Antes de começar a análise, agradeço a Kyodai Mangás, que me disponibilizou esta edição da NEXT, fazendo assim que eu pudesse analisar-la. Inclusive, pretendo muito em breve lançar uma matéria que comentará justamente sobre o incrível trabalho da scan, onde também explicarei detalhadamente como funciona uma “scan”, assim, tu que não faz parte de nenhuma entenderá como é o processo de edição, tradução e etc. Por fim, é importante lembrar que não darei simplesmente a minha opinião sobre as obras lançadas nesta sexta edição de 2015, também irei dizer qual foi a recepção dos japoneses, por isso, as chances de serialização de cada mangá não será baseado em minha visão sobre o mesmo, e sim, a visão dos leitores japoneses.
O volume 06 da Jump NEXT! teve ao todo treze one shots, sendo que dois deles são de autores que já lançaram algum mangá na Jump, por isso não serão levados a votação – Sobram deste modo onze one shots votáveis, sendo um deles também recebeu página colorida, porém por não ser de um autor famoso, será mesmo assim levado a votação. Até hoje nenhum mangá que recebeu página colorida chegou a ganhar a edição, isso só comprova que por mais que o privilégio dê uma pequena vantagem e também um bom destaque a obra, os japoneses não se deixam influenciar.
O vencedor da edição normalmente acaba sendo serializado, porém, já se tornou bem comum vermos dois mangás de uma mesma edição sendo serializados, ou ao menos, ganhando a possibilidade de relançar o one shot na Shonen Jump. Por isso, por mais que seja bem difícil vermos três obras indo para a Jump, é muito provável que as duas melhores bem recebidas dessa edição acabem sendo lançadas na maior revista de mangás do Japão. Até hoje, não tivemos nenhuma edição onde todos os one shots foram completamente ignorados, por isso, não foi serializado ou não teve o seu one shot relançado na Shonen Jump (Logicamente, estou ignorando as edições mais novas, já que é muito cedo para dizer que nenhum mangá foi lançado).
Vencedores oficias das edições anteriores:
NEXT Vol.01: OUT GEAR FULLCOLOR de Bobi Ohsawa
NEXT Vol.02: Mononoke Banchou Muramasa de Yamada Kintetsu
NEXT Vol.03: Killed Boy & Killed Girl de Yamashita Shogo
NEXT Vol.04: Fukou no Tono de Hanzaike Masayuki e Iwasaki Yuuji
NEXT Vol.05: Hen men no Utage de Nibutani Yuu
Caso queira ler a análise das edições anteriores: NEXT
É interessante notar que dos quatro vencedores deste ano, dois deles foram mais bem votados da edição na 2ch (Fukou no Tono e Mononoke Banchou), dois foram os segundos mais votados (Killed Boy & Killed Girl e Hen Men no Utage), e somente um ficou fora do “TOP 05” de mais votados no fórum, que foi justamente Out Gear Fullcolor que, por mais que tenha sido o mais votado da edição, na 2ch foi somente o sexto mais bem avaliado. Por isso é bem provável que um dos cinco primeiros colocados desta edição acabará vencendo a quinta edição deste ano.
Agora, sem mais delongas, vamos aos one shots desta sexta edição da Jump NEXT!:
Como fazem em todas as edições, o mangá que abre a revista é de um “veterano” que está retornando. Nesta edição é Shinsuke Kondou que já teve dois fracassos: “Retsu!!! Date-senpai” e “Juudouzu”. Primeiramente devo assumir que tive muita dificuldade em entender este mangá, até o meu amigo que em momentos mais tenso traduz as obras do japonês para mim, teve dificuldade em alguns pontos do mangá, mas após algumas páginas quebrando a cabeça, a obra ficou bem mais clara. O mangá conta a história de um garoto que faz parte da Yakuza japonesa e juntamente com outros membros devem realizar uma missão: A história é simples, mas não deixa de ser interessante por causa disso.
