Após uma safra amarga, finalmente teremos bons frutos?
Antes de começar a falar sobre o tema, gostaria de reserva o primeiro paragrafo a uma recado, sim, falei que o site mudaria de visual, mas todos os layouts que me apresentaram não foi do meu agrado, deste modo, por enquanto, decidi manter o visual do site, assim que achar um perfeito, irei mudar. Agora vamos as novas séries:
A Jump esta passando pela sua pior temporada de novas séries dos ÚLTIMOS 20 ANOS… Esse ano, já estrearem 6 séries, e nenhuma delas se tornou um sucesso… Algo só visto em 2010, onde tivemos como maior sucesso “Enigma”, que durou um pouco mais de 1 ano na Jump.
Em um período de vacas magras, desesperador – A Jump nos “presenteia” com 3 battle shounens que tem tudo para aumentaram a lista de fracassos da revista… Porém a vida não é uma certeza absoluta, e quem sabe não poderemos ter, no meio desses battle shounen, de fato um novo grande sucesso na revista? Por isso, nessa reflexão semanal falarei sobre as três séries que irão estrear:
Boku no Hero Academia (Horikoshi Kouhei)
Comecemos com o primeiro mangá a estrear… O autor é já um autor veterano no sentido de fracassos, tendo dois mangás que simplesmente “floparam” na Weekly Shonen Jump – O péssimo Sensei no Bulge e o injustiçado Oumagadoki – Este seu novo projeto não me inspira muita confiança, por um simples e rápido motivo:
O autor lançou o primeiro One Shot deste mangá na Akamaru Jump em 2008, isso poderia significar que nesses 6 anos ele trabalhou em aperfeiçoar este mangá, CASO ele não tivesse lançado neste meio tempo dois mangás. Para os editores preferirem que ele lançasse outros mangás do que Hero Academia, significa que o mangá não era convincente o bastante para merecer ser serializado.
Outro ponto a se levar em consideração, é que os editores preferiram ver o autor lançar o péssimo Suensei no Bulge do que este mangá, que tem um One Shot mais antigo – Me deixando com o pé ainda mais atrás em relação ao mangá.
De qualquer modo, Kouhei pode sim ter encontrando um jeito interessante de serializar o mangá, fazendo que os editores mudassem de ideia e decidissem serializar Boku no Hero Academia – Porém, até ler o primeiro capítulo, e ter uma verdadeira primeira impressão ficarei um pé atrás em relação a este mangá.
Outro ponto negativo é também relacionado a data do seu produto mãe, o One Shot. Os editores tem em base uma opinião sobre um produto que foi lançado em 2008… É uma loucura lançar uma série de um autor “veterano fracassado” sem nem ao menos ter uma base de opinião do público, que é o One Shot. Ás vezes me dá a sensação que a Jump esta querendo “queimar” de uma vez por toda o autor… Aliás, infelizmente essa é a última chance que ele terá na Weekly Shonen Jump, caso fracasse.
Mitsukubi Condor (Ishyama Ryou):
Caso você queira ler o One Shot de Condor, é só clicar aqui – Este mangá já me dá mais esperança, mesmo que ao meu ver tem problemas bem séries para ser resolvidos. O autor é Ishiyama Ryou, autor novato que lançou o One Shot deste mangá no final do ano passado.
Por isso, em pouquíssimos meses a Jump decidiu serializado – Provando que o seu One Shot foi muito bem recebido pelos japoneses (E pelo que acompanhei nos fóruns de fato foi mesmo bem recebido). Deste modo, diferente de Hero Academia, podemos dizer que Condor já temos uma prévia que o público possa se simpatizar pelo mangá.
Porém, ele tem seus defeitos também – E o principal defeito é o seu protagonista: O personagem é carismatico, interessante e muito misteriosos, mas o seu rosto é enjoativo. Achei muito legal o autor colocar essa cara bizarra no personagem principal, é genial de certa forma, pois diferencia o persoangem de qualquer outro protagonista shounen, porém, imagine ver essa mesma cara bizarra por 100 capítulos? Acho que na verdade, após o quinto capítulo você já estaria cansado da expressão facial do protagonista.
