“Em uma revista que só resumia para os leigos, a Gantz, surge nos últimos anos, uma montanha de monstros, mangás de altíssima qualidade.”
Ultimamente venho reparando na crescente de qualidade da revista Young Jump, ao ponto de eu querer reservar esta Reflexões para os mangás que a formam, precisamente mais para: Real, Tokyo Ghoul, Terra Formars, Innocent, Kingdom, All You Need Is Kill e Hamatora.
Logo percebemos que a revista está cheia de mangá de grande destaque entre o público oriental e ocidental. Com um elenco tão bom, é estranho perceber que a revista ainda é negligenciada por muitos, mas muitos ocidentais, que mal ouviram falar em Tokyo Ghoul ou Innocent, por exemplo (Se a pessoa nunca ouviu falar em Kingdom ou Real, precisa melhorar muito a sua gama de conhecimento sobre mangás).
Como necessário em uma revista voltada para o público adulto, sangue e mutilações não é o que faltam – Terra Formars, cujo o primeiro volume já foi analisado aqui no site, juntamente a Tokyo Ghoul conseguiram ocupar muito bem essa vaga.
Aliás, Tokyo Ghoul é o meu mangá favorito dessa revista, voltado ao terror, ele conseguiu com sua arte impecável agradar vários japoneses – É dificil criar um mangá de terror, precisa de muita técnica, pois você deve conseguir, pelo aspecto somente visual, passar medo ao leitor.
Muitos filmes de terror e também jogos, utilizam do som para causar medo, adicionando as cenas sons de insetos ou outros rumores que podem irritar o cérebro humano, nos dando insegurança e ao mesmo tempo muito, mas muito medo.
O problema é que nos mangás, esta técnica que é utilizada na maioria dos filmes e jogos não pode ser adicionado, por motivos óbvios – Deste modo, o autor deve conseguir somente visualmente trazer insegurança e incomodo ao leitor, apostando em cenas escuras e imagens que relembrem algumas criaturas medonhas. Não é fácil, mas Tokyo Ghoul está provando que é muito possível fazer isso, aliás, de bônus nos entrega uma história extremamente cativante.
Terra Formars.
Outra notícia bem bela, é que esses dois mangás Tokyo Ghoul e Terra Formars ganharão versão de anime – O estúdio responsável por Tokyo Ghoul é o Studio Pierrot, que é o mesmo que produz Naruto e já produziu Bleach, Beelzebub, Yu Yu Hakusho e muitos outros mangás.
Em sí, não é um estúdio que preza pela alta qualidade, muito pelo contrário, os animes da Studio Pierrot são bem medianos, mas mesmo em termo de qualidade de animação bem mediana, eles conseguiram fazer vários animes terem sucesso, então podemos esperar que Tokyo Ghoul consiga mais destaque após o anime – Terra Formars ainda não sabemos o estúdio que ficará responsável.
Kingdom, também muito sangrento, o preferido de muitos leitores da Young Jump – É o mangá mais popular dela e também o bem feito em termo de roteiro, as jogadas politicas, as reviravoltas e também o drama do personagem principal é fantástica.
É bem comum encontrarmos histórias que se passam na antiguidade oriental quando se trata de mangás, aliás, praticamente toda as revistas que se dão a respeito tem um mangá deste estilo… Por isso quando Yasuhisa Hara se dispôs a criar uma história sobre uma época remota da china, estava entrando em um campo minado.
Mas trazendo uma história bem única, com um personagem principal bem marcante e com um drama real – Já no primeiro capítulo o autor conseguiu nos prender (Aliás, o mangá já nos dá uma grande reviravolta no primeiro capítulo, para você ver o caso). A cereja do bolo, chamado Young Jump, é uma obra espetacular, que deve ser leita por todo mundo.
Ter três pilares já é o bastante para uma revista conseguir alcançar um grande público e vender relativamente bem, mas a Young Jump quis se sobressair perante as suas concorrentes, e não aceitou só ter Tokyo Ghoul, Terra Formars e Kingdom… E já lançou vários outros mangás incrivelmente bons.
