Muitos autores passam por essa revista, alguns conseguem se manter – Outros vão embora com pouquíssimas semanas, nessa quarta parte, irei focar somente nos Mangakás que “fracassaram” em lançar mangás de sucessos na Weekly Shonen Jump, porém continuaram marcados em nossos corações com seus mangás de pouquíssimos volumes.
Antes de começar de fato esta quarta parte, irei postar as partes 01, 02 e 03 dessa série que criei a 1 ano atrás, e infelizmente, não encerrei ela – Ainda faltam mangakás importantes, como por exemplo, Shimabukuro de Toriko ou mesmo Tamura de Beelzebub. Porém, deixarei estes mangakás para futuras partes. Agora, para quem não leu a Parte 01, 02 e 03:
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Lembrando, todas as informações dita neste tópico foram baseadas em informações ditas por sites confiáveis, entrevistas em canais de TV ou em revistas ou mesmo em alguns casos, informações que eu mesmo tenho guardado em minha memória.
Enigma não foi um dos maiores fracassos que já apareceram na Weekly Shonen Jump, mas também não podemos considerar um sucesso – Tendo sobrevivido só por 1 ano na revista, o mangá nunca emplacou, as vendas sempre foram tão medíocres quanto as suas posições no TOC.
Porém devemos declarar que a autora Kenji Sakaki foi até competente com seu primeiro trabalho – Sakaki começou como uma das assistente de Amano, famosa escritora da série “Reborn!”… Enquanto ainda trabalhava para Amano, Sakaki ia criando seus One-Shots e mandando para a Weekly Shonen Jump, que analisada e dizia o que ela ainda devia melhorar.
Após vários One-Shots fechados (Por isso, que não foram divulgados ao público) e uma bom feedback por parte de Amano, que tinha uma ótima relação com a sua assistente, a Jump deu sinal verde para que Sakaki serializasse seu primeiro mangá, Enigma.
Infelizmente, em nenhum momento o mangá conseguiu conquistar o público japonês, soando para eles somente um mangá simpático de investigação e suspense… Enquanto isso, o público ocidental amou Enigma e ficou se corroendo internamente por ver o mangá ser cancelado após 1 ano de publicação (Mesmo com sua incoerência e furos no roteiro, o mangá, ao meu ver, ainda merecia se manter na revista).
Atualmente não temos muita notícia de Sakaki, porém tudo indica que ela esta ainda dentro da revista, tentando ter outro sinal verde para começar um novo projeto.
Outro mangá que não conseguiu ir muito longe da revista, mas conquistou o coração de vários leitores orientais e ocidentais – Magico é um battle shounen bem divertido, cheio de fanservice e uma história interessante.
Iwamoto é um dos autores “fracassados” com maior respeitado dentro da Jump, mesmo seu mangá não ter conquistado de vez o público japonês, outro que para os japas só soou como um mangá simpático, sem nada de especial, a Jump conseguiu enxergar o seu enorme talento em desenhar e desenvolver histórias.
Atualmente Iwamoto pública vários One-Shots… Aliás, o autor já público vários one shots em várias revistas, passando inclusive da cota do aceitável (Normalmente se publica 2 ou no máximo 3 one shot, se nenhum faz sucesso o mangaká é chutado da revista, se algum faz sucesso começam a trabalhar para ver se conseguem serializar este trabalho), isso só demonstra que de fato a Jump confia no autor.
Provavelmente devemos ver até final de 2015 um novo mangá de Iwamoto sendo publicado na Jump, até lá podemos ficar relendo Magico ou mesmo vendo seus milhares de OS já publicados por aí!
PS: Uma curiosidade de Iwamoto é que eles é um dos melhores amigos de Tamura, o criador de Beelzebub.
Hirakata Masahiro pode ser considerado o mangaká mais amado dessa lista, mesmo que seu trabalho foi considerado um fracasso completo – O autor conseguiu atrair um grupo de leitores fieis e ao mesmo tempo o respeito da Jump mesmo tendo lançado um mangá que ficou nas últimas posições em todas as semanas que participou na revista.
Shinmai Fukei Kiruko-San fala sobre um soldado psicopata que é transferida para uma cidade do interior do Japão para se tornar policial, o problema é que esta cidade não acontece simplesmente nada, tendo como o ápice do crime roubo de calcinhas.
É um mangá de comédia muito simpática, como uma protagonista, Kiruko, muito, mas muito fofa e épica – Hirakata Masahiro com este projeto de estréia, conseguiu demonstrar que tem capacidade de trazer um humor refinado e ao mesmo tempo um arte impecável.
