Teoricamente esta análise deveria sair na Quinta-Feira (08), mas por causa da Reflexão semanal sobre liberdade de expressão, adiei a matéria – Isto foi até um lado positivo, pois deu tempo de eu mudar alguns detalhes da matéria e pesquisar ainda mais sobre os autores.
Deste modo, Retsu! Date Senpai foi cancelado, mas o autor ficou muito bem na fita dentro dos editores, que decidiram apostar nele para um projeto de mangás onlines – Com a série Juudouzu (Comédia com Judô), Shinsuke Kondou fez parte de uma leva de autores, incluindo a criadora de Reborn, que lançaram mangás na Jump Plus. Porém, diferente das demais séries, Juudouzu foi tão bem aceito que os editores decidiram transferi-lo para a Shonen Jump.
Parecia que a carreira de Shinsuke Kondou estava preste a deslanchar, mas mesmo com o mangá sendo novamente muito bem querido, não conseguiu conquistar o voto do público – Parecia que ninguém estava disposto para votar na série. Juuduzou ainda não foi cancelado, mas o seu ruim desempenho e más vendas, fazem que a obra tenha uma grandíssima possibilidade de ser cancelado com apenas 20 capítulos. Tomara que o autor ganhe uma terceira oportunidade!
Nascido em 30 de Maio de 1980, Ryohgo Narita entra na lista dos autores de Light Novels que tentaram a sorte na Weekly Shonen Jump, mas diferente de Nisio Isin, Narita não teve muita sorte – Porém, antes de chegar na Shonen Jump, o autor já havia criado um nome dentro do universo de Light Novels e Animes.
A sua primeira série foi Baccano! lançada em 2003, o Light Novel foi um sucesso enorme, ao ponto de ganhar quatro anos depois uma versão em Anime. Logo após, Ryohgo Narita emplacou vários sucessos, entre eles o seu maior de todos, Durarara!!. Todas suas quatro principais Light Novels se passam no mesmo universo, deixando assim todas suas obras ainda mais interligadas.
Narita já declarou que é um grande fã do mangá de Bleach, inclusive em 2012 lançou uma Light Novel baseada na obra, chamada de: Bleach – Spirits Are Forever With You, esta Light Novel ajudou na aproximação entre Narita e o grupo editorial da Shonen Jump. Uma aproximação que faria nascer um mangá.
Em Fevereiro de 2014, Narita decidiu apostar em uma nova área, lançando uma série na Weekly Shonen Jump, chamada de Stealth Symphony, desenhada por Yoichi Amano (Que Falamos da sua história na Parte 04). Infelizmente o mangá não deu muito certo e foi cancelado com 20 capítulos. Porém mesmo com sendo um grande fracasso no Japão, conseguiu conquistar vários fãs no ocidente, fazendo a obra ser relativamente conhecida. Atualmente, após o fracasso de Stealth Symphony o autor esta trabalhando somente nas suas Light Novels.
Nascido em 6 de Junho de 1980, Hiroshi Shiibashi é um daqueles autores que acertou no seu primeiro trabalho, mas ainda precisa mostrar que é capaz de fazer outras obras de sucesso. Como foi contrato pelo grupo editorial da Jump, ninguém sabe, mas a sua primeira aparição foi em 2002 no mundo dos mangás foi em 2002 com o seu One Shot, Aratama, sendo lançado na Business Jump. A obra não foi muito bem aceita, fazendo que o autor foi imediatamente jogado na “gaveta”.
Porém, mesmo na gaveta, Hiroshi Shiibashi não desanimou e continuou na sua luta para se tornar um mangaká, enviando vários projetos tanto para a Shonen Jump quanto para outras revistas. A Shonen Jump rejeitava a maioria das suas obras, porém a revista da Universidade de Artes de Osaka, a mesma onde Go Nagai hoje é professor (Ótima universidade para quem sonhar em se artista e estudar no exterior), aceitou seus One Shots e começou a publica-los, publicando ao todo dois: Kyuso no Kiba e Aka-tuki. Além de deram a possibilidade do autor ilustrar o romance Baka na onna no Moso – Aos poucos, mesmo sem a Shonen Jump, Hiroshi Shiibashi foi pegando respeito, principalmente no meio artístico universitário – Fazendo assim que a própria Shonen Jump oferecesse ao autor a possibilidade de lançar um outro One Shot na Bussiness Jump, que teve uma aceitação mediana.
