Análise: TOC Monthly Ultra Jump #03/Março (Ano 2015).

Com uma bela capa de Biorg Trinity, voltamos a analisar a Ultra Jump, uma das principais revistas no cenário de mangás, principalmente para quem gosta de mangás com temática mais adultas. Nessa semana tivemos, talvez, um dos melhores TOCs dos últimos meses:

Por mais que tivemos um TOC bem colorido, nesta edição tivemos pouquíssimas páginas coloridas, somente três, o que bem pouco para uma revista mensal, mas levando em conta que a Ultra Jump não vende muito, dá até para entender. Nessa edição tivemos a estréia de uma nova série que parece muito interessante, mas comentarei mais quando sair o primeiro capítulo.

É interessante também notar como estão colocando fé em No Guns Life, o mangá teve um capítulo especial lançado na Weekly Young Jump e página colorida de abertura nessa edição, para maximizar a publicidade só faltava dar uma capa, mas preferiram entregar para Biorg Trinity, outro mangá que os editores simplesmente amam, eles simplesmente enchem o mangá de privilégios, eles não querem que Oh Great! abandone a revista.

Em primeiro lugar, inclusive tivemos Biorg Trinity, comprovando como os editores gostam do mangá, lembrando que diferente da Weekly Shonen Jump e da Weekly Young Jump que o público pode votar nos seus mangás preferidos, não tem cartão de voto na Ultra Jump, assim as posições não tem nenhuma relação com a votação (Eles devem encontrar outro modo de descobrir a popularidade de um mangá), então é decisão mesmo dos editores fazer que o mangá fique no topo da classificação, acho que se não fosse o nome de Oh Great!, Biorg Trinity não teria tanto privilégios. 

Em segundo lugar tivemos Peace Maker, que demonstra que os veteranos ainda tem força na revista, após algumas edições sendo ranqueado na parte intermediária da tabela, os editores colocaram o mangá no topo. Peace Maker é um mangá importantíssimo para a revista que ajudou a Ultra Jump a ter mais “nome”, por isso, acho que merece esta colocação, e para mim deveria ganhar uma capa ainda este ano.

Em terceiro lugar tivemos outro veterano, Ad Astra – A Ultra Jump é uma revista bem ocidental, Peace Make se passar no velho-oeste americano, já Ad Astra na idade antiga europeia, mas estes mangás mais “ocidentais” que fizeram a Ultra Jump uma revista mais aberta a vários temas e também autores internacionais. É bom ver veteranos como Ad Astra conseguindo boas posições, o mangá é fantástico e continua com uma ótima qualidade, espero que se mantenha vivo na revista até quando o autor decida encerra-lo. 

 No Guns Life (Color Page).

Em quarto lugar tivemos Koi wa Hikari, acho interessante como o mangá vem melhorando as posições, antes ficava mais nas posições intermediárias, agora cada vez mais fica entre os cinco primeiros. Fechando o TOP 05 tivemos outro mangá veterano, esse que é o carro chefe da revista, Jojolion, que como ganhou duas capas seguidamente, a Jump preferiu ranquea-lo em quinto lugar, sem dar grandes destaques. 

Em sexto lugar tivemos Dasei 67 Percent, que é um simpático ecchi que continua agradando bastante os leitores e os editores, assim vai sobrevivendo na revista. O mangá tem cerca de 10 páginas por capítulo, por isso dificilmente ganhará uma capa, tudo indica que sempre será um mangá meio escondido da Shonen Jump, porque com 120 páginas anuais, quase não é lançado volumes e principalmente, não vai ganhar um anime tão cedo. Logo após na sétima colocação tivemos o spin-off de Terra Formars, que vendeu muito bem o primeiro volume, mas já terminou… Podemos dizer que a presença do mangá na Ultra Jump foi só um “evento especial”. 

Em oitavo lugar tivemos Selector Infected WIXOSS que entrou na revista para dar mais publicidade ao anime, mas parece que deu muito certo e continua sendo lançado, mesmo com o anime já sendo encerrado, olha, eu sinceramente acredito em ver o mangá durando muito tempo, tem capacidade para isso. Em nono tivemos Gingistune que é um mangá que com uma situação muito confortável dentro da revista, por mais que não acrescente muito ao nome da revista, como Jojolion, Biorg Trinity, Ad Astra e Peace Maker, agrada muito os leitores e os editores, assim vai sobrevivendo, sem ter sua posição ameaçada. 

Em décimo lugar tivemos “Q”, então a posição é bem preocupante, é minimizado pelo fato do mangá ganhar página colorida na próxima semana, mas mesmo assim ver um novato com tamanho potencial tendo constantemente posição intermediárias, demonstra que talvez os editores já não coloquem tanta fé no mangá, uma pena, pois eu havia gostado bastante da ideia de “Q”, espero que ele volte a pegar força. Em décimo primeiro tivemos Pro Wrestling Rhapsody, que também foi encerrado, o mangá parece que teve final natural, mas também sabemos que não fez tanto sucesso… De qualquer modo o autor contou a história que teria que contar e provavelmente agora voltará para a França, foi uma história interessante e que acrescentou um “ar” diferente a Ultra Jump, lembrando que Pro Wrestling era lançado de cabeça para baixo, uma ideia que nunca entendi, mas achei divertida.

Jumbor ficou em décimo segundo lugar, o autor que é Hiroyuki Takei, já anunciou que encerrará o mangá ainda este ano, então Jumbor esta chegando em sua reta final, mas fico surpreso pelo fato dos editores não estarem dando apoio o mangá, ao menos poderiam coloca-lo em uma posição mais alta já que esta no seu climax. Mas de qualquer modo, Takei deve comemorar pelo fato de ao menos este mangá ele estar conseguindo encerrar naturalmente, acho deveríamos até fazer uma festa em comemoração a este grande feito. 

Em décimo terceiro lugar tivemos Hayate x Blade 2, que vem conquistando várias posições baixas, o mangá não parece correr risco de ser cancelado, mas esta claro que os editores não estão se importando tanto com a obra, já que não está dando nem altas posições e nem páginas coloridas, diferente de Choukakou que é um mangá histórico ambientado na China Imperial, que por mais que também não ganhe páginas coloridas, semana passada foi ranqueado em uma posição alta, demonstrando que os editores ainda se importam em dar algum destaque a obra.

Momoiro Armet ficou em décimo quinto lugar, os editores encerraram duas obras (Terra Formars e Pro Wrestling), por isso acredito que Momoiro Armet não será cancelado, porém não acho que irá sobreviver por muito tempo, os editores colocavam muita fé na obra, por isso estão tentando mante-la salva, mas não agradou tanto o público, por isso em breve deve ser cancelado. Tentaram fazer Momoiro Armet um sucesso parecido com “Q”, mas parece que o mangá não era bom o suficiente para isto. As últimas duas posições ficaram com dois mangás que são ranqueados propositalmente no final, então, não são posição de fato válidas, o último lugar válido ficou com Momoiro Armet.

Na próxima edição temos a estréia de um novo mangá, chamado Ariadne no Kanmuri, que é uma obra de um novato no mundo dos mangás, mas com muita experiencia na área das artes em geral, já que foi responsável pelo design de personagens do jogo de Bayonetta, que é um jogo de grandíssimo sucesso em todo o mundo, por isso de certo podemos esperar um mangá com um arte fantástica. É incrível como a Ultra Jump, mesmo sendo uma revista não tão popular entre os japoneses, consegue atrair tanto autores de prestígio, demonstrando que de fato é uma revista para nicho.

Agradeço a Victor Almeida por ter enviado o TOC da Ultra Jump!