O autor junta elementos de luta de rua, ação e ao mesmo tempo dar uma ar meio “delinquente” a obra. Contudo o ponte forte da obra mesmo é o protagonista e seus personagens secundários: Todos os personagens parecem ter habilidades interessantes, formando uma boa combinação, contudo o protagonista consegue se sobressair e apresenta uma habilidade bem dinâmica (Usando essas moedas com cordas que não faço a minima ideia do que seja). O seu combate contra o vilão principal do one shot é bem interessante e consegue transpor uma boa emoção, com certeza foi o momento mais marcante desse capítulo de apresentação. Se eu acredito que “Shinoboya Kamari” pode se tornar um sucesso? Tenho minhas dúvidas, mas talvez vale a pena a tentativa.
Nota: 4 / 5
Chances de Serialização: Altas. Eu sinceramente não sei quanto realmente os editores querem ainda apostar no autor, mas se decidirem dar uma terceira chance, eu acredito que Shinoboya tem chances altas de ser a obra escolhida: Foi o terceiro mais bem recebido na 2ch e teve também uma boa recepção no Blog Rankings em geral, por isso acredito que a obra tem chances reais de acabar sendo escolhida. O seu problema é o passado do autor, após dois fracassos o seu nome está um “pouco manchado”, para piorar, a temática da obra tende a combinar mais com a Magazine. De qualquer modo, mesmo tendo seus problemas, por causa da boa recepção, digo que as chances de serialização, comparado aos demais mangás da edição, são altas.
Essa edição da NEXT realmente começou com tudo (na visão os japoneses). O segundo mangá conta a história de dois amigos de infância que nutrem uma pequena rivalidade, mas no fundo são grandes amigos. Os dois treinaram arte marciais juntos e aprenderam a ser grandes guerreiros – Chegando em uma nova escola, encontram outros inimigos que também sabem lutar e acabando partindo à um confronto contra eles. O resultado é previsível, a dupla vence.
De qualquer modo, “Tin Lion” é um mangá de luta que une um pouco de romance, mas nada de “harém”, somente mesmo um romance entre os dois protagonista, uma situação parecida com “Sousei no Onmyouji”. Inclusive, o ponto forte do mangá é realmente a dupla de protagonista que são muito carismáticos, entregando ao leitor várias cenas hilárias, A arte do mangaká é interessante, contudo ainda acredito que precisa evoluir para conseguir vingar em uma obra deste estilo: A verdade é que nenhuma página, por mais que bem desenhada, chega a ser realmente belíssima. Não é como “Black Clover” ou mesmo “Boku no Hero Academia” que tem algumas páginas que são tão bonitas que tu pára para admirar cada minimo detalhe. Para mim “Tin Lion” é um bom mangá, que pode ter futuro, mas ainda tem muitos elementos a serem desenvolvidos, já que tanto o traço quanto a história ainda está simplicista demais:
Nota: 3 / 5
Chances de Serialização: Altas. A obra foi o segundo mangá mais bem recebido pela 2ch e teve uma ótima recepção no Blog Rankings também – Os japoneses gostaram muito da dinâmica entre os dois protagonista, contudo não é certo que os editores irão apostar no mangá, já que vimos outras obras no mesmo estilo na NEXT, e todas foram ignoradas, infelizmente. De qualquer eu digo que suas chances são altas justamente por causa da recepção dos japoneses, é certo que os editores devem estar tentados a serializar Tin Lion.
Inicialmente pensei que este mangá seria sobre o “Naruto da cracolândia”, mas por sorte, só foi a página inicial que foi muito mal desenhado. “Heiwa Machin”e conta a história de dois alunos de um colégio de “inventores” que se confrontam em suas invenções… O principal é um garoto brincalhão que só consegue causar confusões com suas invenções (E grande parte delas não extremamente inúteis para a sociedade). Por causa do seu jeito, o garoto é meio que “exilado” do colégio, mas com uma invenção que ele havia guardado a muito tempo, consegue salvar todo mundo, assim é reaceito.
