TOC da Weekly Young Jump #24:
Usogui (Capa e Página Colorida de Abertura)
01 – Kingdom
02 – Golden Kamuy
03 – Terra Formars
04 – Tokyo Ghoul:re
05 – Himouto! Umaru-chan
06 – Riku-dou
07 – Youkai Shoujo
Motoyan (Página Colorida)
08 – Ginga Eiyuu Densetsu
09 – Kaguya-hime wa Kokurasetai
Chihaya-san wa Sonomama de Ii (Página Colorida, Capítulo Especial vindo da Jump SQ)
Ohmori Satisfaction (Capítulo Especial vindo da Jump SQ)
10 – Kimi to 100-kai Me no Koi
Boku Girl (Página Colorida, FIM)
11 – Shiratama-kun
12 – Minamoto-kun Monogatari
13 – Destroy and Revolution
14 – Keppeki Danshi! Aoyama-kun
100-nichi Kan!! (Capítulo Especial)
15 – Premax
16 – Gravuretry
Gunjou Senki (Ausente)
Bungo (Ausente)
TOC da Weekly Young Jump #25:
Ginga Eiyuu Densetsu (Página Colorida de Abertura)
Gravuretry (Ausente)
Para quem não conhece as minhas análise “duplas”, eu irei análisar o TOC #25, mas estarei sempre estarei recapitulando certos pontos do TOC #24. O que não será realmente um grande problema nesses dois TOC’s justamente porque muitas posições se repetira. Começando pelos mangás não ranqueados, quem acabou ganhando capa na edição #25 foi justamente Ginga Eiyuu Densetsu, que é um clássico da revista que retornou no ano passado. A série continua demonstrando que tem um público muito fiel e que também está agradando a nova geração, deste modo deve continuar sobrevivendo por muito tempo. Comentarei mais da série, nas classificações seguintes.
Nesta edição também tivemos página colorida para Riku-dou que mesmo não vendendo muito bem, continua recebendo um grande apoio editorial – O mangá de boxe já demonstrou que tem um grande apoio dos leitores da revista, por isso os editores não vem nenhuma necessidade de cancelar-lo. Podemos comparar a série a Hinomaru Zumou, mesmo que acredito que as vendas de Riku-dou sejam um pouco piores do que as do mangá de sumô lançado na Weekly Shonen Jump. Gunjou Senki, que ficou ausente na edição #24, recebeu uma página colorida esta semana, mesmo assim os editores preferiram classificar a série em uma posição bem baixa. A série chegou a receber muito apoio dos editores, mas após perceberam que a série não daria um grande retorno, a deixaram somente como um mangá de “meio de tabela”. Por fim tivemos vários capítulos especiais de mangás lançados em outras revista, com destaque a Kekkai Sensen que é lançada na Jump SQ.Crown e Chihaya-San, comédia muito promissora lançada na Jump SQ.
Chegando ao TOC válido, em primeiro lugar tivemos Kingdom que continua soberano na revista. Ano passado, após uma recomendação de um famoso, o mangá recebeu um grande “boost” de vendas e passou ser ainda mais importante para os editores. Kingdom sempre esteve em uma situação segura, ficando em quase todas as edições nas primeiras colocações, contudo alguns questionavam a sua soberania, pois Tokyo Ghoul:re e Terra Formars estavam vendendo muito mais que Kingdom. O argumento era (e ainda é) extremamente válido, contudo que tem um pequeno detalhe: Por mais que Kingdom venda menos que Tokyo Ghoul:re, por exemplo, o público leitor da revista tem uma preferência muito maior por Kingdom. Isto aconteça por um simples motivo: Tokyo Ghoul:re tem muitos leitores, que por mais que comprem o seus volumes, não tem algum interesse em comprar a Young Jump. Deste modo, os editores tem uma preferência em dar um destaque maior para Kingdom, do que para Tokyo Ghoul:re. Já no caso de Terra Formars, podemos dizer que atualmente a serie simplesmente não vende mais que Kingdom, mesmo tendo lançado a segunda temporada do seu anime e um filme este ano.
Em segundo lugar tivemos Golden Kamuy que já não podemos considerar mais uma “surpresa”, e sim um claro sucesso e com um grande potencial de se tornar um dos pilares da revista, roubando o lugar de “Terra Formars” – A série vem ganhando vários prêmios, e sendo simplesmente amado pelos críticos. Essas premiações estão lentamente aumentando a popularidade da série, que atualmente já consegue vender mais de 200 mil cópias em um mês, e acredito que ainda aumentará um pouco nos próximos meses, podendo chegar até 250 à 300 mil antes que tenha uma versão em anime. O problema é que a Young Jump tradicionalmente entrega péssima adaptações em anime, mesmo que a de Gantz e Tokyo Ghoul, mesmo tendo uma adaptação de péssima qualidade, conseguiram transformar se tornar um grande sucesso. Sinceramente, para mim Golden Kamuy não precisa obrigatoriamente entregar um anime realmente bom, estou esperando somente que consiga dar um grande boost na série, como aconteceu com o já citado mil vezes Tokyo Ghoul.