Atualmente Hiraka Masahiro esta como o autor de Magico, lançando One-Shot a doidado… O que deixa os fãs do autor ainda mais confuso, já que todos os seus One Shots (Ao todo já foram 3 após o encerramento da série, a 1 ano atrás), são um diferente do outro. Inclusive, o mais recente saiu na Jump Next! e é sobre natação masculina, sem comédia.
Hideo Shinkai é o único mangaká desta lista que tem atualmente um mangá sendo publicado na Weekly Shonen Jump… Light Wings foi o seu primeiro projeto e fracassou lindamente – O mangá de futebol pretendia trazer um elemento sobrenatural ao esporte, o protagonista teria uma asa de anjo e utilizaria isso como vantagem para ganhar os jogos com estilo e emoção.
O mangá foi uma MERDA completa, todos odiaram e ficou na última posição em praticamente TODAS AS SEMANAS… Light Wings é a definição de fracasso (Junto com Mutou Black que é outra definição de fracasso), porém, mesmo assim a Jump confiou no autor e continuou trabalhando com ele em um novo projeto:
Soul Catcher (S)… Após meses de ser simplesmente humilhado na Jump, Hideo Shinkai trabalhou duro para que o mangá de música que ele tanto sonhou em escrever fosse serializado… No final, ele conseguiu alcançar este feito.
Infelizmente, mesmo tendo um público fujoshi fiel e vendendo mais que alguns mangás da revista (Como Isobee Isobee e World Trigger), Soul Catcher pelas suas ruins posições no TOC tem tudo para ser cancelado com apenas 6 ou 7 volumes, se tornando outro fracasso do autor. Porém, a série conseguiu atrair uma boa fã base feminina, aumentando as chances da Jump dar uma terceira chance ao autor (O que é super raro).
Ops, engano meu! Existe um outro autor de um mangá que fracassou lindamente que ainda esta na revista: Yoichi Amano é um dos mangakás mais amados pela Jump e um dos que mais tem fracasso na revista – Se vocês acreditam, o primeiro mangá publicado por ele foi lançado em 2006, chamado Over Time, teve somente 3 volumes e foi cancelado.
Após isso, ele trabalhou duramente por 3 anos para lançar um novo trabalho, Akaboshi (Ano 2009) na Jump (O segundo mangá dele lançado na revista), com um traço simplesmente ESPETACULAR, ele conseguiu conquistar vários admiradores, mas pela história ter um desenvolvimento péssimo, o mangá fracassou e foi cancelado com apenas 3 volumes.
Mesmo assim, Youchi ganhou uma terceira chance pela repercussão positiva que teve o mangá, e teve a chance de publicar na Jump Square o mangá Examurai que também não foi muito bem com o público e teve seu final já no volume 02. Após três fracassos, sendo o último ele somente como desenhista tudo levava a crer que de nenhum jeito Youchi Amano haveria uma outra chance em NENHUMA revista da Jump, mas mesmo assim os editores confiaram no mangaká e deram uma quarta chance:
É meu amigo, indo para o seu projeto mais ambicioso, Youchi se uniu ao respeitado criador de Light Novel, Narita Ryougo, e após 5 anos fora da Jump, volta triunfal a revista – Se o mangá fará sucesso? Não sabemos, ainda não saiu o primeiro rank do seu novo projeto, Stealth Symphony… Mas olha, se esse não ir para frente, é melhor Youchi ir vender pastel na rua, porque é impossível darem uma quinta chance, a um mangaká que já tem 9 ou 10 ANOS como funcionário na revista.
Hungry Joker pode ser considerada a maior PIADA que tivemos nos últimos anos na Jump, o mangá chegou super hypado pelos leitores do One-Shot, no ocidente, as scans brigaram aos tapas para ver quem traduziria este mangá (Na época, uma Scan nova veio até me pedir para fazer publicidade sobre a scan dela nos comentários semanais de Hungry Joker, já que eramos o maior site que comentava sobre esta tragédia – Sofri muito comentando sobre ele)… No final, não adiantou de NADA este hype gigantesco que o mangá ganhou, porque Hungry Joker foi um fracassado.
Mas falando sobre a autora, Tabata Yuuki começou a ser conhecida pelo público leitor de mangás após vencer a Gold Future Cup de 2011 com o seu mangá Hungry Joker, após isso, ela ficou trabalhando por 1 ano e meio até conseguir serializar o mesmo mangá que lhe deu o prêmio.
