Em quarto lugar tivemos Black Clover que vendeu 78 mil cópias no seu sétimo volume. As vendas da série continuam subir lentamente, mas como eu disse nas análises passadas, a série só terá um outro grande “boost” de vendas quando for lançado o seu anime. É interessante perceber que os editores, mesmo dando várias páginas coloridas para a série, tendem a dar poucas capas, isto porque ainda não acreditam que a série tem força comercial para sustentar tal posição – O mangá tem um POTENCIAL gigantesco, mas atualmente vende tão bem quanto Psyren vendia, por exemplo, por isso, passa longe de ser uma obra popular o suficiente para conseguir suportar a carga comercial que uma capa tem. Lembre-se sempre que a característica principal da capa é vender a revista como um todo. Mostrar na capa séries populares faz com que muitas pessoas comprem o produto, mostrar novas séries faz com muitos fiquem curiosos em ler esse novo produto, que no caso, ninguém ainda leu, e por fim tem as capas de aniversário que são atrativas, por serem vendidas como uma capa de um momento especial. Em quinto lugar tivemos World Trigger que conquistou uma ótima posição, não é realmente um TOP 5, pois essa semana tivemos bem mais obras não classificadas entre os cinco primeiros colocados (no caso, quatro obras, quando normalmente é somente uma ou duas, mas de qualquer modo foi uma ótima colocação.
Em sexto lugar tivemos uma grata surpresa, Kochikame deu um grandíssimo pulo do gato, e conquistou uma posição realmente alta para os padrões atuais da série, mas o motivo dessa sexta colocação é bem simples. A série está completando incríveis quarenta anos de vida, e ao mesmo tempo lançará o seu volume número 200, por isso a Shonen Jump está preparando um grande evento para mangá: Vários autores desenharam os personagens da série, o anime irá retornar muito em breve, e muitas outras coisas. KochiKame não é nada mais que o mangá mais longo da história (em termo de capítulos e volumes), por isso tem uma importância enorme para o mercado dos mangás, mesmo que atualmente suas vendas não sejam enormes como era antigamente – Esse aniversário ajudará a série recuperar a popularidade que tinha a alguns anos atrás, principalmente nos anos 90 e começa dos 2000, que podemos dizer que a série alcançou seu auge de popularidade. Atualmente o mangá luta para conseguir alcançar a marca de 50 mil cópias (que não são números ruins para uma comédia que tem 40 anos de vida), quem sabe, com o aniversário consiga voltar a vender cerca de 150 mil à 200 mil cópias por volume. Vida longa à KochiKame!
Em sétimo lugar tivemos Kimetsu no Yaiba que lançou o seu segundo volume e vendeu cerca de 16 mil cópias, uma quantidade que considero realmente decepcionante. O meu lado racional sempre dizia que a possibilidade de uma série que vendia mais ou menos 15 mil cópias nos primeiros dias do primeiro volume, ter um aumento de vendas era realmente baixa, mas como os editores tinham prolongado a venda da série, só nos restava torcer para que o mangá tivesse um aumento de vendas, mas infelizmente isto não aconteceu. Podemos dizer que a série teve praticamente o mesmo rendimento do volume anterior, e tem uma popularidade quase igual ao já cancelado, Mononofu. Os editores não tem nenhum motivo para manter a série na revista, o destino de Kimetsu no Yaiba deve ser o cancelamento, talvez mantenham a série por mais uma leva (para mim uma decisão incorreta), mas cedo ou tarde, o mangá deverá ser cancelado. Em oitavo lugar tivemos uma obra que está merecendo ficar na revista, Yuragi-Sou no Yuuna-San vendeu 64 mil cópias no seu segundo volume, um resultado superior aquele alcançado pelo segundo volume de Black Clover. O mangá vem demonstrando ter vendas realmente boas, e mesmo não sendo monstruosas, para o padrão das novas séries da revista, são boas. A tendência é que a série alcance já neste volume a marca de 100 mil cópias, e nos próximos consiga superar Black Clover. Yuragi-Sou no Yuuna-San está demonstrando que mangás de ecchi ainda podem dar certo na revista.
