Abrimos os vinte melhores com uma obra que merece de qualquer modo estar entre os melhores – Ansatsu Kyoushitsu – O mangá entregou um plot extremamente criativo desde o seu primeiro capítulo, contudo, foi o seu desenvolvimento de personagens e críticas a sociedade japonesa que fizeram com a obra se tornasse grande sucesso no Japão, e agora por todo o canto do nosso globo. E agora que a série está chegando ao seu fim
Contudo, este ano a obra conseguiu manter sua qualidade? Bem, esta é uma questão polêmica. para Muitos acreditam que o ano de 2015 de Ansatsu foi simplesmente fantástico, outros acreditem que a série foi muito previsível e que muitos dos arcos não foram emocionantes ou engraçados o suficiente para trazer uma leitura realmente prazerosa. De qualquer modo eu fiquei no meio termo, Ansatsu Kyoushitsu teve um ano de altos e baixos, contudo conseguiu entregar arcos fantásticos, que serviram para revelar o passado de vários personagens, ao menos tempo, muitos arcos de fato tiveram um desenvolvimento e um final bem previsível. Espero que o ano de 2016, que deve ser o último, seja impecável.
O ano de 2015 para Gintama foi o ano da “ressurreição” – A série conseguiu melhorar levemente suas vendas, teve a volta do anime e conseguiu fantásticas posições no TOC. Mas o que fez Gintama brilhar no ano foi o arco do “shogun assassination”, que conteve várias cenas sangrentas, várias reviravoltas, personagens marcantes e discurso inspiradores. Por mais que a comédia tenha sido deixada de lado, o autor provou mais uma vez que sabe fazer um arco sério.
Se fosse simplesmente pelo arco shogun, com certeza a série estaria entre os quinze primeiros, contudo, o que fez o mangá perder algumas posições foi que após este arco emocionante, a série teve um pequeno calo de qualidade (Comparado ao arco, pois em si, o mangá continuou com uma qualidade altíssima). Deste modo, podemos dizer que o ano de Gintama foi ótimo, mas poderia ter sido espetacular se mantivesse a qualidade do arco shogun por todo o ano. Próximo ano (2016), com o início do último arco da série, talvez poderemos ter um ano inteiro com o selo de qualidade “Shogun Assassination”.
Se tem uma série que merece o respeito de TODO o mundo é Detective Conan. Este ano o mangá entrou em um “pequeno” hiatos, mas assim que voltou, entregou capítulos espetaculares aos seus leitores. Grandes investigações, casos com resoluções surpreendente, volta de personagens marcantes e alguns bem mais sérios do que esperávamos de uma série que é lançada em uma revista Shounen. Detective Conan no final das contas vai provando que a idade não é um grande problema.
Talvez a única notícia ruim relacionada a série é justamente o fato de que parece que o mangá está chegando ao seu fim: O autor que já não está tão bem saúde (O hiatos de três meses deste ano foi por causa de uma cirurgia que ele teve que passar), já declarou que planeja encerrar a série em breve. Nós, leitores e fãs dessa incrível séries, torcemos para que o mangá só seja encerrado daqui a 12 volumes, quando alcançará a marca de 100 volumes. Para isso, a série deve continuar em ativa só por mais três anos.
Se tem um mangá que com certeza merece mais destaque é Uchuu Kyodai, também conhecido por Space Brothers – O mangá no Japão é um sucesso entre os críticos e ganha constantemente vários prêmios, e não acontece isso por nada, a obra é fantástica – Mesmo sendo uma história sobre astronautas na lua, consegue passar uma simplicidade e ao mesmo tempo profundidade que é simplesmente espetacular. O mangá é um “Perdido em Marte”, sem que a tripulação esteja realmente perdida.
Este ano a nossa querida tripulação continuou passando por vários desafios na lua, de problemas de convivência à problemas na antena – O problema é que nenhum dos dramas que circundou a “NASA” neste ano foi tão bons quantos os problemas dos anos anteriores, mesmo que o mangá continue com sua altíssima qualidade. Quem sabe, quanto conseguir entregar capítulos tão bons quanto aqueles entregues em 2009/2010, o mangá não consiga ficar inclusive entre os três primeiros colocados.
O nosso querido Tokyo Ghoul – Quando o autor encerrou a obra em 2014, todos nós fomos surpreendidos. Eu inclusive defendia que aquele final aberto teria sido bom, justamente pela história de Tokyo Ghoul ter sido sobre “Kaneki”, passando praticamente toda em seu ponto de vista, assim quando é certo não termos todas as respostas possíveis. O autor me surpreendeu com uma continuação semanas após o fim do TG original, mas me surpreendeu mais com a mudança de lado de Kaneki.