A história não entrega realmente nada de novo. mesmo que devo assumir que ver uma obra sobre um colégio de inventores seria bem interessante. Aliás, seria interessante na mão de outro autor, isso porque Tatsuya, ao invés de nos apresentar bem como funciona esse “colégio”, preferiu focar nos dois protagonista. Se ao menos ele tivesse entregue um desenvolvimento de personagens único, faria que a estratégia valesse a pena, mas muito pelo contrário, entregou um desenvolvimento clichê e desinteressante (Por exemplo, “Black Clover” entregou um one shot clichê, contudo muito interessante, já que soube deixar a punta de curiosidade sobre o universo da série). Já “Heiwa Machine”, entrega um universo interessante, mas por causa do mal desenvolvimento do autor, faz com que tu não fique realmente interessado em saber mais sobre este universo, muito pelo contrário, tu por mais que queira que a ideia seja aproveitada, espera que um outro autor a desenvolva. Tanimoto Tatsuya precisa ainda evoluir muito e saber desenvolver suas idéias.
Nota: 2 / 5
Chances de Serialização: Medianas. Tanto a recepção no Blog Rankings quanto na 2ch foram realmente medíocre – O mangá ficou no meio da “tabela”, não ficou entre os piores recepcionados e nem entre os melhores recepcionados – Isso significa que a obra tem chances medianas de ser serializado em comparação as demais obras lançadas nesta edição. Se compararmos entre as obras lançadas nas edições anteriores, bem, as chances de “Heiwa Machine” se tornam praticamente nulas, infelizmente. Deste modo, eu digo que é melhor o autor ir pegando experiência e se preparando para lançar um novo one shot em uma futura edição da NEXT.
O que mais vemos na NEXT são autores que apostam em mangás com elementos sobrenaturais, normalmente fantasmas espíritos. O problema é que são tantos autores apostando em histórias que contém este elemento que chega a ser realmente exaustivo ler mais um one shot sobre espíritos. Shigo Kankoshi Mikage é um outro mangá que aposta neste estilo, contudo, consegue surpreender. O roteiro é bem simples, o protagonista é o médico de um hospital, mas não é um médico qualquer, a sua função é combater todos os fantasmas daquele hospital, ao mesmo tempo que tenta curar os pacientes ainda vivos.
A história tinha tudo para ter um clima realmente bem pesado, mas o autor usando elementos de comédia, consegue dar um clima bem mais leve a história – Por exemplo, o paciente principal deste one shot é um garoto que foi atropelado e por isso quebrou a perna. Por estar vulnerável emocionalmente, um espirito que lhe trouxe uma pequena depressão, lhe está dominando – Por isso a função do protagonista (o médico) é curar a perna do garoto, protege-lo de outros espíritos e por fim purifica-lo deste espirito que lhe está deixando depressivo (Depressão que lhe leva a quase cometer suicídio, se jogando do teto do hospital). A verdade é que Shigo Kankoshi Mikage é uma história bem interessante, contudo não sei se funcionária como uma obra semanal.
Nota: 4 / 5
Chance de Serialização: Medianas. O mangá foi o mais bem votado pela Blog Rankings, entretanto, ficou somente na sétima colocação na 2ch – Já tivemos casos de obras que foram bem recepcionadas somente pela Blog Rakings e mesmo assim acabaram sendo serializadas. Além disso, por mais que Shigo Kankoshi Mikage tenha ficado somente em sétimo lugar, sua pontuação não foi ruim, foi boa, nada de espetacular, mas foi boa. Contudo eu digo que suas chances são medianas, porque acredito que tem outras obras na revista que os editores se sentirão mais confortáveis em apostar, por isso, não vejo Shigo Kankoshi Mikage tendo futuro. Provavelmente os editores optarão por dar uma segunda chance ao autor, já que o que normalmente fazem com os autores que lançam one shots bem recepcionados que eles não acreditam que pode dar certo como série.
