Os editores da Shonen Jump nunca estão satisfeitos o suficiente, mesmo com Boku no Hero Academia, da safra passado, ter sido bem aceito pelo público, eles nem esperaram os outros dois mangás da safra estrearem, e já revelaram que irão lançar mais uma outra – Para substituir Kuroko no Basket, que terminou natural e provavelmente também Illegal Rare, mangá do criador de Nurarihyon no Mago, Hiroshi Shiibashi.
Já é estranho eles anunciarem tão cedo uma nova safra, para piorar temos três mangás que não corresponde, nenhum deles ao tradicional Battle Shounen, como é de tradição da Shounen Jump. Esta safra, em sí me lembra muito a de Soul Catcher (S), Mutou Black e Smoky B.B. – Só espero que ela não tenha o mesmo triste fim que os mangás dessa safra.
Parece que nesta safra a Shonen Jump não havia um claro objetivo, diferente da safra passada, que tinha como um objetivo claríssimo, revelar um novo battle shounen – Desta vez eles estão apostando em mangás fora do “comum”, fugindo do tradicional para ver se pelo menos um desses mangás consiga ser um sucesso.
Foi dificil entender exatamente o que a Shonen Jump procurava com a estréia de cada um desses mangás, mas após uma leve pesquisa sobre a aceitação dos One Shots, histórico do autor e, logicamente, lendo a obra acredito que cheguei a uma conclusão satisfatória.
Juudouzu (Kondou Shinsuke).
O autor não é um novato na revista, já lançou o gag mangá Retsu! Date Senpai em 2012, que foi cancelado para dar lugar a World Trigger e Koisuru Edison, em Fevereiro de 2013 – Porém o desempenho do mangá não foi de total ruim, mesmo ficando na maioria das semanas nas últimas colocações, melhor em último, Retsu! Date Senpai conseguia estranhos picos nos seus capítulos bem engraçados, mostrando que o autor tinha capacidade de agradar o público, só precisava acertar a dose de comédia.
Com o lançamento do aplicativo da Jump Live, a Shonen Jump decidiu apostar no seu talento para fazer a revista digital mais popular… O sucesso de Juudouzu, provavelmente, foi tão grande para o padrão da revista que a Shonen Jump decidiu traze-lo para sua revista principal, assim “cancelando-o” da Jump Live após somente 2 capítulos.
Procurei até o inferno os dois primeiros capítulos do mangá, mas não achei de nenhum modo – Deste modo não consegui nenhuma informação sobre o roteiro de Juudouzu, o máximo que sei se trata de um protagonista que luta de Judô, mas o mangá não é obrigatoriamente sobre o Judô. Até agora é o favorito a fazer um sucesso entre os mangás lançados:
Juudouzu não segue um estilo de comédia tradicional, como Isobe Isobee Monogatari e PSI Kusuo Saiki seguem, mas sim um estilo mais moderno de comédia, comparável mais a Gintama (Talvez o maior expoente de comédia moderna dos mangás) e Ansatsu Kyoushitsu. Será interessante ver finalmente outro gag estreando, depois de um bom tempo com mangás, relativamente sérios – O máximo de Gag que tivemos foi iShoujo que pendiam muito para a comédia ecch -.
Minha previsão: Não é que sei o futuro para dizer com certeza “Este mangá fará sucesso”, mas analisando as informações prévias, acredito que Juudouzu tem um grande potencial de se tornar uma boa comédia de meio de tabela tendo em algumas edições um pico no TOP 5, como mais ou menos acontece com PSI Kusuo Saiki. Mas isso dependerá mais do autor, devemos ver se ele aprendeu com os erros de Retsu! Date Senpai.
Hi-Fi Cluster (Gotou Ippei)
Hi-Fi Cluster é um mangá que vem sendo trabalhado a muito tempo, teve seu primeiro One Shot lançado em 2012, mas com o nome de Rokkou Tokka, tendo a página colorida acima – Porém pelo que eu vi nas votações dos fóruns japoneses, o primeiro One Shot teve uma aceitação média, não o suficiente para assim ser serializado em uma revista tão cruel como a Shounen Jump.
