“I’m Gonna Change you like a Remix, then i’ll raise you like a Phoenix”.
Poucas capas são de fato marcantes, algumas, como acima de Haikyuu! são simplesmente bonitas, admiramos e esquecemos – Como a grande maioria das obras de arte que conhecemos, admiramos, elogiamos e esquecemos… Jogamos-as no limbo do esquecimento, onde adormecerão até que alguém as cite.
Mas desde que vi, um dia após o natal, a capa final de Oyasumi Punpun, ela não se descola da minha mente – Grudou, como uma super bonder, grudou! – A simplicidade expressa em uma capa de encerramento, onde por ela, vimos tudo que passou pelo mangá.
Uma arte para ser bela não precisa ser necessariamente complexa tecnicamente, para mim, uma arte bela é bela por ser profunda emocionalmente. No mundo dos mangás isto não muda, do que adianta ter belos traços, uma arte complexa, se a profundidade destas linhas são nulas?
Inio Asano sempre foi um dos autores mais enigmáticos e profundos do universo dos mangás, em Oyasumi Punpun só provou a sua capacidade de levar o leitor a chorar, se emocionar, a sorrir com uma frase, com um quadro de imagem, pequeno, exposto no canto da página.
A se importar com um personagem tecnicamente simples, mas que ia muito além de aspectos técnicos, muito além. Deixarei a última capa do mangá aqui, para os conhecedores da série, será uma emoção, aos que não conhecem, uma simples incógnita.
Pena que Punpun não é muito lembrado pelas massas leitoras de mangá, começou e acabou sendo apreciado somente por aqueles que de fato procuram uma leitura profunda e diferente, e não somente os Shounens de sempre.
Outro mangá que não é muito lembrado é Tegami Bachi, sendo publicado desde 2006, o mangá entrou no campo da nulidade no ocidente – Nem as Scans americanas se esforçam para traduzi-lo… Uma pena, já que o mangá de Asada é bem bonito, seja nos traços, seja na história.
Me pergunto todos os dias em que direção foi a história de Tegami Bachi! Se o protagonista já cresceu, se algum fato importantíssimo aconteceu… Mas de nada sei. Infelizmente já perdi a esperanças de alguém se importar com o mangá, dedicar-se a traduzi-lo para português.
Ás vezes acho que foi culpa da horrível versão do anime, que tentou captar o romantismo presente no cenário de Tegami Bachi, e no final só conseguiu imprimir um anime chato e lento – Um romantismo que contrastou horrivelmente com os CGs adicionado as criaturas desérticas.
CG! Poucos animes conseguem colocar cenas de CGs que de fato agradam os meus olhos, poucos, que me vêm a memória? Suisei no Gargantia e Digimon… Ainda há uma escória mental de animes que conseguiram este feito, mas não os lembro.
Esta técnica espero que não seja utilizada no anime de Haikyuu! Imagina o personagem principal, desenhado, dando um saque em uma bola digital? Isto seria extremamente tosco!
Eu diria que Haikyuu!, por enquanto, é o anime mais esperado de 2014 por mim – Os animes de esporte são especiais, pois mesmo você não gostando do esporte em questão, você pode se apaixonar pelo anime, Kuroko no Basket e Hajime no Ippo que o diga!
E caso você gosta do esporte? É melhor ainda, talvez eu seja apaixonado por Capeta e por Prince of Tennis por causa de já gostar do esporte! Espero que Haikyuu passe o mesmo sentimento, não sou muito fã de vôlei, mas consegui em poucas páginas a amar o esporte, nos quadrinhos.
Então, já comecei a minha reza pessoal para que o CG passe longe do anime de Haikyuu. Reza desnecessária assumo, já que pelo que tudo indica esta tecnologia que assombra os animes a mais 15 anos, vai passar longe.
(Capa 17 de Tegami Bachi)
Nisekoi, anime recém lançado, é outro que tentou adicionar objetos em CGs ao anime… Falhou! A verdade é que há uma linha tênue que separa o CG bem sucedido do fracassado – Linha ainda não bem decifrada pelos estúdios, que em grande maioria, caem na desgraça ao tentar trabalhar com esta tecnologia.
O anime de Nisekoi, por mais que tenha tido os seus defeitos, como o CG e os cenários de fundo psicodélicos e escrotos, conseguiu agradar-me. Por quê? Sinceramente não sei.
Questiono-me constantemente o motivo de um anime com tantas cenas toscas e que denigrem o que havia de belo em Nisekoi conseguir me agradar! Eu, Leonardo Nicolin, o senhor crítico que procura em mangás, a seriedade das pinturas.
A verdade é que nem sempre os nossos gostos são decifráveis, a versão do estúdio Shaft de Nisekoi, agradou-me… E olhando as circunstâncias, isto basta. Não preciso de justificativa, não preciso de interrogativas, a resposta é simples, o episódio agradou-me!
Mas não esperem que eu vá gosta de Monogatari, querida Shaft, para mim vocês sempre serão o estúdio da arte mais zuada e inexplicável do mundo… Mas ás vezes, quem não gostam de um pouco de “zuação” ?