O mito está retornando – O desenhista do maior sucesso da história da Jump: “Tokyo Wonder Boys” decidiu retornar para a Shueisha com uma nova obra: Gachipin!. Logicamente a Shueisha recebeu o mangaká de portas abertas, tamanho talento não poderia ser recusado – Brincadeiras à parte, o ponto forte de Tokyo Wonder Boys era justamente a boa arte do seu desenhista, por isso vê-lo de volta à Jump foi realmente uma boa notícia, contudo, será que desta vez ele conseguirá nos entregar uma série que seja de boa qualidade? Bem, vamos saber agora mesmo.
Gachipin! conta a história de um fotografo que sonha em se tornar um artista famoso, mas não em fotos de paisagens ou animais, e sim fotos de mulheres – Contudo o seu pai não apoia esse seu sonho e quer que ele dê continuidade a peixaria que o pai gere. O protagonista mesmo assim não ouvia o pai, que irritado e pronto para destruir os sonhos do filho, decide realizar um contrato: Caso o filho ganhe o campeonato de fotografia que está sendo dito pela cidade / jornal, ele será livre de continuar o sonho, caso perca, terá que cuidar da peixaria, por isso o protagonista sai em busca da mulher perfeita para realizar uma foto que possa ganhar o campeonato – Mas não é um fato qualquer, deve ser uma foto fofa, e não de peitos ou calcinhas das mulheres. Os seus amigos amam as suas fotos mais pervertidas (que em grande parte ele retira por engano), contudo o protagonista quer realmente tirar fotos que mostre a fofura das mulheres – O seu sonho ia de mal para pior, até o dia em que ele finalmente encontrou a garota perfeita, que é a mesma que ele encontrou no começo da história, andando de bicicleta na chuva. O problema é que esta garota não queria tirar nenhuma foto, assim o capítulo foca no protagonista tentando convencer-la a tirar esta foto, ao mesmo tempo que os dois desenvolve um romance. Neste meio termo, acontece várias cenas de ecchi, onde mostra peitos de algumas garotas e calcinhas de outras (Várias situações bem forçadas, mesmo que o ecchi foi muito bem desenhado). Por fim, o protagonista consegue convencer-la e assim retira sua foto dos sonhos, nada sexualizada. A cena final é a garota recontrando ele e o beijando,
Nota: 3 / 5
Chances de Serialização: Medianas. Ideia legal, personagens carismáticos, contudo o ecchi é extremamente forçado, só temos uma cena que o ecchi é utilizado de maneira natural, nas outras vezes o autor força da maneira mais ridicula possível – Em algumas páginas chega a passar um panorama do colégio sem nenhuma necessidade, só para mostrar os locais que as meninas praticavam esporte. Uma desculpa esfarrapada para mostrar as meninas de maiô na natação, trocando de roupa no vestiário e etc – Deste modo, o mangá por mais que teve uma ideia interessante, acabou tendo uma recepção medíocre tanto na 2ch Ratings quanto na Blog Rakings. Pode ser serializado? Olha, o autor desenha muito bem, e Gachipin! foi o oitavo mais bem recepcionado da revista, posição igual a Tokyo Wonder Boys (A diferença é que Gachipin! não será levado a votação), antiga obra do autor que mesmo assim acabou sendo serializada. Os editores, se gostam do autor, podem mesmo assim apostar na obra.
NECRO é um B-Shounen sobre um anti-herói que caça os monstros que assolam o mundo – Isto é tudo que tu precisa saber sobre o one shot, já que em termo de conteúdo a obra é muito pobre. O protagonista encontra uma garota que foi atacada por um terrível vilão que ele precisa derrotar, assim, usando suas habilidades, o protagonista consegue derrota-lo e vingando todas as vidas que o vilão retirou. O mundo da história não entrega nada de novo, os personagens são sem graça e a arte do autor é muito simples para uma obra deste gênero: Resumidamente, por mais que o mangá não seja péssima, é extremamente sem sal.