Deste modo o autor e o seu editor decidiram continuar trabalhando no mangá, melhorando os pontos criticados, assim saindo o seu segundo One Shot, em Maio deste ano, foi lançado um outro one shot do mesmo mangá, com um nome diverso Hi-Fi Cluster… Neste One shot ele mudou vários detalhes, entre eles o design da personagem feminina, deu um ar mais debochado ao mafioso (Personagem principal) e adicionou um drama mais convincente a história.
Talvez, foi este o problema: O one-shot sofre o mesmo problema de vários mangás cancelados, extremamente dramático para um primeiro capítulo – Um drama que só faz o mangá soar forçado, pois você ainda não tem ligação sentimental com o mesmo para assim se importar com toda aquele drama imposto. Porém, o one shot tem seus lados positivos, entre eles é o protagonista que é muito carismático, as suas habilidades são interessantes, e se for bem desenvolvido, pode sim conseguir carregar o mangá, se tornando um icone da Shonen Jump. Outro ponto interessante é a união entre sci-fi, sobrenatural, mafia e Shounen que o autor faz, este herói ciborgue chama muita atenção.
Deste modo, pelo fato de ter se tornado sério em tão pouquíssimo tempo, os editores já publicaram Hi-Fi Cluster com o objetivo claro de serializado… É como já estivesse pronta a serialização, mas antes quiseram fazer um pequeno teste lançando o One Shot – O último mangá que teve uma serialização tão rápida foi Kurokuroku que não foi muito bem.
Minha Previsão: Infelizmente o One Shot não é muito convincente, tem até um protagonista legal, mas o excesso de drama e o mundo não tão interessante, faz que a série se torne bem esquecível, não conseguindo se destacar. O autor deve ter alterado muita pouca coisa em relação ao One Shot de Maio, por isso não consigo ver o futuro da série com olhos muito positivos – Mas torço, se tudo ir bem, pode até se tornar uma série de zona intermediária.
Sporting Salt (Kuhota Yuuto)
Esta talvez seja a serialização mais estranha dos últimos tempos, Sporting Salt não foi muito bem aceito pelo público em geral, mas mesmo com a baixa aceitação a Shounen Jump decidiu serializado – Após mais ou menos 1 ano e meio do seu lançamento.
Sporting Salt é um mangá que une Esportes com um Romcom (Comédia Romântico), onde os protagonista por meio da ciência tenta melhorar as suas habilidades de esportes – O grande problema do One Shot, além do fato de ter um traço muito simples, chegando a parecer amador, é que a série não te desperta nenhum interessante, tanto pelos personagens quanto pela própria história.
Para piorar, as cenas de humor não foram muito bem aceitas, sendo considerada pela maioria das pessoas “sem graça”… O que pode deixar algumas pessoas esperançosas sobre a série, é que já se passaram 1 ano e meio desde seu lançamento, por isso a Shonen Jump deve ter realizada várias mudanças até conseguir alcançar com resultado satisfatório.
Talvez seja a serialização mais arriscada, mas quem não arrisca, não petisca… Muitas mangás já vieram como Underdogs e terminaram sendo os únicos que funcionaram da leva – Então, fiquem de olho que pode estar a surgir o novo romcom de sucesso da Shonen Jump
Minha Previsão: Tudo indica que não sobreviverá por muito tempo na revista, podendo ser cancelado em pouquíssimo tempo… Mas o fato de ter uma grande pausa entre o one shot e a serialização, significa que o autor procurou de todo o modo sanar os problemas do One Shots. Não coloco muita fé, mas pode ser uma grata surpresa.
Considerações Finais
O objetivo da Shonen Jump com essa leva é trazer algo de incomum a revista, apostando no diferente, no improvável, ela pode estar preste achar mais um novo grande sucesso, mesmo que analisando os mangás é bem dificil que alguns deles se tornem um sucesso – Talvez, no máximo um novo Soul Catcher (S), sendo bem positivo.
Até agora eu coloco mais fé em Juudouzu pelo fato de fazer um grande sucesso na Jump Live, que mesmo sendo uma revista de menor porte, serve como uma prévia da opinião dos japoneses sobre o mangá.
Todas as três séries terão lançados os seus três primeiros capítulos em inglês na Shonen Jump Americana, assim facilitará o fato de eu fazer as minhas primeiras impressões sobre os mangás. Estou ansioso para ver como estes mangás irão, e se talvez não encontremos um novo grande sucesso, mesmo que seja bastante improvável.