Logo após na terceira colocação tivemos Terra Formars que está perdendo espaço na revista, pouco a pouco. Muitos consideravam a série o novo “Gantz” quando foi lançada, pois entregava uma obra de ficção cientifica, com muita ação, muito sangue, muitas mortes e imprevisibilidade. Deste modo o mangá conseguiu alcançar grandes desempenhos em vendas antes mesmo de ser lançado o seu anime – Contudo, quando o anime foi lançado, aconteceu que a adaptação passou por vários problemas: De censura à qualidade da dublagem. E mesmo que muitos desses problemas foram corrigidos com o tempo, o anime em nenhum momento conseguiu convencer os espectadores, resultando deste modo em um “boost” praticamente nulo no mangá. O seu filme, mesmo que tenha tido uma recepção bem melhor, também não parece ter sido o suficiente para fazer a série se tornar um grande sucesso. A Young Jump deste modo se viu com uma grande decepção: Uma série que tinha tudo para se tornar um novo Shingeki no Kyojin acabou não trazendo tanto lucro quanto esperavam, e passou o título de “principal ícone da revista” para Tokyo Ghoul, que é atualmente o maior sucesso comercial da revista.
Tokyo Ghoul:re acabou ficando em quarto lugar e os editores preferem manter a série nessas posições, pois, por mais que seja o principal ícones da revista, parte dos seus leitores provavelmente não leem a revista. A série ainda é uma das mais populares dentro da revista, contudo, por não ser “a mais popular” os editores adotam uma estratégia diferente. Tokyo Ghoul, diferente dos demais da revista, consegue atrair um público bem mais abrangente. A Young Jump é destinada para leitores que variam entre 24 a 30 anos, contudo, Tokyo Ghoul consegue agradar muitos os leitores que tem entre 16 a 23 anos (leitores que normalmente gostam mais de revistas “Shounens”), além de agradar alguns leitores que são mais jovens ainda. Deste modo, esses leitores que não estão dentro do público alvo da revista acabam não comprando a revista, mas não significa que não comprarão no futuro. Por já conhecerem a revista por causa de séries como Tokyo Ghoul, as chances desses leitores passarem a comprar a revista quando forem público alvo é muito grande. Deste modo, vale muito a pena os editores manterem uma grande publicidade sobre Tokyo Ghoul. Podemos dizer que o mangá passou ser a vitrine para a Weekly Young Jump, além de dar muito dinheiro com as vendas de volumes, DVD’s, Blu-Rays, Budgets e etc.
Em quinto lugar tivemos Youkai Shoujo que pela sua idade pode estar muito próximo de receber um anime. Muitas revistas tendem a serem “desesperadas” quando encontram um novo mangá de sucesso, procurando deste modo lançar a sua versão em anime quando a série tem pouquíssimos episódios. O problema é que este desespero acaba fazendo que o grupo editorial junte toda a sua força para adaptar este novo sucesso e acabe esquecendo obras que vendem bem, mas não são “sucessos estrondosos”. Golden Kamuy é um exemplo de um sucesso estrondoso que os editores da Young Jump podem estar desesperados em busca de estúdio, já Youkai Shoujo não. A série, por mais que seja um dos ecchi’s de maior sucesso da revista e consiga entrar uma arte que seria facilmente adaptada para a televisão (por limpa e agradável), todos estes anos, não acredito que esteve no topo da lista de preferencia dos editores no quesito “adaptações televisivas”. Isto causou um pequeno atraso na sua adaptação, já que teoricamente o mangá tem idade para ter um anime (Acabou de completar três anos). De qualquer modo, como a série chegou aos seus três anos, os editores devem ter começado a se preocupar mais com a obra, pois todo nós sabemos que os “três anos” é a meia idade dos mangás, onde as obras começam a ter uma grande queda de vendas, entrar em crise. Não sabemos se Youkai Shoujo passará por esta crise, mas duvido que os editores decidam arriscar. Provavelmente devem já estar a procura de uma adaptação para série, e estou “pressentindo” que em breve teremos um anúncio.