Este ano, Tokyo Ghoul:re entregou capítulos com um desenvolvimento mais lento, que em alguns momentos chegou a ser realmente maçante, contudo, também entregou muitos capítulos emocionantes e com várias reviravoltas. Este ano tivemos cenas que marcarão para sempre a série, como por exemplo a “volta de Kaneki” (Sem grandes detalhes para evitar spoilers). Resumidamente, Tokyo Ghoul:re este ano foi uma grande montanha russa, por isso comparado ao ano passado teve uma grande queda de colocações, mas a obra mesmo assim continuou entre os melhores, pois, mesmo nos capítulos mais fracos, a série continuou boa.
Se tem uma coisa que estou acostumado com meu ranking anual é de pessoas que não estão satisfeitas com a posições de Magi, por isso este ano passei horas lendo cuidadosamente a série e vendo se realmente valia a pena colocar-la entre os dez primeiros colocados: Infelizmente, cheguei a conclusão que havia outras quatorze séries que foram, em minha humilde opinião, melhor que Magi. Por isso, o mangá conquistou a décima quinta colocação, que demonstra que a série é de ALTÍSSIMA QUALIDADE e que é um mangá fantástico, contudo, existe para mim outras quatorze que este ano teve um rendimento melhor.
Este ano, Magi entregou novamente capítulos de alta qualidade, mas o que fez movimentar a cabeça da maioria dos leitores foi mais um “time-skip”, desta vez de três anos. Este salto temporal veio justamente antes do último arco da série, por isso os leitores ficaram ainda mais ansiosos para ver as mudanças do mundo / personagens após esses três anos de salto. E a autora não poupou esforço para começar o arco de modo eletrizante, entregando capítulos que chegaram a encher os leitores de informações, como o caso do capítulo 282. E por mais que este último arco não tenha começado para valer, já que ainda está sendo preparado o terreno para o “gran finale”, já estamos gostando muito do jeito que a série está caminhando. Quem sabe, em 2016 Magi não consiga entrar no meu TOP 10 (Assim eu pare de levar pedrada dos fãs).
Meu querido JoJo, como você consegue entregar tantos capítulos fantásticos, um atrás do outro? A verdade é que JoJolion esta ano continuou sendo a série inteligente e misteriosa que nos apaixonamos alguns anos atrás. A sua arte também continua icônica e seus personagens extremamente bizarros e carismáticos. Sim, ainda sinto falta dos velhos combatimentos das partes anteriores, contudo, está claro que o objetivo do autor com esta oitava parte é trazer algo totalmente diferente, com personagens mais humanos e menos “lutadores”, chega a ser irônico ver a série sendo desenvolvida com brigas entre besouros, por longos três capítulos e não por realmente luta entre pessoas, se pensarmos bem, a série se tornou mesmo parte da Ultra Jump.
Talvez o único grande problema da série é que o seu ritmo é muito lento – Já se passaram cerca de 30 capítulos desta nova parte e o protagonista ainda não descobriu muito bem quem ele realmente é, um mistério que está sendo arrastado desde o começo da história, quando o mesmo foi encontrado perdido e sem nenhuma memória. Esse ritmo lento pode incomodar aqueles que gostam de mistérios que durem pouco tempo, e que não são prologando por vários anos. Aqueles que não vêem problema nisso, deve estar amando o modo em que o autor desenvolve o mistério de JoJolion.
Se teve uma obra que conseguiu brilhar no ano de 2015 foi justamente “One Punch Man”, com o lançamento do seu anime em Outubro deste ano, várias pessoas passaram a conhecer um dos personagens mais carismáticos da história: Saitama. Contudo, esta não é análise dos melhores animes de 2015, e sim os mangás que entregaram os melhores capítulos ao longo do ano de 2015. E eu tenho que assumir: One Punch Man foi espetacular este ano, justamente pelo autor conseguir se renovar no limite do possível.
Sim, em 2012 ou 2013 a série foi realmente bem mais impactante, pois estávamos conhecendo o universo e suas ironias (Quem acompanha a série deste o começo, como eu, teve a mesma reação eufórica que aqueles que conhecerem a série este ano), quando finalmente nos acostumamos com o universo de One Punch Man, já que liamos o mangá quase todas as quinzenas, algumas repetições não se tornam mais engraçadas, contudo o autor provou ser muito inteligente e soube contornar esse problema de maneira fantástica: Este ano decidiu focar ainda mais nos personagens secundários, desfocando Saitama e desenvolvendo mais os demais super-heróis, uma escolha muito sábia que ajudou a renovar os “gags” da série. Sim, a série, ao meu ver, não é tão engraçado quanto era nos primeiros capítulos, contudo, com essa renovação conseguiu se manter com uma boa qualidade e muito engraçado. Talvez o maior problema da série seja justamente a sua constância, muitas vezes esperamos duas semanas para ver um “Capítulo 40.2, Capítulo 40.3”, onde a dupla que produz a série só faz acrescentar algumas pequenas páginas, fazendo assim que toda a espera se torne realmente frustrante.