Normalmente os autores passam 6 meses de trabalho duro para que o seu projeto que já teve um One-Shot lançado e bem aceito pelo público seja de fato lançado… Yuuki passou longos 1 ano e meio até conseguir este feito, e mudou MUITA coisa no mangá, praticamente descaracterizou toda a obra original.
Assim, o público que estava tão ansioso se deparou com um mangá totalmente diferente do que esperava e principalmente, um mangá com uma história fraca, corrida e cheia de furos – Hungry Joker foi um perfeito fracasso e só não ficou em último todas as semanas, porque tinha Kiruko-San para ficar trocando de lugar com ele. Atualmente Yuuki irá lançar um novo One-Shot na Shonen Jump, vamos ver se tem uma boa aceitação, pelo menos a fã base que ela conquistou por causa de HJ (Sim, tem gente que gostou desse mangá) esta ansiosa.
Kouhei Horikoshi é outro mangaká que está com a corda no pescoço, já teve lançado na Jump dois fracassos, o primeiro é um mangá que eu simplesmente SOU FÃ: Oumagadoki Doubutsuen (5 Volumes), lançado em 2010. O outro, o mais conhecido, é Sensei no Bulge que teve apenas 2 volumes, mas que conquistou milhares de fãs.
Lançado em 2012, muitos ocidentais acreditaram que de fato Sensei no Bulge poderia se tornar um novo pilar da Weekly Shonen Jump, alguns tinham a certeza absoluta disso… Quebraram a cara ao perceber que o mangá não teve aceitação nenhuma no Japão e foi cancelado com APENAS 16 CAPÍTULOS.
Kouhei Horikoshi entra na lista de mangakás que provavelmente recebem a terceira e última chance, já que conseguiram, mesmo com um fracasso, ter uma boa recepção (Principalmente no quesito da arte)… Porém, devo relatar que se ele fracassar na próxima chance, será com certeza demitido da Jump.
PS: Como Horikoshi já recebeu duas chances, caso que a Jump não veja mais potencial nele, pode muito bem já ter sido chutado, pois desde o final de 2012, quando foi cancelado Sensei no Bulge que não temos noticias do mangaká, nem um One-Shot.
Bem, não podemos dizer que Psyren foi um fracasso completo, de fato o mangá conseguiu chegar se ARRASTANDO até o volume 16, porém, devo assumir que pela sua qualidade, merecia ir muito mais longe.
Psyren foi um mangá lançado em 2008 que durou vários anos na Jump, mas em nenhum momento conseguiu conquistar o público japonês, as suas vendas eram mediocres e sua posição no TOC também era, a verdade é que o mangá teve a sorte da Jump gostar muito do mangaká e também de ter em vários ocasiões mangás pior classificados, as famosas “almofadas”.
Chegou um momento que se tornou insustentável manter Psyren na revista com vendas tão baixas… Aliás, a situação estava tão feia que a Jump preferiu nem dar uma anime par o mangá, que já tinha capítulos o suficiente para ganhar um e ter, possivelmente, uma melhora em vendas. Psyren não é um fracasso, pelo tempo que sobreviveu na revista (Digo e repito, merecia sobreviver mais tempo levando em conta a qualidade), mas também passou longe de um sucesso.
Sobre o autor, que é o que mais importa Toshiaki não era um novato na revista quando chegou com Psyren, já havia lançado na Mieru Hito na própria Weekly Shonen Jump… Mieru Hito foi um mangá com um sucesso relativo e foi encerrado com 7 Volumes (Não foi cancelado de fato, só encerrado com um final apressado).
Após Psyren ser cancelado (De fato foi, o final é super mal feito e apressado inclusive), Toshiaki lançou apenas dois One-Shots, um é Godland Company que não foi bem aceito pelo público e o outro é Sakuran que foi muito bem aceito, só que sofre com o problema de ser um One-Shot muito fechado, que não dá margem para uma serialização.
É óbvio que a Jump esta trabalhando para que Toshiaki nos próximos 2 anos possa começar um seu possível terceiro projeto (Que não podemos considerar uma terceira e última chance, já que nem Psyren e nem Mieru Hito foram um fracasso).
Caso você não conheça Psyren, um nosso antigo escritor, Vinicius Couto escreve uma pequena matéria sobre o mangá, leia clicando aqui
Temos também Kaito, autor de Cross Manage (Volume 05), o manga conseguiu sobreviver por quase 1 ano na revista, isso por causa da sua popularidade na Jump Americana – O autor tem muito prestígio dentro da revista e com certeza já esta trabalhando em um novo projeto.