Em sexto lugar tivemos BUNGO, série sobre beiseball que tem uma carga dramática séria, parece que vai se encontrando na mesma situação de “Riku-dou”, deste modo, uma série que por mais que seja popular dentro da revista, não esta conseguindo vender o suficiente para aparecer entre os 50 primeiros do Ranking Oricon. Logicamente, este desempenho é sempre uma péssima notícia, pois confirma que a série está passando longe de ser um grande sucesso e suas chances de ser adaptada para anime diminuem consideravelmente, contudo, os editores não são “malvados” sem coração. Se uma série está sendo muito bem recepcionada na revista, os editores a manterão o máximo possível. Tanto BUNGO quanto Riku-dou devem continuar vivos enquanto estiver séries menos populares dentro da revista que vendem menos ou somente um pouco mais. Atualmente os editores não vem nenhum motivo para cancelar estas duas obras, por mais que não vendam bem. Para aqueles que não entendem o motivo pelo qual séries populares dentro da revista vendem mal, isto acontece, porque os volumes individuais custam muito (quase o dobro de uma revista de mangás), deste modo, os japoneses só compram os volumes das séries que gostam muito (por isso querem colecionar) ou os volumes das séries que eles não leem a revista, por isso estão realmente comprando para conhecer o conteúdo do mangá, ler um material inédito. Séries que tem muitos simpatizantes, mas poucos fãs reais que dispõe a comprar os seus volumes ou mesmo séries que não conseguem chamar atenção dos não-leitores da revista, acabam vendendo mal, mesmo sendo bem recepcionados na revista.
As quatro primeiras posições foram idênticas, mas a partir da quinta começamos a ter pequenas mudanças. Entre o TOC #24 e #25, o primeiro mangá a sair perdendo foi claramente Himouto! Umaru-Chan que havia ficado em quinto lugar, mas neste último TOC caiu para a sétima colocação. A série após o seu anime conseguiu melhorar consideravelmente as suas vendas, e podemos considerar um grandíssimo sucesso, já que vende cerca de 200 mil cópias por volume, um número altíssimo para uma série que é uma comédia curta (Se uma comédia curta passa de 100 mil cópias já é um milagre que deve ser comemorado com fogos de artifícios). A situação do mangá está realmente muito segura na revista. Outro mangá que está bem seguro é a “amiguinha” de Himotou! Umaru-Chan, o famoso mangá Minamoto-Kun Monogatari – Eu digo que são amigos, porque são destinados ao mesmo público, que são adultos que gostam de mangás mais “ecchi” e as duas séries tem realmente poucas páginas por capítulo. Tirando estes dois pontos, as duas séries tem uma história e uma narrativa bem diferentes – Minamoto-Kun está seguro na revista, já que é muito popular, sendo inclusive o ecchi mais amado da revista. O seu único problema é mesmo a quantidade reduzida de páginas por capitulo (cerca de 8 a 12), reduzindo significativamente as suas chances de ganhar um anime. O milagre de Himotou! Umaru-Chan ter ganho um anime aconteceu pela série ser muito voltada a comédia, já Minamoto-Kun não. É bem possível que a série acabe sem ter alguma adaptação televisiva, infelizmente.
Logo após, na nona colocação tivemos Usogui que na edição passada recebeu capa e página colorida de abertura – A Young Jump tende a dar capa para modelos, cantoras ou atrizes famosas, por isso, um mangá de meio de tabela receber este privilégio é sempre uma grande conquista. Mesmo que Usogui não seja um mangá qualquer, a série, por mais que não tenha recebido uma versão de anime e nunca chegou a ser um grande sucesso, vem sobrevivendo na revista ano após ano, alcançando a alguns meses atrás a marca de quarenta volumes lançados. A série também não vende tanto assim, cerca de 70 a 80 mil cópias por volumes, mas pelo menos é o suficiente para conseguir sobreviver na revista, já que tem muitos outros mangás que vendem bem menos (cof, cof, BUNGO e Riku-dou, cof, cof). Usogui parece estar muito seguro na revista e deve conseguir passar do ano de 2016 sem algum problema. Logicamente pela série não ter um anime e vender relativamente “pouco”, podemos dizer que não podemos fazer longas previsões. Enquanto eu tenho certeza que Kingdom estará vivo na revista nos próximos três anos (Só é encerrado caso o autor decida acabar com o mangá, mas os editores de nenhum modo o cancelarão). Com séries que vendem menos de 100 mil, a qualquer momento pode acontecer uma desbandada de público (Para Kingdom perde 80 mil leitores é um dado preocupante, mas não resulta no seu cancelamento. Se isto acontecer com Usogui, a série acaba sendo cancelada imediatamente). Deste modo, eu só posso garantir a permanência do mangá por este ano, pois realmente o mangá se encontra em uma situação confortável, contudo, cada ano terei que refazer as minhas previsões, até quando o mangá for encerrado, transferido ou cancelado.