Em nono lugar tivemos Shokugeki no Souma que está voltando a ser classificado em posição intermediárias. Parece que este é o novo status da série: Uma sequência de capítulos entre os primeiros, para depois ter uma longa sequência nas posições mais intermediárias. É bom, mas não deixa de ser um “status” abaixo do que a série era anteriormente; um mangá que fica constantemente entre os primeiros colocados. Em décimo lugar tivemos Samon-Kun wa Summoner que por mais que tenha sido classificado em posição intermediárias para ruins, não corre risco de cancelamento. Talvez quem esteja em uma situação um pouco desconfortável, é Sesuji wo Pin! to que ficou na décima segunda colocação: O mangá vendeu cerca de 24 mil cópias em quatro dias no seu sexto volume, Para mim, é um número baixíssimo que não justifica a permanência da série na revista, contudo, ainda existem séries que vendem menos, por isso, os editores não tem razão alguma para cancelar o mangá atualmente, mas sabemos, não é porque não tem razão, que eles não podem fazer. Existe um risco real dos editores para dar mais tempo de vida para Kimetsu no Yaiba, decidam cancelar Sesuji wo Pin! to, uma decisão questionável, mas que pode ser tomada. Somente nas próximas semanas poderemos ter uma resposta concreta sobre esse caso, mas fiquem atentos, Sesuji wo Pin! to está correndo risco sérios de ser cancelado.
Em décimo segundo lugar tivemos Takuan to Batsu Nichijou Enma-Chan, que terá o seu primeiro volume lançado em setembro, e sinceramente deverá vender entre 8 a 14 mil cópias, dificilmente superando essa marca. Por isso, eu colocaria o mangá como um cancelamento certo na próxima leva, a dúvida é quais são os outros mangás que devem partir com a série: Sesuji wo Pin! to e Kimetsu no Yaiba podem acabar sendo cancelados. Também tem Toriko, que tem risco de ser encerrado naturalmente. Ainda não sabemos muito bem como será a próxima leva, mas de certo, Takuan to Batsu dançará. Em décimo terceiro lugar tivemos Saiki Kusuo no Psi-nan que novamente foi classificado em uma colocação baixa, mesmo tendo o anime em exibição. Provavelmente os editores já repararam que o anime não foi muito bem recebido e simplesmente estão desistindo de dar uma grande publicidade para série. Lembrando que era muito comum vermos PSI nas últimas colocações, o mangá era uma montanha russa ambulante, em algumas semanas ficavam em último, outras conseguia retornar as primeiras colocações. Por isso, não é que os editores estão punindo o mangá por não ter tido um bom anime, estão somente voltando a colocar-lo no “status” de alguns meses atrás.
Nas últimas duas colocações tivemos respectivamente Gintama e Toriko, que lançaram no começo do mês os seus novos volumes. Gintama vendeu aproximadamente 132 mil cópias, já que Toriko vendeu aproximadamente 110 mil cópias, ficando abaixo de Nisekoi (que foi encerrado na semana passada). Podemos dizer que as duas obras conseguiram estabilizar suas vendas, e mesmo não vendendo quantidades absurdas, são bons números. Por muito tempo acreditei que Toriko continuaria caindo em vendas, mas parece que finalmente o mangá encontrou uma estabilidade em vendas, após um longo período de queda – Isso não deve salvar a série do seu final eminente e muito menos deve fazer com que os editores classifiquem os mangás em colocações mais altas, a tendência é que a série se mantenha nas últimas colocações até o seu encerramento, mas pelo menos, ter vendas estáveis demonstra que essa última saga não está afastando mais os leitores. Aqueles que restaram, irão acompanhar o mangá até o seu fim. O mesmo vale para Gintama, que mesmo vendendo um pouco mais, também deve estar comemorando a sua estabilidade em vendas. É estranho ver tantas séries veteranas sendo encerradas, mas a Shonen Jump é feita de uma constante renovação.