Pensando em deixar a revista mais interessante lançaram também o mangá Innocent que acabou de ter a análise do primeiro capítulo no site. Innocent é o contrário de Kingdom, aposta uma época raramente utilizada nos mangás (Mais nos livros ocidentais) e consegue com uma arte impecável, talvez a melhor da revista, prender o público de maneira incrível.
Innocent, Cover do Volume 01.
Outro mangá lançado a muito pouco tempo, que já teve uma análise aqui no site e que é sempre traduzido pela equipe da Scans Project, é All You Need Is Kill, desenhado por Obata (Death Note e Bakuman), baseado em uma Light Novel.
Esse não preciso comentar muito, já que a maioria lê – Porém, devo fazer uma leve critica aos que pensam que All You Need Is Kill é o supra-sumo da revista… Se você ler os demais mangá, perceberá que o roteiro do novo mangá de Obata é muito bom, mas não é tão espetacular comparado a demais revista.
Hamatora é outro mangá, baseado em Light Novel que foi lançado na revista – Aproveitando um pouco o hype causado pelo anime, o mangá que já se tornou mensal, é bem interessante e conseguiu agradar o público em geral.
É difícil, mas muito difícil criar um mangá de investigação, pois você deve fazer que o caso seja surpreendente, de fácil captação e também interessante ao leitor – Por isso, ao meu ver, um dos estilos mais difícil de se trabalhar é um mangá de investigação.
A prova é que atualmente a Weekly Shonen Jump não tem nenhum mangá de investigação, nenhum mesmo. Acredito que seja porque eles ainda não encontram um novo autor que consiga nos entregar um mangá deste estilo de forma satisfatória. Por isso, preferem deixar a revista sem nenhum mangá desta área do que lançar um que eles tem a certeza que irá fracassar.
Para encerrar, temos o épico Real, do gênio Inoue (Que acabou de ganhar um prêmio tosco espanhol de melhor mangaká de 2013), criador de Slam Dunk e Vagabond. Acho que a reação de todo mundo que ouve falar de Real, é a seguinte:
“O autor que se aproveitar da fama de Slam Dunk criando um mangá de basquete muito mais dramático sobre deficiente físicos… Com certeza deve ser bem ruim”.
É a reação que a maioria tem, gostando ou não do autor, quando ouve falar em Real – Mas o mangá é um tapa na cara da sociedade… Inoue consegue nos entregar uma obra extremamente emocionante e dinâmico, mesmo os personagens principais estando em uma cadeira de rodas.
Vai muito além de uma história de superação, é um mangá de esporte que mostra garra, emoção e principalmente uma arte lindíssima. Sem sombra de dúvida, Inoue é um dos maiores mangakás que já tivemos na história.
Real, Cover do Volume 08.
No final, a Young Jump conseguiu unir vários super mangás (Olha, tem muitos outros mangás ótimos além desses, que eu ainda não tenho muito domínio para poder opinar)… Se tornando uma das melhores revista Seinen da atualidade.
É estranho reparar que antigamente quando falávamos de Young Jump, a maioria só pensava em Gantz (Mesmo tendo vários outros mangás bons), agora, quando falamos em Young Jump pensamos em um conjunto de mangás simplesmente magníficos.
*Essa Review foi escrita no Sábado para ser postado na segunda-feira, só que tive um problema no domingo e enquanto eu corria como um lesado, cai no chão e quebrei o meu pulso. Por isso ficarei com ele imobilizado por um período de tempo ainda não determinado (Acredito que Sexta-Feira ou Sabádo já posso voltar a escrever). O blog não ficará parado por causa disso, o administrador Tanaka ficará responsável por algumas postagens essências, como TOC e talvez até a review de Naruto.
Peço desculpas a todos vocês, eu gostaria de conseguir escrever meus artigos só com uma mão, mas é extremamente cansativo, hehe… Mas então, quando eu voltar, voltarei com todo o gás, cheio de novidades e novas reviews!