Kimi to 100 kai Me no Koy ficou na décima colocação. A série não corre nenhum risco de cancelamento, deixo isto muito claro, pois as “forças” por trás deste mangá são bem mais maiores que qualquer autor famoso. Kimi to 100 Kai Me no Koy é um filme de romance que será lançado no começo de 2017, e está tendo muita atenção da mídia japonesa. Os produtores do filme live-action, para maximizar o lucro decidiram fazer um grande publicidade, apostando em várias mídias diferentes. Uma das mídias foi justamente o “mangá”, lançado deste modo uma versão em mangá do filme na Young Jump. Ainda é cedo para dizer se o mangá está sendo bem recepcionado, devemos analisar a venda do seu primeiro volume, mas acredito que a obra não corra nenhum risco de ser cancelado. Os editores da Young Jump devem ter um contrato com a produtora do filme para manter a obra até quando o filme for lançado. Quem talvez esteja correndo risco é o décimo primeiro colocado. Kaguya-hime wa Kokurasetai, que é um novato lançado este ano e que parece não ter tido uma grande recepção. Os editores da Young Jump não dão imediatamente posições ruins para os mangás mal recepcionados, tende a classifica-los em posições intermediárias antes de rebaixa-los de vez e cancela-los, já que existe uma pequena possibilidade da obra se recuperar. Parece que é o que esta acontecendo com Kaguya-hime wa Kokurasetai. Contudo os editores estão realmente sem opções de cancelamento, deste modo acredito que o mangá acabará dançando muito em breve. A verdade é que a revista está realmente muito concorrida.
Em décimo segundo lugar tivemos Shiratama-Kun que é uma comédia que tem uma boa popularidade e não deve estar correndo risco algum de cancelamento. O mangá é bem leve para temática da revista e serve justamente para trazer um equilibrado a revista, entregando também um conteúdo bem mais “leve” e “relaxado”, sem ter grandes conotações sexuais, questões séries ou mesmo grande violência, é somente uma comédia que tem ótimas sacadas, boas ironias e consegue agradar muito bem o público adulto. A série sempre esteve classificada em posições intermediárias, deste modo não acredito que corra algum risco de cancelamento por enquanto. Motoyan ficou na décima terceira colocação e por enquanto parece estar a salvo, principalmente se levarmos em conta sua página colorida na edição passada. Entretanto devemos levar em consideração que o mangá está em cima de uma corta bamba, e quem sabe, em um futuro próximo acabe sendo uma das decisões de cancelamento dos editores. Por mais que a obra parece estar salva em curto prazo, não garanto a sua permanência em longo prazo. Diferente de Detroy and Revolution que por mais que tenha ficado em uma colocação baixa, décima quarta colocação, quem acompanha os TOC’s da revista, permanece que o mangá, que mantém um lançamento muito irregular, sempre se manteve entre os últimos colocados. Os editores tendem a classificar o mangá mal justamente por causa do seu lançamento irregular.
Nas duas últimas colocações tivemos respetivamente Keppeki Danshi! Aoyama-Kun e Premax – Os dois mangás para muitos devem ser os favoritos em serem cancelados, mas isto porque estamos acostumado com revista que tendem a cancelar os últimos colocados. Premax realmente tem uma grande possibilidade de dançar nas próximas semanas, mesmo que, no meu ponto de vista, o ausente Gravuretry acabará sendo cancelado primeiro. Já Keppeki Danshi! desde o seu lançamento tendeu a ficar entre os últimos cinco colocados, pegando em algumas edições posições realmente péssima, deste modo os editores já gostam de classificar a série entre os últimos, assim suas chances de ser cancelado são realmente baixas. A Young Jump constantemente cria mangás que ficam nas últimas colocações em quase todas as edições, e é realmente complicado diferenciar quais mangás estão ali porque não são populares, e quais estão ali por causa da decisão editorial de colocar séries populares e bem estabelecidas nas últimas colocações. Destroy and Revolution é o caso de uma obra que eu tenho certeza que está nas últimas colocações por causa da segunda opção. Contudo, Keppeki Danshi!, Premax e Gravuretry ainda estão muito em aberto. Parece que Premax e Gravuretry estão nas últimas colocações realmente por não serem tão populares, deste modo, estão na mira do cancelamento. Já Keppeki Danshi! deve estar nas últimas colocações pelo mesmo motivo de Destroy and Revolution, mas ainda preciso de mais tempo para poder confirmar esta informação. A sorte desses mangás é que Boku Girl, após de anos de luta para não ser cancelado, acabou acabando (e não podemos se foi por decisão do autor, que claramente já estava sem criatividade para continuar a obra ou foi mesmo cancelamento). De qualquer modo, mesmo com Boku Girl deixando uma vaga livre e ajudando na salvação de Premax, Gravuretry ou mesmo Keppeki Danshi!, ao menos um deles deve acabar sendo cancelado. Só poderemos saber mais sobre a verdadeira situação desses mangás a partir das próximas semanas, analisando os futuros TOCs.