Tirando isso, que é um grande problema, mas que dá para resolver – O autor nos apresentou um One Shot convincente. Com uma boa cena de luta, boa história e uma personalidade do personagem principal que tenho certeza que será muito bem desenvolvida na série (E será o ponto forte dela).
Deu para perceber também que o autor não gosta muito de desenhar cenário, deixando a maioria das páginas com fundo em branco OU no caso, um desenho extremamente simples para o cenário – Isto não é um grande problema, temos vários mangakás que fazem isso, mas é bom você ler já sabendo que não devemos ver artes magnificas em relação ao cenário.
A sua arte em certo pontos me lembra bastante de Ansatsu Kyoushitsu, e achei isso bem interessante, pois é um tipo de arte que dá espaço para várias cenas bizarras e non-sense, algo que esse autor certamente irá apostar ao longo da série.
É o mangá, dos novatos, que eu coloco mais fé… Mas não podemos esquecer de um detalhe – Em uma safra com 3 mangás, o normal é que aquele do meio seja o que fracasse mais rapidamente: É aquele que os editores colocam menos fé e que servirá de almofada. O sucesso, em sua grande maioria das vezes, vem do primeiro mangá da safra ou o último.
Yoakemono (Shibata Yousaku)
O último battle shounen é também de um autor novato Shibata Yousaku – Infelizmente não encontro nenhum One Shot na internet, mas eu tinha baixado na época a raw que foi lançado este mangá (E que infelizmente já exclui do meu PC)… E sinceramente, é um mangá tem um potencial enorme em termo da arte e podemos dizer que será o mais sério da nova safra, mesmo que, Condor tenha um background muito mais macabro que Yoakemono.
Os pontos negativos deste mangá é o excesso de drama – É um mangá extremamente dramático, onde o personagem principal adora cuspir frases de efeitos e sangrar como um louco, bem ao estilo Saint Seiya de se viver. E todo mundo sabe que os japoneses já estão cansados deste tipo de protagonista, isso pode pesar muito para o mangá.
Sobre sua arte, é simplesmente fantástica… Ao ler o mangá teremos várias cenas de tirar o folego, já que o autor provavelmente nos presenteará cenas de ação frenéticas, sujíssimas, sangrentas e muito, mas muito bem desenhadas… Por isso acredito que em termo de arte, o autor irá já agradar boa parte do público japoneses, se a história irá agradar, aí já é outros 500.
Consideração finais:
Esta nova safra da Weekly Shonen Jump é fadada ao fracasso sim, pois serão 3 battle shounen lançados simultaneamente – Dois deles, Yoakemono e Condor, apostam em batalhas com monstros bizarros e assustadores, e tem muitos pontos em comum… Levando a crer que poderão dividir os votos e assim fracassam juntos. Condor leva vantagem pelo fato do protagonista ter uma história de background muito mais inovadora, enquanto Yakemono segue mais ao lado clichê de personagem principal lutador, sonhador e sofredor.
Já Boku no Hero Academia é um pouco diferente, mas não me desperta muita esperança sobre o mangá ser de boa qualidade, pelos motivos já citados. Deste modo, essa nova safra tem tudo para ser uma outra safra bem amarga.
Mas farei uma boa macumba, matarei uma boa galinha e torcerei muito para que ao menos um destes mangás se torne um grande sucesso, de preferência o que mais me agradou entre eles todos: O psicopático, louco, engraçado Mitsukubi Condor. Aliás, encerro esta pequena review com uma página que resume bem quanto louco é o protagonista.
*Lembrando que fazer as primeiras impressões de cada mangá assim que sair pelo menos a tradução em inglês do primeiro capítulo.