Nota: 2 / 5
Chances de Serialização: Baixíssimas. Acredito que o mangá só foi colocado na revista para assim termos um número razoavel de obras lançadas, porque sua qualidade claramente é inferior as demais – Isso se refletiu na votação, os japoneses, de lugar nenhum gostaram da obra – Foi o menos votado no Blog Rankings e na 2ch Fórum acabou sendo o segundo com a pior nota, perdendo somente para uma obra que irei comentar em breve. As chances de “Necro” acabar sendo serializada, são realmente baixíssimas, quase nulas.
Bem, após uma sequência de obras que os japoneses acharam ao menos “boa”, agora temos uma sequência de obras que os japoneses não gostaram: Gaga é uma obra de investigação em um mundo cyberpunk dominado pela máfia e por pessoas que se tornam “monstros” (mutantes). O protagonista é um investigador criminal neste mundo – O caso que se desenvolve neste capítulo é tão confuso que eu sinceramente não consegui entender muito bem, e talvez seja esse o maior problema de “Gaga”: A série é uma grande suruba de ideia, temos de tudo e mais um pouco. È tanta informação e conceitos jogados ao público que o autor não consegue desenvolver de maneira satisfatória nenhum, fazendo assim que a história seja um mar de confusão. É péssimo.
Nota: 1 / 5
Chances de Serialização: Baixas. Teve uma recepção ruim na Blog Rankings e no fórum 2ch, deste modo não acredito que os editores irão apostar na série – Talvez, o autor receba uma segunda chance na NEXT, já que parece (ao menos) criativo.
Ringo é estranho. O mangá conta a história de um garoto que sonha em ser um grande jogador de futebol americano, contudo é muito inexperiente e fraco – A situação muda quando ele conhece um ex-jogador que está disposto a ensinar-lo a jogar. Todo o one shot é este ex-jogador treinando o protagonista para ele se torne um grande jogador. E no fim do One Shot, de maneira extremamente exagerada, o protagonista consegue, utilizando as técnicas aprendidas, a ultrapassar sozinho a defesa inimiga (Mesmo a defesa sendo dez adultos com o triplo do seu tamanho).
Eu sinceramente não gostei do mangá – O protagonista não me agradou, o treinador também não, e o mangá exagerou tanto em suas cenas que não me deu a sensação que eu estava vendo um mangá relacionado ao futebol americano – Contudo, a minha opinião realmente não importa: Os japoneses gostaram bastante do material entregue. Se identificaram com protagonista e gostaram bastante das metaforas usadas ao longo do one shot. E mesmo com a arte sendo bem inconstante, também gostaram de muitas das páginas desenhadas, por isso, viram potencial no autor. Eu até concordo com o último ponto, mas de resto, tive uma opinião totalmente contrária aos japoneses, infelizmente.
Nota: 2 / 5
Chances de Serialização: Altas. Sinceramente não acredito que a série será serializada no moldes que vimos na NEXT, no máximo os editores pedirão para o autor muita muitos pontos da história. Mesmo que o mais provável é que mesmo sendo tão bem recebido, os editores prefiram dar uma segunda chance ao mangaká, para que ele possa apostar em uma obra que tenha mais chances de vingar na revista (As chances de Ringo, com o estilo apresentado, vingar na Shonen Jump são minusculas). De qualquer modo, comparado aos demais one shots, vamos dizer que as chances são altas, já que o mangá foi o MAIS BEM RECEBIDO no 2ch e o segundo mais bem recebido no Blog Rankings.
