cup da Young Jump), a competição dentro da revista ficou ainda mais acirrada, justamente por causa da inconscientes na TOC – Parece que os editores não sabem exatamente quais mangás cancelarem, por isso, muitos podem estar correndo certo risco nos próximos meses. Não vamos perder mais muito tempo, vamos à análise:
Weekly Young Jump #34 (21/07/2016) Kaguya-sama wa Kokurasetai (Página Coloridas de Abertura) 01 – Kingdom 02 – Tokyo Ghoul:re Yuizaki-san wa Nageru! (Capítulo 03) 03 – Bungo 04 – Youkai Shoujo Mogusa-san wa Shokuyoku to Tatakau (Capítulo 04) 05 – Usogui Golden Kamuy (Página Colorida) 06 – Himouto! Umaru-chan 07 – Riku-dou 08 – Minamoto-kun Monogatari Kanojo no Hontou (Página Colorida, Segundo Participante da Shinma GP) 09 – Shiratama-kun Reserve Land (One Shot, Página Colorida) 10 – Motoyan 11 – Gunjou Senki 12 – Kimi to 100-kai Me no Koi 13 – Premax 14 – Keppeki Danshi! Aoyama-kun Ausentes: Terra Formars, Ginga Eiyuu Densetsu, Kimi wa Midara na Boku no Joou e Real. Weekly Young Jump #35 (04/08/206) Chiyo (Página Colorida de Abertura, Prólogo) 01 – Tokyo Ghoul:re 02 – Kingdom 03 – Bungo 04 – Terra Formars 05 – Golden Kamuy Mogusa-san wa Shokuyoku to Tatakau (Capítulo 05) Ginga Eiyuu Densetsu (Página Colorida) Yuizaki-san wa Nageru! (Capítulo 04) 06 – Riku-dou 07 – Kaguya-sama wa Kokurasetai 08 – Himouto! Umaru-chan Yudamari Memory Glass (Página Colorida, Terceiro Participante da Shinma GP) 09 – Youkai Shoujo 10 – Usogui Uchuu Zamurai Karabuki Kenzan! de Sugito Akira (Página Colorida, One Shot do criador de Boku Girl) 11 – Shiratama-kun 12 – Gunjou Senki 13 – Minamoto-kun Monogatari 14 – Keppeki Danshi! Aoyama-kun 15 – Premax Ausentes: Motoyan, Kimi to 100-kai Me no Koi, Kimi wa Midara na Boku no Joou e Real
Prévia da Weekly Young Jump #36 Página Colorida de Abertura: Uratarou de Nakayama Atsushi (Nova Série) Página Colorida: Bungo e Yuizaki-san wa Nageru! Capitulo Especial: Saihate Drive
Começando pelos mangás não ranqueados, na edição #35 tivemos o prologo de “Chiyo” que tem tudo para se tornar uma nova série da revista. Também tivemos páginas coloridas para dois One Shot’s, um que é o terceiro concorrente da Shimna GP, e outro que é um novo projeto do autor Boku Girl – Provavelmente muitas pessoas estão ansiosos por esse novo projeto, deste modo o número de leitores desse segundo One Shot tem chances de serem bem grandes. Por fim, também tivemos página colorida para Ginga Eiyuu Densestsu, que voltou a revista a alguns meses atrás e demonstrou que consegue ainda atrair novos leitores, mesmo sendo um mangá bem antigo.
Em primeiro lugar no TOC tivemos Tokyo Ghoul:re, que esta semana conseguiu ficar acima de Kingdom, um acontecendo muito raro, principalmente se levarmos em conta que Kingdom estava lançando o seu novo volume. Atualmente os editores vem classificando cada vez menos Kingdom na primeira colocação, o que vai de contra-mão a sua popularidade crescente. Chega a ser contraditório pensar que quando a série estava com suas vendas estáveis, os editores a classificavam sempre na primeira colocação. Quando as vendas começam a subir, deixam de classifica-lo no primeiro lugar todas as edições, e começam a dar a oportunidade de outras séries ficarem, esporadicamente, também no topo da TOC. De qualquer, ficar em segundos algumas semanas não irá prejudicar Kingdom de modo algum, a série continua popular e é provavelmente a mais amada entre os leitores da revista. Então, mesmo essa semana não tendo ficado em primeiro lugar, o número de leitores de modo algum irá diminuir, e também não significa que os editores confiam menos no mangá, somente devem ter decidido que valia a pena dar a oportunidade também aos demais mangás extremamente populares da revista. Vamos ser sincero, era um pouco injusto Terra Formars e Tokyo Ghoul:re quando nunca ficarem em primeiro lugar.