Mesmo já tendo ilustrado vários quadros e um romance… Ter lançado quatro One Shots, Hiroshi Shiibashi ainda não tinha nenhuma projeção de quando ia ser lançado a sua série, foi aí que ele decidiu abandonar o universo de obras mais sérias, e apostar em algo mais “Shonen”. Isto aconteceu por causa que em 2004 o autor foi colocado como assistente de Hirohiki Araki, adquirindo assim muita experiência e conseguindo imaginar uma obra que pudesse ter elementos seinens e ao mesmo tempo Shonen, como JoJo. Assim, com a experiência adquirida lançou na Akamaru Jump (Atual Jump NEXT), o one shot Nurarihyon no Mago. O One Shot foi muito bem aceito, fazendo que a Jump relançasse com algumas modificações, na terceira Godeln Future Cup da revista.
O mangá conseguiu vencer e assim garantiu a sua serialização na Shonen Jump – Em 2008, Nurarihyon no Mago finalmente foi lançado e se garantiu como um sucesso. Logo após terminar Mago, Hiroshi Shiibashi tirou uma “pausa” de apenas 1 ano, voltando com Illegal Rare – O autor não testou a série com nenhum One Shot, o que prejudicou bastante a obra que foi lançada as “cegas”. A obra não conseguiu um grande sucesso, tendo um desempenho ruim na revista e sendo cancelado com apenas 30 capítulos. Atualmente o autor deve estar trabalhando em uma nova obra para ser lançado em alguma revista.
O último autor desta parte, é o mais polêmico da revista atualmente, Naoshi Komi – Nascido em 28 de Março de 1986, Naoshi Komi sempre quis ser um mangaká, assim sempre desenhava vários mangás na sua escola, inclusive entrou no clube de artes do seu colégio. Quando terminou o colégio, entrou na faculdade de Art Kobe, onde foi levado pelo seu professor até o editorial da Weekly Shonen Jump.
Imediatamente os editores repararam no potencial do autor, que viam nele um ótimo futuro em mangás de romance, um estilo que sempre foi muito raro na Shonen Jump. Assim, a Shonen Jump entregou a Komi um editor que já havia um grande conhecimento nesta área, junto com seu editor, em 2007 o autor lançou o One Shot, Island na Akamaru Jump, o mangá foi o mais bem votado da edição, fazendo que assim o autor tivesse ainda mais respeito dos editores. O One Shot fala sobre duas garotas que moravam em uma vila cercada por um muro gigantesco que não deixava ver o ambiente externo, uma história belíssima com várias metáforas, mas que justamente, não tinha como ser serializada.
Porém, mesmo com Island tendo ganhado o prêmio, não viam um potencial de longa duração bom o bastante para serializa-lo, assim, já na Weekly Shonen Jump, Naoshi Komi lançou um outro one shot, chamado de Koi no Kami-Sama, uma comédia romântica que não foi muito bem aceita. Fazendo assim que o autor lançasse um outro One Shot, chamado de Williams no mesmo ano.
Mas, foi em 2008 que o mangaká lançou sua primeira obra, chamada de Double Arts, uma obra que misturava romance, comédia e um universo mediaval. Inicialmente a obra foi bem aceita pelo público, mas um problema que seguiria o autor por toda sua carreira (Até agora) prejudicou o mangá… A enrolação. Já no ínicio do mangá, o autor apresentou um ritmo lentíssimo e adicionava várias cenas ou até capítulos totalmente inúteis para a história. Assim Double Arts foi cancelado com apenas 20 capítulos.
Assim, após o fracasso, Naoshi voltou ao cansativo trabalho de lançar vários One Shots, esperando que alguém der certo, lançou até na Jump Square, que felizmente não foi serializado, já que imagina uma série mensal do jeito que ele enrola? 8 anos para a história andar o equivalente a 2 capítulos. Mas após vários One Shots, ele voltou para Akamaru Jump, agora chamado de Jump NEXT!, onde lançou Nisekoi, obra muito bem aceita, porém, que não foi eleito o melhor da edição.
Mesmo sem ganhar, o mangá foi muito bem aceito, tendo ficado provavelmente em segundo ou terceiro lugar, assim fazendo que os editores decidissem serializa-lo. E não é que deu certo? Nisekoi se tornou um grande sucesso mundial e agora o autor merecidamente esta aproveitando todo o sucesso da série (Mantendo a sua mania de enrolar até o infinito). Naoshi Komi diz ter um sonho de criar um mangá de fantasia shonen, já que sua obra preferida é One Piece, quem sabe no futuro não vejamos Naoshi Komi lançando um B-Shounen (Que se depender dele, vai durar mais que One Piece).
Pretendo que esta série seja “encerrada” na Oitava Parte, que deve contar somente com autores de séries mais clássicas (Captain Tsubasa, Monster City, Jaguar) , assim fechando a história dos principais autores que já passaram pela Shonen Jump. Isso não significa que de fato não farei mais sobre “Conhecendo Autores da Weekly Shonen Jump”, só atualizarei com novos autores que surgirem, por isso, raramente.