Dancing ReD não é um mangá de dança, muito pelo contrário, é mais um B-Shounen lançado nesta edição – Contudo, é novamente uma obra que ao invés de entregar um roteiro interessante ou desenvolver um bom universo, fica focado mais em desenvolver os heróis principais, assim não apresentado quase nada sobre a história, além dos heróis. Se olharmos obras como Naruto, o primeiro capítulo consegue te apresentar o universo de maneira satisfatório e ao mesmo tempo desenvolver bem o protagonista. Infelizmente muitos autores, como no caso de Hewia Machine e Dancing ReD não estão conseguindo conciliar os dois elementos.
Explicando direito a história da série, Dacing ReD fala de uma garota que vive em uma cidade do interior, em um mundo fantástico (Por isso, criado pelo próprio autor) e que tem um passado obscuro. Tudo ia bem, até quando um seu antigo amigo do passado chega para visitar-la. Logo após descobrimos que este amigo praticamente se sacrificou por ela, eles são atacados por vários inimigos e ela se revela uma grande bruxa que consegue derrotar todos os adversários. Resumidamente, tudo ficou dentro do cliche, sem grandes surpresas. Ponto positivo da série? O design da protagonista como bruxa, é realmente bem legal.
Nota: 2 / 5
Chances de Serialização: Baixas. O mangá foi mal recebido tanto na 2ch quanto no Blog Rankings, por isso não acredito que os editores irão acabar apostando na série. Talvez o autor deve começar a torcer para conseguir uma segunda possibilidade. Sinceramente, para mim parece um autor bem talentoso e que com o tempo pode nos entregar uma série realmente boa, mas primeiro, precisa adquirir mais experiencia.
Logo após tivemos um outro B-Shounen realmente confuso: Makai Travel conta a história de um estudante que encontra um estranho demônio que pode abrir os portões para vários mundos. E assim, esse demônio para sacanear o protagonista, começa a levar-lo por vários mundos, que tem muitos e muitos monstros e criaturas estranhas. A história é bem simples, contudo o autor a desenvolveu de maneira tão louca que tudo ficou bastante confuso. Os personagens são “normais”, nem muito carismáticos e nem antipáticos. E por fim a arte do autor tem seus momentos de brilhantismo, mas em grande parte é bem mediana – Por isso, podemos considerar um arte inconstante.
Nota: 2 / 5
Chances de Serialização: Baixas. Teve uma recepção mediana no Blog Rankings, contudo no 2ch teve uma recepção baixa, por isso, por mais que não tenha sido uma das piores obras da edição, na visão dos japoneses, não deverá ser serializado.
E chegamos no mangá que de longe, entregou a arte mais comercial dessa edição (Talvez empatado com Gachipin!) – E quando eu digo arte mais comercial, é aquela que pode mais agradar o público em geral, porque sejamos sinceros, não dá para avaliar uma arte como “melhor” ou “pior”. O One Shot fala sobre um garoto que vai parar em um planeta onde várias facções estão lutando, assim, usando suas habilidades e forças sobrenaturais, o garoto decide ajudar uma garota de uma das facções – O final é bem claro, o herói consegue salvar o dia e todos ficam bem. Clichê não é? Bem, não é nada de inovador realmente, contudo Aliens Age chama atenção por causa do quanto bem o autor consegue desenvolver este clichê.
As quarenta páginas, o autor consegue de maneira eficiente apresentar o herói (e sua personalidade), apresentar os inimigos, apresentar o universo e ainda por cima desenvolver toda a situação política do universo criado – Logicamente, nada disso trouxe uma explicação realmente “surpreendente” ou “profunda”, foi bem aquele clichê do “Vivíamos bem, até quando a X raça malvada começou a invadir o nosso espaço”, entretanto, se vermos os demais one shots dessa edição, percebemos que a grande maioria dos autores não conseguiram realizar este feito, que para mim é bem básico. Para melhorar, a arte de Aliens Age é realmente surpreendente, o design dos personagens são interessantes e os cenários são fantásticos. Eu realmente gostei bastante do que eu vi – Em uma edição que para mim está deixando a desejar, Aliens Age foi a obra que mais brilhou -. Infelizmente, mesmo tendo tantos pontos positivos, não me estimulou o bastante ao ponto de eu torcer para vê-lo sendo serializado.