Em terceiro lugar tivemos uma grata surpresa, Bungo foi realçado pelos editores e conseguiu pegar uma medalha de bronze. O mangá deve estar passando por uma sequência de capítulos muito importante, por isso os editores devem estar dando um destaque maior. Lembrando que Bungo é o único mangá de esporte coletivo da revista (Sim, temos Real, mas a obra é lançada de maneira inconsistente), deste modo, mesmo o mangá não vendendo muito bem, tem a importância de agradar os leitores que gostam de mangás de esporte coletivo (que são bem diferentes de obras de esporte individuais), e também dar uma pequena diversificação na revista. Bungo dificilmente alcançará a marca de 50 mil cópias antes do anime, por isso tem uma popularidade bem fraca, mas pelo menos consegue agradar o público leitor da revista. Em quarto lugar tivemos Terra Formars, que por um tempo foi prometido como o novo “Gantz”, mas acabou não alcançando o mesmo “status” da série de Hiroya Oku. Terra Formars pode até vender bem, mas a popularidade de “Gantz” no mundo foi estrondosa, e mesmo com um anime de péssima qualidade, conseguiu fazer que o mangá marcasse uma geração, e apresentasse a Young Jump ao público ocidental (Podemos considerar “Gantz” junto com Kingdom, o mangá mais importante que já foi lançado na revista). De qualquer modo, mesmo não alcançando a popularidade prometida, Terra Formars é uma série de sucesso e não corre risco algum de cancelamento.
Em quinto lugar tivemos Golden Kamuy que, por mais não prometa se tornar um sucesso como “Gantz” e marcar gerações, tem um grande peso nas costas. Os editores acreditam que a obra tem potencial de se tornar um dos futuros pilares da revista, conseguindo superar a marca de 500 mil cópias por volume. É por isso que está dando o mesmo tratamento que dão à Kingdom, Tokyo Ghoul e Terra Formars – Ainda é cedo para dizer se o mangá realmente alcançará este patamar, devemos esperar para ver como será a popularidade do seu anime, contudo, o fato das suas vendas estarem aumentando cada volume, e a obra estar ganhando muitos prêmios, mês após mês, nos enche de esperanças. Acredito que uma das melhores opções para Golden Kamuy seria justamente a Netflix, que vem entregando animações bem interessantes, e vem adaptando de maneira fiel vários seinens da atualidade – O único problema é que os animes da Netflix tendem a não ser um grande sucesso entre o público japonês, o que pode acabar inviabilizando esta adaptação. O problema, é que caso decidam escolher um estúdio japonês medíocre, as chances da obra ser picotada em vários pedaços e mal adaptada, é muito grande. Vimos várias obras da revista sendo destruídas por estúdios que não sabem como entregar uma adaptação de uma obra seinen. A situação de Golden Kamuy é muito complicada, mas espero que os editores demonstrem que aprenderam com os erros do passado, e consigam achar um estúdio competente para adaptar a obra.
Em sexto lugar tivemos o nosso querido mangá de boxe, Riku-dou que mesmo vendendo mal, consegue manter um bom rendimento da revista – A Young Jump pode ser uma das revistas seinens que mais vendem atualmente, mas em termos de vendas de “volumes individuais”, tende a não ter vendas realmente altas, por isso mangás que não conseguem entrar no TOP 50 do Ranking Oricon são constantemente mantidos na revista, e conseguem até a ter um bom tratamento: Riku-dou e Bungo são dois grandes exemplos. O mangá deve vender muito mal para acabar sendo cancelado na revista. E quando digo muito mal, é realmente vender abaixo das 10 mil cópias, que é uma quantidade inaceitável para uma obra que é lançada em uma revista que vende mais de 500 mil cópias semanais. Em sétimo lugar tivemos Kaguya-Sama wa Kokurasetai, que parece estar em uma situação muito confortável na revista. Na edição #34 os editores deram a oportunidade do mangá abrir a revista, o que demonstra que a recepção do mangá está realmente boa e está sendo o suficiente para os editores acreditam que a obra possa ser um mangá relevante na revista. Eu dúvido que Kaguya-Sama acabe se tornando um grandíssimo sucesso, pois por mais que o público esteja gostando do mangá, poucos leitores estão realmente “hypando” a obra, como fizeram com Golden Kamuy, por exemplo. Mas, não é porque o mangá não esteja sendo ovacionado por todo mundo, que irá acabar sendo cancelado. Se o público estiver gostando, acredito que os editores manterão a obra dentro da revista. Em oitavo lugar tivemos Himouto! Umaru-Chan que continua tranquilo na revista, o anime realmente realçou a obra a uma posição extremamente confortável.
