Começamos pelos mangás não ranqueados, nessa edição tivemos a estréia de “Muteki no Hito” – Talvez o nome da série não foi dos mais criativos, contudo, o autor é experiente o bastante para entregar uma série de altíssima qualidade. Para quem não sabe, Muteki no Hito será desenhado e escrito por Shinobu Kaitani, mangaká que conquistou o mercado japonês com a obra “Liar Game”, lançada na Young Jump por 10 anos. O motivo de sua ida para a Magazine é desconhecido, mas com certeza, os leitores da revista comemoraram a notícia, e estão prontos para aceitar-los de braços abertos.
Infection é um outro novato que até agora não teve o seu primeiro ranking (Irei começar a aceitar os rankings a partir do capítulo 06) – Infection é um ecchi misturado com terror que trás a Magazine um estilo que está a muito tempo ausente na revista. O seu autor não pode ser considerado um veterano, mas já conseguiu se destacar no mercado com obras como Shin Sekai Yori, lançado na revista mensal da Shonen Magazine. Ainda é cedo para dizer se Infection dará certo, a sua recepção no Japão foi em geral positiva, contudo, teve muitas pessoas que não gostaram também. Está claro que os editores estão colocando muita fé na obra, já que estão dando várias páginas extras para assim o autor conseguir desenvolver a história de maneira mais eficiente possível, só que não está claro se o público realmente irá apoiar a série, será que aqueles que gostaram estão dispostos a dar seus votos semanalmente e comprar os seus volumes? Veremos.
Indo para a primeira colocação tivemos Seitokai Yakuindomo, por mais que a colocação tinha sido incrível, devemos ser realistas, o mangá praticamente ficou em quarto lugar em ordem de leitura, e os editores precisavam colocar uma comédia simples para descontrair a sequência de capítulos sérios – Por isso escolherem a obra de maior confiança que eles tinham a disposição: Seitokai Yakuindomo. Então, por mais que em uma situação normal a obra realmente não ficaria em primeiro lugar, o fato dos editores confiarem no mangá considerar-lo a melhor comédia da revista. Logo após tivemos Baby Steps que continua firme e forte na revista, para quem não conhece, o mangá é sobre tênis, mas junta elementos de slice of life que deixa a obra bem interessante. Se tu gosta de mangás de esporte realistas e ainda não leu Baby Steps, recomendo ir ler imediatamente.
Em terceiro lugar tivemos Fairy Tail que esta semana pegou uma posição alta, por mais que nos últimos anos a obra vem tendo uma queda de popularidade e vendas, não acredito que acabará sendo cancelada. Não podemos esquecer de nenhum modo que o mangá já é bem velho e por isso começa a sofrer com os problemas da idade, contudo, ainda vai demorar muito anos para o mangá alcançar um nível realmente preocupante, ate lá, a série já deve ter sido encerrada naturalmente. Podemos comparar Fairy Tail à Bleach, a diferença é que os editores da Magazine ainda apoiam bastante Fairy Tail, principalmente pelo seu anima em exibição, já os editores da Jump simplesmente não acreditam mais que vale a pena apoiar a obra de Kubo.
Pulando para a quinta colocação temos um grande exemplo de obra que se mantém viva mais por conseguir manter os seus fãs fiéis – Dificilmente Hajime no Ippo consegue novos leitores, principalmente os leitores japoneses que não são recorrem a leitura online (Por isso seriam obrigados a comprar mais de 100 volumes de Ippo ou pedir emprestado para algum amigo) – Isso fez que suas vendas tivessem uma grande quedas à anos atrás, mas após algum tempo conseguiu se estabilizar em uma quantidade razoavelmente boa ao ponto dos editores da Magazine continuarem mantendo-o na revista firme e forte. Quanto mais velho fica a obra, mais complicada é a sua chance de sobrevivência, poucas conseguem se manter vivas após 20 anos de vida.