Nota: 4 / 5
Chance de Serialização: Altas. Eu realmente acredito que essa série o mangá mais bem votado desta edição: O mangá foi o quinto mais bem avaliado na 2ch e no Blog Rankings teve um rendimento medíocre, contudo vendo a sua temática, simpatia dos personagens e qualidade da arte, acredito mesmo que veremos a série agradando bastante o público casual, assim se configurando como o mais bem votado desta edição. E logicamente, se for realmente o mais bem votado, suas chances de serialização são altas.
O dono do 2ch está de volta! Totsuka Keibun lançou o one shot mais bem avaliado nas últimas doze edições da Jump NEXT! Isso mesmo, lançado no Volume 02 de 2014, o mangá conseguiu a pontuação de 7.6 de 10, a maior pontuação já mais vista na 2ch quanto o assunto é Jump NEXT, contudo, os editores mesmo assim decidiram não apostar na série: Isso porque a sua temática claramente não resultaria em uma série de sucesso. Talvez, caso o autor apresentasse um projeto de três capítulos estimulante, os editores pudessem mudar de ideia, mas isto não aconteceu.
Entretanto, os editores mesmo assim decidiram dar uma segunda chance ao autor, já que a sua primeira tentativa foi tão bem recebida – Desta vez, o autor recebeu uma segunda oportunidade com direito a página colorida, regalia entregue a somente um one shot votável por edição. Choujuu Kasan Vanguard conta a história de um guarda que deve proteger uma princesa. Esta história é claramente uma comédia, já faz questão de fazer várias referências bem humoradas à mangás e séries, e por fim, também entrega várias piadas bem engraçadas. Aliás, o próprio protagonista tem uma habilidade meio “rídicula” (Se transforma em uma mecha bombado). Resumidamente, mesmo que Choujuu Kasan Vanguard não tenha sido uma obra tão divertida quanto Uchuu Kankou Searc, a obra mesmo assim é bem engraçado. Sem sombras de dúvidas, Totsuka Keibun é um autor que pode ter um futuro bem glorioso na área da comédia.
Nota: 4 / 5
Chances de Serialização: Altíssimas. Talvez novamente os editores acabem não apostando na história dele, já que sinceramente é uma comédia bem exagerada e que tende a não agradar tanto os leitores da Shonen Jump – Contudo, o autor foi muito bem votado na Blog Rankings e foi o quarto mais bem avaliado na 2ch. Após duas séries sendo muito bem recebidas, está mais do que lógico que o autor caiu na graça dos leitores da NEXT. É o momento de lançar seus one shots na Shonen Jump para ver se também consegue agradar um público bem mais abrangente. De qualquer modo, acredito que os editores finalmente darão uma chance ao autor.
Por fim, encerramento a revista com uma comédia extremamente sem sentido, sobre um garoto/demônio que passa toda sua jornada do colégio fazendo da vida dos seus colegas um inferno. É mais ou menos isso a história: O protagonista vai importunando quanto mais pessoas possíveis ao longo das páginas, dos colegas de classe aos professores. O problema é que por mais que a ideia seja até simpática, o autor não consegue fazer que nenhuma das piadas seja engraçada, nenhuma mesmo. E assim nos deparamos com um one shot realmente sem graça, infelizmente.
Nota: 1 / 5
Chances de Serialização: Baixíssimas. O pior avaliado no 2ch. O pessoal da Blog Rankings não pegou tão pesado com o mangá, contudo, também não recepcionaram bem o bastante para que a obra se tornasse relevante na disputa pela serialização. Tonari no Ryuugakusei de certo não passará da Jump NEXT.