Em nono lugar tivemos Youkai Shoujo, que como comentei nas análises passadas, acredito que seja realmente próximo de ganhar um anime, já que a obra vende muito bem e já tem os números de capítulo suficiente para poderem adaptar por uma temporada inteira. Outro ponto que fortalece a obra é justamente o seu “ecchi”. Muitos estúdios de anime tendem a preferirem pegar obras ecchi que tenham um desses dois elementos (ou os dois elementos): comédia ou ação desenfreada. São poucos os estúdios que optam por um ecchi puro, como é o caso de Minamoto-Kun Monogatari. Youkai Shoujo pode não ser uma obra de ação desenfreada com garotas semi-nuas, contudo os leitores consideram o mangá uma ótima comédia que tem vários picos de ação realmente divertidos de se ler. Eu ainda não entendo o motivo por qual nenhum estúdio decidiu adaptar a obra, mas acredito que até o primeiro semestre de 2017, teremos um anúncio relacionado ao anime da série. Em décimo lugar tivemos Usogui que mantém o seu rendimento estável e mediano. Sejamos sinceros, todo mundo sabe que a série nunca conseguirá ter uma versão em anime (após 40 volumes, as possibilidades para uma série que vende menos de 150 mil cópias por volume, são realmente baixas), mas mesmo assim, a obra consegue agradar muitos leitores e vende mais que muitas outras séries da revista, como Bungo, Rikudou, Gunjou Senki e outros mangás. Deste modo, não vejo motivo algum para os editores cancelarem o veterano Usogui, teriam que cancelar várias outras obras menos populares e com vendas menores primeiro.
Em décimo primeiro lugar tivemos a comédia simples sobre um gatinho, Shiramata-Kun, que também está seguro na revista, pois agrada o público e serve como uma ótima obra para relaxar. Não é por que a revista é voltada para o público acima de 25 anos, que um pouco de fofura não seja bem aceita. Em décimo lugar tivemos Gunjou Senki que nessas últimas semanas vem sendo classificado em uma colocação um pouco mais baixa do seu “comum”, o que pode significar uma mudança de status na série. Os editores podem ter começado a perceber que não vale a pena manter a obra por muito tempo, assim começaram a classifica-la em colocações mais inseguras – Posições que significam que a série não é um cancelamento certo, mas caso continue tendo uma queda de popularidade ou mesmo não corresponda mais com as expectativas dos editores pode acabar sendo encerrada precocemente – Gunjou Senki para muitos é um mangá desnecessário na revista, mas acredito que mesmo entregando uma violência gráfica mal elaborada, conseguiu conquistar um bom grupo de leitores e merece um minimo de respeito. Vejamos qual será o futuro dessa série, que por muito tempo, teve um grandíssimo apoio editorial. Isso mesmo que você leu, caso seja um novo leitor da Young Jump, não deve saber, mas Gunjou Senki por um longo período era classificado em posições relativamente altas (podemos compara-lo a Riku-dou), e chegou a ganhar um crossover com Terra Formars. Contudo, todas as tentativas de aumento de popularidade acabaram fracassando, e aos poucos os editores foram desistindo essa obra, que por muito tempo, consideraram muito, mas muito, promissora.
Em décimo terceiro lugar tivemos Minamoto-Kun Monogatari que esta semana foi classificado em uma posição realmente baixa, mas acredito que não deve estar correndo risco de cancelamento. A popularidade da obra é alta o suficiente para os editores nem cogitarem o seu cancelamento, aliás, tem outro fator que não faz muito viável cancelarem a série: O mangá tem pouquíssimas páginas por capítulo, deste modo, só valeria a pena substituir-lo por uma comédia curta, que provavelmente venderia menos e teria uma popularidade muito menor, já que Minamoto-Kun é um grandíssimo sucesso para um mangá que tem menos de 10 páginas por capítulo. Os editores respeitam muito a obra, e só devem ter classificado entre os últimos por causa de um capítulo medíocre que consideraram medíocre, desinteressante ou com pouquíssimo conteúdo. Provavelmente, quem acabará sendo cancelado são dois últimos colocados, Keppeki Danshi! Aoyama-Kun e Premax, respectivamente. As duas obras estão vendendo extremamente mal, e mesmo Premax sendo escrito e desenhado por um autor veterano e respeitável, não justifica mantê-lo na revista. Acredito que os editores tentaram o máximo fazer essas duas obras terem vendas razoáveis, dando várias páginas coloridas e muita publicidade, mas infelizmente faliram, as duas obras continuaram vendendo mal. Agora o destino deles está decidido e provavelmente será o cancelamento na próxima leva, que pode chegar a qualquer momento (talvez até na próxima edição, já que teremos uma nova série).