O sonho de duas crianças!
Posso partir novamente para a análise sócio-psicológica apresentada por Kishimoto neste capítulo, ignorando todos os seus defeitos como fiz na review passada. Porém, percebi que por mais que eu veja vários pontos positivos no mangá, não posso largar o “Foda-se” e esquecer os negativos.
É belo ver a representação da mudança em Hashirama e Madara, onde o autor demonstra de forma clara e marcante que a mudança vem das crianças, que cansadas da realidade imposta pelos país e lideres, tentam muda-la. Algo que vimos até na Ditadura militar Brasileira, onde quem mais lutava era os jovens, nascido nos anos 50/60.
Para os pais dos dois ninjas, seria incompreensível este tipo de ação dos filhos… Já que para eles, o único modo de trazer a paz é exterminando a “raça” inimiga, fazendo um legitimo genocídio. Uma forma de união, pacifica entre os dois é inaceitável.
Este pensamento, infelizmente, foi passado para Tobirama, que segue o seu pai fielmente (Diferente de Hashirama) – O ódio do segundo hokage, demonstrado a capítulos atrás, lentamente vai sendo explicado por este Flashback.
Ver os demais pontos do Flashback também é importante para o leitor entender o verdadeiro proposito de Kishimoto: A verdade é que esta história não está sendo contada somente para que o leitor veja o motivo da rivalidade entre Madara e Hashirama, mas também conhecer mais sobre a criação da vila, o mundo shinobi antes de Hashirama e sobre a personalidade de Hashirama.
Aliás, falando em personalidade. Madara está conseguindo soar muito mais simpático, agora que Kishimoto está mostrando o seu passado – Parece mais uma forma de “Desvilanização” do personagem que é tão venerado, mas também tão odiado pelos leitores de Naruto.
Porém, todas histórias precisam de um obstáculo. E o casal gay (Madarama/Hashidara) tem como o seu inimigo os próprios pais – Que querem o fim de qualquer forma da raça inimiga. Porém, mesmo com os pais os manipulando, eles tentam se ajudaram de qualquer forma.
Sim, falei casal gay, porque desculpem né… Um desenvolvimento de um romance, para o desenvolvimento da história da amizade entre Hashirama e Madara são praticamente identicos. Se eles se beijassem, like a Naruto S2 Sasuke, nem seria surpreendente.
Aliás, falando em surpreendente, o Flashback não está um pouco previsível? Kishimoto está utilizando de artifícios clichês para compor esta história… Dando um dejavu aos leitores de sendo mais crítico. Parece que ele não se sente na necessidade de criar algo novo… Simplesmente pegou uma história, deu uma leve modificada e publicou.
Porém, por mais que a história esteja bastante previsível (Não um pouco, como dito no paragrafo acima), continua aceitável. Pois é aquele clichê chato, porém que desenvolve a história de forma mediana e sem nos trazer maiores problemas.
Ainda devemos descobrir o motivo de Madara e Hashirama terem brigados, mas acredito que isto só aconteceu na vida adulta. Até lá, continuaremos por mais alguns capítulos esta emocionante e romântica história entre duas crianças que tinha um sonho:
Fazer um mundo melhor!