Em sexto lugar tivemos Yamada-Kun que nessa semana os editores decidiram colocar o mangá entre os primeiros colocados, mesmo que normalmente preferem deixar-lo entre os últimos. Como eu já havia explicado nas matérias passadas, Yamada-Kun em termo de vendas foi uma pequena decepção, justamente porque o seu anime não fez o efeito que muitos esperavam, entretanto, suas vendas aumentaram o suficiente para os editores não terem uma razão clara para cancelar-lo e o público conquistado pela obra é muito parecido com o de Nisekoi, no sentido que é extremamente específico e não consegue conquistar todo o público da revista, contudo, tende a comprar vários produtos relacionados ao mangá, se tornando uma obra que vale a pena ser mantida. Os editores só vão cancelar Yamada-Kun quando suas vendas ficarem realmente baixas.
Em sétimo tivemos En En no Shouboutai que por mais que seja somente um novato, conseguiu chamar atenção imediatamente dos leitores da revista, principalmente por causa do autor famoso. Contudo, sabemos muito bem que o “hype” é uma faca de dois gumes, e se não for bem utilizada, pode acabar matando o utilizador. Felizmente, En En no Shouboutai soube aproveitar o hype e conseguiu agradar a grande maioria dos leitores – O seu ponto forte foi justamente utilizar da flexibilidade da revista para assim desenvolver a história de maneira mais lenta, sem precisar apresentar vários detalhes no primeiro capítulo, super-carregando o inicio de informações que podiam ser ditas nos capítulos seguintes. A dúvida agora é, quanto grande En En no Shouboutai irá se tornar? 2016 poderá responder essa pergunta.
Pulando para a décima colocação tivemos “Days” que foi o mangá que mais pegou primeiro lugares na Magazine – Não é que o primeiro lugar no TOC da revista signifique tanta coisa, mas o fato do mangá está constantemente entre os primeiros colocados demonstra que os editores tem uma grande confiança na obra, mesmo sendo novata e tendo poucos volumes. Provavelmente já estão a procura de estúdio para adaptar a obra, mas não acredito que encontrarão tão cedo. Infelizmente os mangás de esporte da Magazine tendem a demorar bastante para serem adaptados, então provavelmente só veremos o anime de “Days” quando tiver no minimo, 20 volumes. Em décimo primeiro tivemos um mangá lançado em 2015 que deu certo: Desert Eagle. O seu futuro parece glorioso e acredito que o anime poderá ajudar a dar um grande boost. O lado negativo? Só deve ganhar anime em 2018 ou 2019, infelizmente – Um mangá da Magazine se não é um B-Shounen, demora alguns anos a mais para ser animado.
Em décimo segundo lugar tivemos Nanatsu no Taizai que continua estável na revista. Para mim os editores deviam dar mais publicidade para a obra, colocando-o mais vezes nas primeiras colocações. Não digo isso pela obra ser popular, já que entendo o motivo dos editores não colocarem mangás populares sempre em primeiro, como a Shonen Jump faz. Os editores da Magazine preferem deixar a revista mais homogênea, assim espalha bem o seu sucesso. Eu digo para deixar-lo mais em primeiro lugar e fazer a obra ganhar mais páginas coloridas por causa do lançamento da segunda temporada: Os editores deveriam estar se preparando para dar um “hype” enorme a volta do anime, o que claramente não estão fazendo. Talvez acreditem que quem viu a primeira, de certo verá a segunda, ou estão esperando chegar mais perto do período de lançamento do anime para começar a dar destaque para Nanatsu.
Em décimo sexto lugar tivemos AKB49 que deverá ser encerrado em Fevereiro, por isso entre as edições #09 e #12. O mangá durou bastante tempo, mesmo não tendo grandes vendas, mas agora está chegando ao seu fim natural. Os editores já tem outra comédia romântica na revista, que é Yamada-Kun, mas normalmente deixam duas obras do mesmo estilo na revista, não deixando toda a carga em somente um mangá, deste modo acredito que em 2016 farão questão de lançar uma outra obra no estilo. Sinceramente, AKB49 fará falta na revista. Logo após tivemos nas três últimas colocações mangás que são populares o suficiente para não serem cancelados, então essas colocações foram só para deixar a revista mais equilibrada mesmo – A verdade é que depois o encerramento de AKB49 em Fevereiro, não faço a minima ideia de quem os editores planejam cancelar. Preciso dar uma grande pesquisada nos fóruns japoneses e analisar todos os próximos TOC’s até Fevereiro para conseguir ter uma conclusão lógica, e não simplesmente a base do achismo.